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A Dignidade e a Vocação da Mulher

No dia 8 de Março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher.

 

Em 15 de Agosto de 1988, Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria, o Papa João Paulo II publicou a Mulieris dignitatem (A dignidade e a vocação da mulher). Esta Carta Apostólica é, sem dúvida, um documento notável. Tratando-se dum documento que mantém plena actualidade, vale a pena relê-lo. Transcrevemos uma passagem que nos parece significativa.

 “A dignidade da mulher está intimamente ligada com o amor que ela recebe pelo próprio facto da sua feminilidade e também com o amor que ela, por sua vez, doa. Confirma-se assim a verdade sobre a pessoa e sobre o amor. Acerca da verdade da pessoa, deve-se uma vez mais recorrer ao Concílio Vaticano II: «O homem, a única criatura na terra que Deus quis por si mesma, não pode se encontrar plenamente senão por um dom sincero de si mesmo». Isto se refere a todo homem, como pessoa criada à imagem de Deus, quer homem quer mulher. A afirmação de natureza ontológica aqui contida está a indicar também a dimensão ética da vocação da pessoa.  

A mulher não pode se encontrar a si mesma senão doando amor aos outros.
Desde o «princípio» a mulher - como o homem - foi criada e «colocada» por Deus precisamente nesta ordem de amor. O pecado das origens não anulou esta ordem, não a apagou de modo irreversível. Provam-no as palavras bíblicas do Proto-Evangelho (cf. Gen 3, 15). Nas presentes reflexões observamos o lugar singular da «mulher» nesse texto chave da Revelação. Além disso, é preciso observar como a própria mulher, que chega a ser «paradigma» bíblico, se encontra também na perspectiva escatológica do mundo e do homem, expressa no Apocalipse: é «uma mulher vestida de sol», com a lua debaixo dos pés e uma coroa de estrelas sobre a cabeça (cf. Apoc 12, 1). [...] Sofre também porque, «diante da mulher que está para dar à luz» (cf. Apoc 12, 4), se põe o «grande dragão, a serpente antiga» (Apoc 12, 9), conhecido já no Proto-Evangelho: o Maligno, «pai da mentira» e do pecado (cf. Jo 8, 44). De facto, a «serpente antiga» quer devorar «o filho». Se vemos neste texto o reflexo do Evangelho da infância (cf. Mt 2, 13. 16), podemos pensar que no paradigma bíblico da «mulher» está inscrita, desde o início até ao fim da história, a luta contra o mal e contra o Maligno. Esta é também a luta pelo homem, pelo seu verdadeiro bem, pela sua salvação. […] Se a dignidade da mulher testemunha o amor que ela recebe para, por sua vez, amar, o paradigma bíblico da «mulher» parece desvelar também qual seja a verdadeira ordem do amor que constitui a vocação da mesma mulher. Trata-se aqui da vocação no seu significado fundamental, pode-se dizer universal, que depois se concretiza e se exprime nas múltiplas «vocações» da mulher na Igreja e no mundo”. (Mulieris dignitatem n.º 30)