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HOMILIA DO DOMINGO DE PENTECOSTES (ANO A)

Neste domingo, encerramos o Tempo Pascal. Páscoa e Pentecostes são uma herança que recebemos da tradição judaica. Páscoa recordava a passagem da escravidão do Egito para a liberdade da terra prometida. Pentecostes celebrava as primícias e as colheitas e, mais tarde, a aliança entre Deus e o povo no monte de Sinai. Para nós, Páscoa é a memória da passagem de Jesus deste mundo para o Pai; e Pentecostes celebra o dom do Espírito à comunidade primitiva nascente. O prefácio da missa deste dia diz o seguinte: “Hoje manifestastes a plenitude do mistério pascal e sobre os filhos de adoção, unidos em comunhão admirável ao vosso Filho Unigénito, derramastes o Espírito Santo”.

Uma bela atividade para fazer com os jovens ou os adultos, que se preparam para receber o sacramento da confirmação, é descobrir pouco a pouco o simbolismo das manifestações do Espírito Santo sobre a comunidade apostólica reunida em Jerusalém, junto com Maria, a mãe de Jesus. Os Atos dos Apóstolos falam-nos de “um rumor semelhante a forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde se encontravam”. É a vinda do Espírito Santo. É curioso que, na língua hebraica, a mesma palavra que significa “espírito” também significa “vento”. O sopro (a força do vento) do Espírito Santo faz aquela comunidade perder o medo, abrir as portas e pregar no meio da multidão.

“Viram então aparecer uma espécie de línguas de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles”. É o fogo que nos recorda a sarça que ardia sem se consumir, da qual Moisés se aproximou. É Deus com a sua força irresistível. É o próprio Deus, é a presença de Deus que não só purifica, mas que aquece, ilumina, inflama, aviva e abrasa. É o fogo que Jesus veio trazer à terra para destruir a indiferença, a frieza e a tibieza dos corações que se fecham à vinda do Reino. É o fogo com o qual seremos batizados, como anunciou João Batista (“com o Espírito Santo e com o fogo”). A antífona do Aleluia diz claramente: “Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor”.

“Cada qual os ouvia falar na sua própria língua”. Todos ficaram espantados, porque a linguagem do coração, a linguagem do Espírito Santo, a linguagem do Evangelho somente é compreensível para aqueles que acolhem a Palavra de Deus. A linguagem do amor e da solidariedade não precisa de ser aprendida nas escolas e não tem gramática nem dicionário. A linguagem do amor é a linguagem do Espírito Santo. É uma linguagem que não serve “favores e cunhas” ou poderosos, mas está ao serviço das pessoas que vivem na miséria, no desamparo e no esquecimento. Bem dizia S. Paulo: “A caridade nunca desaparece”. O amor nunca desaparecerá. Esta é a missão que nos foi dada por Jesus. Para esta missão, precisamos do Espírito de Jesus. Alimentados com o banquete eucarístico e cheios do Espírito de Jesus, teremos coragem para proclamar ao mundo a nossa alegria e viver a força de amar e do amor.

Cónego Jorge Seixas