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Jornal - Notícias da Igreja

Todos somos

corresponsáveis na Igreja

 

Não temos mais que cinco pães e dois peixes. Ele disse-lhes: - Trazei-mos.” (Mt 14, 17-18). E Jesus multiplicou o pão e os peixes, de modo que deles comeram cinco mil homens, mais as mulheres e as crianças. Na Eucaristia, Jesus continua partindo o seu pão, o Pão da Vida, mas cada um tem que trazer o que tem, de modo que todos demos e recebamos. E assim deve acontecer sempre na Igreja: é o que chamamos corresponsabilidade.

Na Igreja de Jesus, todos somos iguais em dignidade pelo Baptismo e todos somos responsáveis pela única missão do Povo de Deus no mundo. Certamente nem todos somos responsáveis da mesma maneira, já que existem na Igreja, por obra do Espírito, distintos mistérios, carismas e serviços. Porém, estas diferenças não devem diminuir a responsabilidade comum, mas sim reforçá-la. Porque a pluralidade de dons e funções unicamente nos demonstra que necessitamos uns dos outros. De tal modo que podemos falar de uma corresponsabilidade orgânica, que inclui as seguintes verdades:

a)   Todos somos responsáveis e, portanto, todos devemos ser membros activos.

b)   Cada um é responsável pelo que é e tem, quer dizer, desde os dons que recebeu até às funções que lhe foram atribuídas.

c)   Há que coordenar a própria responsabilidade com a dos outros em ordem a realizarmos, juntos, a missão única que Deus nos confiou. Sem unidade não há corresponsabilidade. De facto, confrontamo-nos frequentemente com os seguintes fenómenos:

A acção pastoral que se realiza nas nossas paróquias está, entretanto, pensada, dirigida e realizada quase exclusivamente pelos sacerdotes.

Ainda que nos últimos anos tenha vindo a crescer a colaboração pastoral dos leigos, verifica-se que os cristãos que colaboram activamente são ainda poucos, quase sempre os mesmos e os mesmos para tudo.

A grande massa dos fiéis está ainda instalada na passividade, sem sequer sentir alguma responsabilidade na missão da comunidade.

Se queremos aumentar a força evangelizadora das nossas paróquias, é necessário superar esta situação promovendo por todos os meios uma corresponsabilidade mais efectiva.

 O chamamento à responsabilidade e à participação

 “Como, pois, invocarão aquele em quem não acreditam? E como acreditarão naquele a quem não ouviram? E como ouvirão sem haver quem pregue? E como pregarão se não forem enviados?” (Rom 10,14-15). É necessário, antes de tudo, cuidar muito mais o chamamento ao cumprimento pastoral. Quer dizer, temos que incrementar entre todos uma verdadeira “pastoral vocacional” no seio da comunidade, não só para despertar vocações em relação ao ministério presbiteral, à vida religiosa e ao matrimónio, mas também para as diversas tarefas e serviços da vida cristã. Para isso não bastam os chamamentos genéricos e globais; há que apresentar às pessoas concretas as possibilidades de colaborar numa tarefa bem definida, ajudando-as a descobrir o valor evangelizador que encerra, acompanhando-as e preparando-as para aquele serviço.

Os presbíteros, religiosos e leigos, já comprometidos procurarão não “desresponsabilizar” o conjunto da comunidade, mas convidar constantemente outros e ajudá-los a descobrir a sua vocação e as suas possibilidades de serviço.

Haverá que estimular mais a formação pela acção. A pessoa descobre melhor a sua responsabilidade quando começa a exercê-la. Será conveniente, pois, confiar-lhe quanto antes alguma tarefa concreta que, ainda que seja simples, servirá para convertê-la em membro activo da comunidade.

Os seculares devem ser ajudados a descobrir campos novos de responsabilização, tanto no seio da comunidade (v.gr. acolhimento e preparação de noivos, preparação dos pais para o baptismo dos seus filhos, animação de processos catecumenais) como, e sobretudo, no meio do mundo (campo familiar, mundo do ensino, actividade sindical e política, etc.). Não se pode esquecer que o campo específico da actividade evangelizadora do secular é o mundo vasto e complexo (cfr. EN 70).

 

Teremos também que nos esforçar por elevar os níveis de responsabilidade do secular. Não nos devemos conformar com ter “acólitos” que colaboram unicamente nos últimos níveis de execução. Há que promover pessoas capazes de pensar, programar e dirigir áreas importantes da acção evangelizadora.

Não é possível fazer crescer seriamente a corresponsabilidade dos leigos e promover uma mudança da sua actividade evangelizadora, se não se cuida devidamente da sua formação. Só com ela poderão muitos leigos, educados noutro tempo e noutros moldes, adquirir personalidade, segurança e iniciativa missionária.

 

Os motivos da corresponsabilidade

 Temos de reconhecer que o grau de corresponsabilidade das nossas paróquias é, apesar de tudo, pequeno. Se queremos passar dos bons desejos às realidades é necessário promover ocasiões concretas de participação. Certamente, a distinta magnitude das paróquias, assim como as diferenças tão patentes que existem em relação à sua situação humana e religiosa, desaconselham à adopção de formas pré-fabricadas e válidas para todos. Temos de actuar com um grande realismo e adaptação às circunstâncias. Porém, em qualquer situação, é possível e necessário descobrir instrumentos para informar e consultar os fiéis e, sobretudo, para fazê-los participar na elaboração e realização dos projectos pastorais.

É conveniente ir criando equipas de trabalho ou comissões encarregadas de gerir as distintas tarefas que compõem a pastoral paroquial (catequese, liturgia, caridade, atenção aos enfermos...). A função destas equipas pode ser a de programar e responsabilizar-se pela realização da tarefa, mas sem a monopolizar, antes servindo de animação para a participação do resto da comunidade. Estas equipas ou comissões favorecem a especialização dos agentes pastorais. E são também ocasiões adequadas para partilhar a fé, orar em comum e viver a fraternidade cristã. Cada equipa, além de ser uma unidade de trabalho, converte-se também numa pequena comunidade na qual se experimenta a presença do Senhor.