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HOMILIA DO 5º DOMINGO DA QUARESMA (ANO A)

“Quando abrir os vossos túmulos e deles vos fizer ressuscitar, ó meu povo, haveis de reconhecer que Eu sou o Senhor”. Esta afirmação do profeta Ezequiel, na primeira leitura, cumpre-se plenamente no texto evangélico deste domingo. Jesus manda abrir o sepulcro onde estava o corpo do seu amigo Lázaro. E diz: “Lázaro, sai para fora”. Ele saiu, voltou à vida, e muitos acreditarem em Jesus, porque sentiram que se estavam a cumprir as promessas dos profetas. O salmo responsorial é um clamor. Um clamor que vem do abismo da morte: “Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor…se tiverdes em conta as nossas faltas, quem poderá salvar-se?”. É Jesus que o escuta. É Ele que nos revela que Deus não tem em conta as faltas e que redime todas as nossas culpas com a sua morte e ressurreição. São Paulo, na sua carta aos Romanos, insiste nesta ideia quando afirma que aquele que ressuscitou a Cristo de entre os mortos dará a vida aos nossos corpos mortais. Tudo isto tem em conta o mistério da morte e da ressurreição.

 

 

Jesus quer ensinar os seus discípulos, as pessoas do seu tempo e cada um de nós. Vê-se claramente que esperou que Lázaro morresse. Não vai logo visitá-lo, quando soube que ele estava doente; faz isto para que os seus discípulos acreditem. Quando Lázaro morre, ao terceiro dia, desce da Judeia para ir a Betânia a casa de Marta e de Maria, as irmãs de Lázaro. Quer anunciar-lhes que Ele é a ressurreição e a vida, e “aproveita” a morte de Lázaro para lhe comunicar isto. Betânia situa-se muito perto de Jerusalém, cerca de três quilómetros, e os discípulos sabiam que se Jesus voltasse a Jerusalém seria preso e morto. Por isso, chamam-no atenção sobre isto e aconselham-no a não ir. Mas Jesus, com a ressurreição de Lázaro, anuncia também a sua própria ressurreição; por isso, nada o impede de ir a Betânia. Como João, no seu evangelho, salienta o facto de que Jesus vai a Jerusalém para morrer por nós para que possamos ressuscitar com Ele! Era isto que Tomé, chamado Dídimo afirmava. Tomé, quando vê que Jesus está decidido a ir a Jerusalém, disse aos companheiros: “Vamos nós também, para morrermos com Ele”. Jesus diria, respondendo a Marta, que quem acredita nele, ainda que morra, viverá.

Quando viram Jesus, Marta e Maria, irmãs de Lázaro, afirmaram que se Ele estivesse ali, Lázaro não teria morrido. Quando Marta conversa com Jesus, faz a sua profissão de fé na ressurreição e em Jesus: “Eu sei que há-de ressuscitar no último dia… acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo”. Desta forma se conclui que Jesus não veio contradizer as Escrituras, mas é o cumprimento das Escrituras.

Não pode passar despercebido o momento em que Jesus se comove profundamente ao ver as lágrimas de Maria e dos judeus que a acompanhavam. Jesus chorou! Como nos faz recordar a frase: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”, ou também, “Bem-aventurados os misericordiosos”. Jesus perturba-se, comove-se, chora com eles e, assim, anunciava que com a sua ressurreição todos sentirão a sua compaixão e consolação.

Hoje, o mundo está cheio de “cadáveres”. Sofre-se a morte física pela violência, a morte social pela manipulação, a morte laboral pela perda de emprego, a morte afectiva pela solidão e, até, a morte espiritual, com a perda da fé. Sejamos capazes de enfrentar estas “mortes”. Sejamos homens e mulheres de esperança, sentindo que podemos vencer as dificuldades e que, depois do sofrimento, a vida abre-se sempre à alegria da ressurreição de Jesus Cristo.