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SOLENIDADE DO PENTECOSTES

 

Estão a chegar ao seu termo os 50 dias da Páscoa. É Pentecostes. Há 7 semanas que os baptizados escutaram no rito do Baptismo a solene declaração várias vezes repetida de que através da água e do Espírito Santo estavam a receber uma vida nova. A partir daí o Espírito de Jesus lhes daria força todos os dias para viverem de modo diferente dos que não são baptizados; dum modo diferente daquele que viviam antes do seu itinerário catecumenal. A sua vida foi-se mudando à medida que iam escutando a Palavra que iluminava as suas vidas e lhes permitia ver o que fica mal na vida dum discípulo de Jesus. Pouco a pouco, foram percebendo que ser baptizado é assumir o compromisso de viver uma vida limpa. O rito do Baptismo assinala o momento da decisão de tentar viver assim.

Para isso aí está o Espírito Santo. Aos baptizados, a Mãe-Igreja, com a sua pedagogia recomenda continuamente que “permaneçam firmes” e “se deixem conduzir pelo Espírito para viverem como homens e mulheres livres… daquilo que suja a túnica baptismal, como a idolatria, o ódio, as rixas, o ciúme, a ira, as discussões, as divisões, a inveja, o roubo e a corrupção, a bebedeira, a infidelidade e coisas semelhantes”. Quem vive segundo o Espírito, pauta a sua conduta pelo Espírito. Uma vida assim orientada vai dar bons frutos, como paz, alegria, harmonia, benignidade, bondade, fidelidade, autodomínio. É assim que vivem os que são de Cristo.

 

A vida do baptizado é uma contínua caminhada, passo a passo, para Deus. É tarefa dos padrinhos e da comunidade ajudar; estimular esta caminhada. Uma comunidade cristã viva ajuda a fazer a experiência de Cristo no meio de nós, todos os dias. Sobretudo nos dias “maus”. Não é só nos dias de festa. É todos os dias que a força do mal se faz sentir. A força para contrariar a inveja que envenena o coração, a ira e o ciúme que azedam as relações humanas, o espírito de vingança que destrói a felicidade e a paz, essa força para nos ajudar na luta e libertar do medo… vem-nos do Espírito de Jesus que nos habita. Ele infunde em nós o espírito de fortaleza e de amor. O seu sopro é como o fogo e o vento forte. O Pentecostes é a garantia de que o mal “fica com medo”, porque o seu poder acabou. É como as trevas que fogem diante da luz. É como o sangue que corre nas nossas veias. O Espírito de Jesus actua em todo o nosso ser – mente, sentimentos gestos e atitudes – do mesmo modo que o produto de uma ampola injectado nas nossas veias leva a todo o corpo o seu efeito libertador.

Quando a comunidade se reúne para celebrar esta presença e louvar a Deus pela sua acção nas nossas vidas, está a activar a infusão do Espírito tal como aconteceu com os primeiros cristãos. Quando as pessoas, nas suas conversas a sós ou em família nas suas casas, ou em pequenos grupos, em casa ou na comunidade partilham umas com as outras a mensagem do Evangelho em espírito de oração, é Pentecostes. É assim que a presença do Ressuscitado pode ser experimentada por todos. Quando um grupo de cristãos se reúne e à luz da Palavra de Deus põem em comum as suas necessidades e problemas diários, permanecem juntos no Espírito do Senhor Ressuscitado e pela força do amor fraterno se ajudam mutuamente, é Pentecostes! É assim que se faz a experiência do Senhor Ressuscitado que garantiu aos seus a Sua presença até ao fim dos tempos. E nós aí estamos unidos pelo seu Espírito na expectativa da sua vinda gloriosa. Nenhum de nós quer dormir para poder ser testemunha da sua chegada.

Porque o “treino” foi fraco, muitos baptizados entram mal neste jogo. São muitos os que desanimam depois do Baptismo. Acabam por não fazer a experiência da nova vida, como esperavam e a Igreja também. Não raro, isso acontece, por causa do desleixo dos padrinhos e das comunidades cristãs, que descuidam o acompanhamento. Mas o Espírito de Deus, que no início pairava sobre as águas, e nos começos da Igreja encheu de sabedoria e de força os apóstolos de Jesus, habita nesse templo que é cada baptizado.