Calendário

<<  Abril 2024  >>
 Se  Te  Qu  Qu  Se  Sá  Do 
  1  2  3  4  5  6  7
  8  91011121314
15161718192021
22232425262728
2930     

Entrada



Mapa

Coordenadas GPS:

40º36'21''N
7º45'57''W

Ver mapa aqui.

Visitas

mod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_counter
mod_vvisit_counterHoje6515
mod_vvisit_counterOntem6839
mod_vvisit_counterEsta semana20946
mod_vvisit_counterEste mês99932
mod_vvisit_counterTotal7005214
Visitors Counter 1.5
PDF Versão para impressão Enviar por E-mail

HOMILIA DO 26º DOMINGO COMUM (ANO A)

Neste domingo, escutamos a segunda das três parábolas da vinha, que se encontram no evangelho de S. Mateus. A parábola é dirigida, especialmente, aos governantes do tempo de Jesus, ou seja, aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo. Jesus começa com uma pergunta directa: “Que vos parece?”. Isto supõe que é necessário dar uma resposta ao Mestre. Ninguém pode ficar indiferente às suas palavras. A pergunta de Jesus toca o coração e as consciências daqueles que O ouvem. Jesus tinha acabado de expulsar os comerciantes do Templo de Jerusalém. Os governantes perguntaram a Jesus com que autoridade tinha feito este gesto provocador. Encontramo-nos, pois, diante de um momento de forte tensão.

Um dos aspectos do evangelho deste domingo é o seguinte: a coerência na vida entre as palavras e as obras. São Paulo diz aos primeiros cristãos: “Vivei de maneira digna do Evangelho de Cristo”. Há tantos cristãos que somente o são de “fachada”: como o segundo filho da parábola, dizem que sim, que são cristãos, mas na vida andam longe de Deus e dos seus mandamentos.

A vida cristã é uma vida de constante conversão. Temos a tendência de pensar que o segundo filho é o mau da fita e o primeiro é o bom, mas não é assim. O filho ideal seria um terceiro filho que responderia como o segundo, “Eu vou, Senhor”, mas procederia como o primeiro: ir para a vinha. Este terceiro filho é Jesus Cristo: aquele que cumpre a vontade do Pai até às últimas consequências, até derramar o sangue no trabalho da vinha. A virtude do primeiro filho é o arrependimento. Por isso, a liturgia deste domingo contém na primeira leitura uma profecia de Ezequiel. Deus queria de cada um de nós a resposta de Jesus, ou seja, que a vida e as palavras coincidissem, mas está consciente das nossas fraquezas. Ele sabe de que barro nos formou. Sabe que somos pecadores e que tantas vezes lhe voltamos as costas, dizendo-lhe não, mas o mais importante são as nossas acções. Pela boca de Ezequiel, Deus diz-nos: “quando o pecador se afastar do mal que tiver realizado, praticar o direito e a justiça, salvará a sua vida”.

 

Por isso, não nos podemos escandalizar com a afirmação de Jesus no evangelho que diz que os maiores pecadores, os publicanos e as mulheres de má vida, não estão muito longe do Reino de Deus, não por serem o que são, mas porque se converteram seguindo o bom caminho que lhe foi anunciado por João Batista. Jesus diz que estão mais próximos, não diz que já estão no Reino de Deus, porque ainda estão num processo de conversão, de mudança progressiva de vida. Estão, por isso, no bom caminho.

Qual é, pois, este bom caminho? O caminho da conversão. São Paulo diz-nos a característica que marca este caminho de conversão: “tende os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo”. Assim, a vida de um cristão não é de mera aparência. A nossa vida não pode ser somente uma fina camada de Cristianismo que só dá brilho de vez em quando, porque estamos afastados de Deus. O texto da segunda leitura, da carta aos Filipenses é um bom programa de vida para os cristãos, para o seu interior e para o seu exterior. Para o nosso interior: sentir o amor de Deus que conforta e dá esperança para enfrentar as dificuldades da vida, ter sentimentos de ternura e de misericórdia para com os outros, sentir que estamos cheios dos dons do Espírito Santo. Para o nosso exterior: viver unidos aos outros, sem rivalidades, considerar os outros superiores a nós próprios, não ser egoístas, mas generosos. Este é o programa da nossa vida. Se dermos conta que isto não acontece totalmente na nossa vida, não desanimemos. Há que assumir o mal que fizemos, para nos convertermos. Mudando a nossa vida, viveremos na graça de Deus, em paz e salvar-nos-emos do poder da morte.

Na vida, há sempre uma luta constante entre o bem e o mal. Cristo olha para nós tendo em conta o caminho que percorremos ao encontro de Deus. São alguns os “nãos” da nossa parte, mas o “sim” de Deus permanece. Não olhemos tanto para os “nãos” da humanidade, mas permaneçamos fiéis ao “sim” de Deus. Se vivermos segundo o “sim” de Deus, teremos os mesmos sentimentos que havia em Jesus: Ele foi obediente ao Pai até à morte e morte de cruz. Não esquecer: agir segundo a voz de Deus e não segundo as palavras vãs deste mundo.