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HOMILIA DO 30º DOMINGO COMUM (ANO A)

Durante a sua vida, Jesus foi posto à prova, por diversas vezes, sobre questões doutrinais e sobre o cumprimento de ritos e de tradições. Depois de ter calado os saduceus, chegou a vez dos fariseus abordarem Jesus com uma pergunta para O experimentar: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”. À primeira vista, uma pergunta aparentemente inocente e fácil de responder! Os fariseus dirigem-se a Jesus com a táctica da adulação, da lisonja, chamam-no “Mestre” e apresentam-lhe uma questão fácil: qual o principal mandamento? Querem criar-lhe algum embaraço com os mais de 600 preceitos que os rabinos elaboraram a partir da Lei. Mas Jesus não é um rabino nem lhe interessam as questões teóricas. Ele bem sabe que a teoria mata o verdadeiro Evangelho.

Muitas pessoas chamaram “rabi” (mestre) a Jesus. Mas, depressa deram conta que Ele não ensinava como os mestres do seu tempo, mas com a autoridade de Deus. As suas palavras eram vivas, ou seja, fazia o que dizia. Falava-lhes de Deus com uma linguagem simples e acessível, com parábolas e não com leis. Não ficava em lindos discursos e retóricas, mas praticava o bem, curava e libertava as pessoas de todos os males. Ensinava uma lei que não termina num culto vazio mas no bem ao próximo, sobretudo aos mais necessitados: aos estrangeiros, às viúvas e aos órfãos. Ele era o verdadeiro mestre, o autêntico intérprete da lei! Jesus não subiu à cátedra de Moisés para manifestar uma superioridade moral ou doutrinal, como os fariseus faziam. Ensinava no meio das pessoas, como um irmão entre irmãos. Por isso, Ele não se chamará “Rabi”, Mestre, a si próprio. Mas houve uma excepção, quando lavava os pés aos seus discípulos: um Mestre ajoelhado a lavar os pés, realizando um trabalho reservado aos criados e servos. Esta é a cátedra de Jesus, um Mestre que, ao mesmo tempo, fala do amor a Deus e pratica o amor ao próximo!

 

Amar é uma experiência pessoal profunda. Hoje, vive-se a experiência de não amar e também de não se sentir amado. Amar não pode ficar somente pelos sentimentos, mas também é um compromisso. Tem de haver também a vontade de amar. Quando é uma experiência agradável, amar é uma alegria enorme que a todos satisfaz e anima interiormente. Mas quando amar é fonte de dor já custa mais a viver o amor com convicção e compromisso. Segundo o evangelho deste domingo, amar é para sempre e para todas as situações da vida. Amar é o primeiro mandamento e é também uma experiência indispensável para a maturidade da pessoa humana. Somos convidados a amar, na certeza de que somos amados por Deus.

Amar, como? “Ama o Senhor teu Deus com o coração, com a alma, com o espírito e com todo o teu ser”. Amar é um acto de fé em Deus, único e verdadeiro. Mas ama também “o teu próximo como a ti mesmo”. O amor é relação com aqueles que estão perto. E esta relação tem de estar fundamentada na experiência do amor que recebemos de Deus. Ele amou-nos em primeiro lugar. Como é importante fazer a experiência de sermos amados por Deus. O amor aos outros não pode condicionar, dominar e controlar a vida dos outros, mas fazer crescer os nossos irmãos num sentimento de liberdade e de paz. Como se ama os irmãos? Saber escutar, curar, ser misericordioso, perdoar. A primeira leitura, do livro do Êxodo, enumera tudo aquilo que devemos evitar na relação com os outros: não prejudicar, não oprimir, não maltratar, não explorar, não sermos avarentos com os nossos irmãos. E isto é amar.

A nossa missão é amar, porque Deus nos ama. Se somos filhos de Deus, relacionemo-nos como irmãos, de igual para igual. Há um aspecto que não podemos esquecer: aquilo que devemos praticar no amor aos outros, temos de praticar em nós próprios: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Também tens de saber escutar o teu interior, saber criar paz em ti próprio, aceitares-te como és, porque no teu interior está Deus, Deus é a tua paz e sabes que Deus te aceita como és.

Sejamos imitadores de Jesus Cristo. Ele amou-nos até ao fim, dando a vida pelos outros. Assim, lutaremos contra os ódios, as violências e as guerras que existem neste mundo. Os cristãos têm uma única Lei: o amor. Amar os outros, amar a todos, amar sempre.