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HOMILIA DA COMEMORAÇÃO

DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS

Neste dia, uma pergunta pode ser feita: que posso fazer pelos meus defuntos? Hoje, recordamo-los com saudade, praticamos acções com um grande valor simbólico (limpar as suas campas, levar flores, visitar os cemitérios) e rezamos por eles. Lembrar os defuntos faz parte da longa tradição da Igreja. Que posso fazer pelos meus defuntos? Jesus responder-nos-ia da mesma forma como fez à multidão entusiasmada depois da multiplicação dos pães: “Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus? Jesus respondeu-lhes: A obra de Deus é esta: crer naquele que Ele enviou”. (Jo 6,28-29). A principal obra é a nossa fé!

A celebração deste dia não recorda somente os nossos defuntos, mas dirige-se a nós, que ainda peregrinamos neste mundo. É uma oportunidade para professar e fortalecer a nossa fé na ressurreição, como Job fazia na primeira leitura, depois de muitos sofrimentos: “Eu sei que o meu Redentor vive”. Rezar pelos defuntos é importante, mas a nossa oração e a vida têm de estar fundamentadas na fé em Cristo ressuscitado.

 

 

Hoje, proclamemos como no Credo: “Creio em um só Senhor, Jesus Cristo”. Cristo morreu para ser Senhor dos vivos e dos mortos. Ele é o dono da vida e da morte. Ele é o vencedor do pecado que tem as suas manifestações mortíferas (mentira, ódio, egoísmo, violência, desprezo…). Ele é o vencedor de tudo aquilo que se opõe à felicidade humana, Ele cura todas as doenças e conforta em todos os sofrimentos. Só Jesus Cristo pode dizer: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Aquele que vem do Pai, a Ele nos leva. Porque acreditamos em Cristo, podemos também proclamar como no Credo: “Espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há-de vir”. Se Cristo não fosse o senhor da vida e da morte, não tinha fundamento acreditar na vida eterna.

A meta da nossa vida é “estar com Cristo”. Jesus Ressuscitado é o caminho para que cada um possa dar um abraço ao Pai. Esta ideia do encontro com Deus, Jesus expressa-a com esta bela metáfora do evangelho: “Na casa de meu Pai há muitas moradas”. Não se trata de lugares físicos, como se fossem apartamentos. As moradas somos nós: cada ser humano, cheio de Deus, habitado por Ele, numa união que, por agora, não conseguimos explicar.

Neste dia, recordamos com saudade os nossos familiares e amigos a quem o Senhor chamou. Outra nota a salientar é que este momento é propício para pensarmos seriamente que a melhor forma de sufragar e respeitar a memória dos mortos, é cuidar dos vivos. Depositemos flores sobre as sepulturas, como atitude de carinho, mas, se não tratarmos bem e não estendermos a mão aos vivos, se não lhes prestarmos socorro e não lhe dermos carinho, se não praticarmos em relação a eles as obras de misericórdia que o Senhor recomenda no Evangelho, de pouco valerão as nossas lágrimas, que podem ser de “sinceridade” duvidosa.

Sufraguemos os mortos, tratando melhor dos vivos. Porque estamos vivos, tratemos da vida. Quanto aos defuntos, estejamos tranquilos, porque eles estão em paz, junto de Deus. Nós somos os fiéis cristãos do presente, seremos os fiéis defuntos do futuro. A nossa pátria definitiva está no Céu. A meta da nossa vida é “estar com Deus”, numa relação de tu a tu, de filho para com o Pai.