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HOMILIA DO 2º DOMINGO DA PÁSCOA (ANO B)

A crise faz parte do nosso itinerário de discípulos. Nós não somos diferentes dos homens e das mulheres do século primeiro, do início da Igreja. Mas, tanto nos primeiros tempos da Igreja como agora, é Jesus que sai ao nosso encontro, que continua a chamar para sermos pescadores de homens. Jesus torna-se presente no meio da comunidade para que acreditem que Ele é o Messias, o Filho de Deus que veio ao mundo para o salvar e conceder a todos e a tudo uma vida nova. Na vida, qual é a nossa grande esperança? Os apóstolos, como bons judeus, esperavam um Messias triunfante e descobriram o Messias, Filho de Deus, pobre, indefeso e crucificado. Mas também descobriram que a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular, como cantamos no salmo. Depois da crise, os discípulos descobriram a fé. Hoje, perante a crise que vivemos (económica, política, social, de trabalho, de bem estar e de futuro), qual é a nossa esperança? Que descobrimos de novo na nossa vida?

A primeira comunidade cristã que existiu na história da Igreja foi a de Jerusalém, onde estavam os primeiros discípulos de Jesus. A primeira leitura dos Atos dos Apóstolos descreve-nos, de forma idealizada, esta comunidade. E como era a vida dos primeiros cristãos? Era uma comunhão em todos os aspetos, tanto no aspeto material como espiritual: ajudavam-se uns aos outros, iam ao encontro das necessidades uns dos outros; era uma vida simples, humana e bela. Como esta forma de viver encantava e atraía muitas pessoas (“gozavam todos de grande simpatia”)! Hoje, a nossa comunidade também é assim? Um só coração e uma só alma, não há entre nós necessitados, distribui-se a cada um conforme a sua necessidade? Hoje, os cristãos são assim? Cada paróquia e toda a Igreja tem de fazer um sério exame de consciência a partir desta leitura dos Atos dos Apóstolos.

Em segundo lugar, para alimentar a nossa esperança e descobrir a novidade da nossa vida cristã, é lembrar que ser cristão é viver um mandamento: amar a Deus e aos irmãos. E esse amor nasce da própria presença de Deus em nós e é alimentado e celebrado nos sacramentos da Igreja. Como nos diz S. João, na segunda leitura, a água e o sangue que brotaram do lado de Jesus representam, simbolicamente, o Batismo e a Eucaristia que nos identificam como cristãos, discípulos e amigos de Jesus. Se quisermos vencer este mundo, basta somente acreditar em Jesus: “Quem é o vencedor do mundo senão aquele que acredita que Jesus é o Filho de Deus? Todo o que nasceu de Deus vence o mundo”.

Finalmente, a nossa esperança e a novidade da nossa vida está na fé. Tomé é o modelo da nossa fé. Ele não estava presente na comunidade no primeiro domingo de Páscoa. Tomé não aceita que um crucificado seja um Messias. Tantas coisas travam a nossa vida, fecham-nos e isolam-nos: a falta de confiança no futuro, o medo de perder a estabilidade da vida, a falta de paz, a desconfiança, os problemas e os sofrimentos. Como vencer tudo isto? Olhar para o presente e para o futuro da nossa vida com os olhos de Jesus. Descobrir que Ele nos ama e está sempre connosco. No centro da nossa vida, tem de estar o Messias, o Filho de Deus, para sentirmos a sua paz.

Da Palavra divina deste domingo, qual a mensagem para a nossa vida? Em primeiro lugar, alimentamos a nossa esperança e descobrimos a novidade e a beleza da nossa vida, professando, celebrando e vivendo a nossa fé em comunidade. Por isso, como é importante a reunião dominical da Eucaristia para alimentar a nossa fé! Desde o início, os cristãos reúnem-se sempre no primeiro dia da semana, o domingo. Tomé faltou à reunião dominical; por isso, vacilou na fé. Em segundo lugar, quem só acredita no que os outros lhe disseram ou ensinaram e não faz a experiência de Jesus ressuscitado na sua vida, não se aguentará na fé! Em terceiro lugar, a alegria, a paz, o perdão são efeitos da presença de Jesus Ressuscitado e do seu Espírito. Sentiremos a alegria de Cristo Ressuscitado, quando nos olharmos como irmãos, nos amarmos como irmãos e, juntos, professarmos a fé como Tomé: “Meu Senhor e meu Deus”.