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HOMILIA DO 23º DOMINGO COMUM (ANO C)

Ainda há bem pouco tempo, num dos últimos domingos, tivemos a oportunidade de ouvir estas palavras de Jesus: “Onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. Para proferir estas palavras, Jesus baseia-se no seguinte: nem sempre nos libertamos daquilo a que estamos apegados: “vede bem, diz Jesus, guardai-vos de toda a avareza: a vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens”. Mas, se estamos afeiçoados a alguém, se gostamos muito de uma pessoa, estamos sempre com ela no pensamento ou à sua beira. Se estamos agarrados ao dinheiro, pensamos nisso todo o dia e na forma de ganhar ainda mais. E com Deus? Estamos afeiçoados a Ele? A maioria das pessoas parece que não está! Que lugar e importância cada um dá a Deus na sua vida? Basta pensar em Deus somente de manhã ou à noite ou em nenhum momento da vida? Tudo isto depende das nossas preferências e objetivos para a nossa vida.

Cada um de nós tem as suas preferências. No evangelho deste domingo, Jesus deixa bem claro qual deve ser a nossa grande preferência: “Se alguém vem ter comigo, sem Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo”. Como isto nos surpreende! Com estas palavras, diz-nos qual deve ser a escala de preferências daquele que deseja ser seu discípulo. Mas como? Amar menos o meu filho ou filha, o meu marido ou esposa, os meus irmãos, o meu namorado ou namorada? É verdade! Todos estes devem ser amados, mas amar Deus em primeiro lugar. É evidente que devemos dedicar o nosso tempo, atenção e carinho à nossa família, aos nossos amigos e a todos os que nos rodeiam. Mas, e se, em primeiro lugar, não estiver Deus? Jesus é bem claro: “não pode ser meu discípulo”. Amar a Deus acima de todos e de tudo. Assim, podemos perguntar: quem amamos mais?

É evidente que Jesus não deseja que odiemos o nosso pai, a mãe, filho ou filha. Quem segue Jesus tem de amá-Lo muito mais que estes, colocá-Lo no primeiro lugar do nosso afeto para que tudo o resto tenha sentido e fundamento. E que benefícios tenho com esta opção de vida? Qual a consequência desta opção? A Cruz!

Por isso, Jesus diz-nos no texto do evangelho deste domingo: “Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo”. Levar a cruz todos os dias, imitando o Mestre, é o que espera todo aquele que deseja ser cristão. Quem seguir Jesus, acabará por encontrar o sofrimento. Tal aconteceu com Ele. É na fidelidade durante o sofrimento, durante a cruz, que se alcançará a salvação. O que salva não é o sofrimento, é seguir Jesus. Na nossa vida, o que é a cruz?

A Cruz não são somente os sofrimentos comuns da vida: dificuldades financeiras, drogas na família, traições. A cruz do cristão pode abranger estas coisas e outras, mais a opção por Cristo. Não é só pegar na cruz, mas seguir Jesus. O que aconteceu com S. Paulo? Diz-nos na segunda leitura: “Eu, Paulo, prisioneiro, por amor de Cristo Jesus”. Qual o motivo de estar preso? Por ser cristão. Assim, o sofrimento deixa de ser visto como uma fatalidade, mas como uma forma de sermos semelhantes a Cristo. Deus não quer o sofrimento de ninguém, mas a felicidade. Por isso, como nos diz a primeira leitura, dá-nos a sabedoria e o Espírito Santo para aprendermos as coisas que Lhe agradam e sermos salvos.

Assim, como ser cristão e discípulo de Jesus? Abraça a própria cruz de cada dia, não se oponha nada à opção inicial, incluindo os afetos mais queridos aos familiares e à sua própria vida, renunciar a todos os bens e aderir ao Senhor, fonte da verdadeira sabedoria.