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HOMILIA DO 33º DOMINGO COMUM (ANO C)

Quando rezamos, pedimos a Deus que nos livre das dificuldades e que proteja as pessoas que amamos, porque fazem parte da nossa vida. Quando acontecem tragédias, custa-nos a entender a aparente ausência de Deus e perguntamos facilmente: “Onde está Deus; porque Deus permite isto?”. Nem sempre vemos que, na maior parte dos casos, são consequência das ações e opções da humanidade que as provocam. E parece que Deus não faz nada! Por isso, a primeira leitura deste domingo é um cântico ao amor de Deus, que não é indiferente perante a opressão dos mais poderosos sobre os mais fracos. Diz a profecia de Malaquias: “Há-de vir o dia do Senhor, ardente como uma fornalha, e abrasará todos os soberbos e malfeitores, porque serão como palha. Mas para vós que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo nos seus raios a salvação”.

Para que possa nascer o sol da justiça na nossa vida, trazendo-nos a salvação, é necessário não abandonar o nosso compromisso, a nossa missão. Ser cristão, ser discípulo de Jesus, não supõe somente palavras e orações, mas também obras e trabalho, ou seja, luta e contemplação. Por isso, podemos fazer nossas as palavras que S. Paulo dirige aos cristãos de Tessalónica e a nós também, no texto da segunda leitura: “Quem não quer trabalhar, também não deve comer”; “Ouvimos dizer que alguns de vós vivem na ociosidade, sem fazer trabalho algum, mas ocupados em futilidades. A esses ordenamos e recomendamos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que trabalhem tranquilamente, para ganharem o pão que comem”.

Quando queremos falar da nossa vida, comprometida com Jesus Cristo, sendo mensageiros da Boa Nova, utilizamos, muitas vezes, a imagem de um caminho. É evidente que quando traçamos um trajeto, uma rota, gostaríamos de não encontrar dificuldades: um caminho plano, sem problemas com o tempo, com boas sombras durante o percurso, lugares com água…Mas, quantas vezes encontramos um caminho assim? Não direi que nunca, mas muito poucas vezes. E quando tal acontece, ficam sempre poucas recordações. Mas quando fazemos uma caminhada com altos e baixos, com muita chuva ou até quase nos perdemos, no final do percurso estaremos mais felizes, porque conseguimos alcançar os nossos objetivos, recordaremos com alegria todos os imprevistos. Assim acontece na nossa vida: o que devemos valorizar não é não ter problemas, porque temos sempre motivo para nos queixarmos, mas que fomos capazes de os resolver.

A ajuda de Deus nunca falha. É disto que tratam as leituras deste domingo. Na primeira leitura, o profeta Malaquias diz que o Dia do Senhor virá e lançará fogo, não contra as pessoas, mas contra tudo o que impede as pessoas de viver: injustiças, inveja, ódios. Diante dos problemas e das interrogações da vida, há aqui uma mensagem não de ameaça e de castigo, mas de consolação e de esperança. No texto do evangelho, Jesus diz-nos que não nos devemos espantar nem ter medo das desgraças, guerras, epidemias e terramotos. Os seres humanos são capazes de realizar coisas maravilhosas, mas também são capazes de fazer guerras, destruições e ser indiferentes perante a miséria dos outros. Dificuldades sempre as teremos, mas é muito importante a nossa perseverança, sabendo que Deus é fiel, sempre nos ajudará e nunca nos faltará. Não esqueçamos o que Jesus nos diz neste domingo: “Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas".

Cónego Jorge Seixas