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HOMILIA DO 7º DOMINGO COMUM (ANO A)

Continuamos a nossa reflexão a partir do Sermão da Montanha. No domingo passado Jesus afirmava: “Ouvistes que foi dito aos antigos…Eu, porém, digo-vos” e “não vim revogar a Lei, mas completar”. Neste domingo convida-nos a sermos santos, porque Deus é Santo, dizendo: “Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito”. O princípio da primeira leitura e a conclusão do evangelho afirmam com toda a clareza que os discípulos de Jesus devem imitar Deus, que é santo, ou seja, devem ser santos porque Deus é Santo.

O evangelho convida-nos a sermos como o Pai do céu. Santo é aquele que foi “separado” do profano. Israel foi santo porque foi separado dos outros povos, foi o povo escolhido por Deus. No Sinai, Moisés ouviu o mandato de Deus: “Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” e Jesus recorda este mandato: “Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito”. Deus é o modelo de santidade e convida-nos a que sejamos perfeitos. E será que queremos ser santos? Deus é “santo” pela sua própria natureza divina, pela sua justiça e bondade. A humanidade de Cristo é “santa” por estar unida à pessoa do Verbo divino. A Igreja é “santa” por estar unida e configurada com Cristo, corpo místico. Os batizados são “santos” por estarem unidos a Cristo e Cristo ao Pai. Jesus diz-nos que Deus, o Santo, ama todos os seus filhos, mesmo os maus. “Ele faz nascer o sol sobre os bons e maus e chover sobre justos e injustos”. Então, a santidade define-se pela união com Deus. Mais união, mais santidade, menos comunhão, menos santidade. Desde o nosso batismo ficamos unidos a Cristo e Ele une-nos ao Pai, que nos convida a sermos santos. O salmo responsorial diz-nos como Deus revela a sua santidade: é clemente e compassivo, perdoa os nossos pecados, concede-nos a sua graça e misericórdia, é paciente e cheio de bondade. Como podemos corresponder a tanta ternura de Deus?

Jesus dá-nos a resposta, dizendo: “Amai os vossos inimigos, rezai por aqueles que vos perseguem”. Os filhos de Deus têm que ser como Ele, amar e viver como Ele. Não basta cumprir os preceitos humanos mas amar gratuitamente. Para ser cristão não basta cumprir as leis humanas, mas viver a Lei de Deus que ama a todos, bons e maus. Só assim seremos filhos da luz do mundo. Mas como? Novamente, Jesus responde: “oferece a outra face”. “Se alguém quer ficar com a tua túnica, deixa-lhe também o manto; se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, acompanha-o durante duas. Dá a quem te pedir”. Como se isto não bastasse, ainda nos diz: ama o teu inimigo e não te vingues dele; reza por quem te persegue. Queres ser verdadeiro cristão? Saúda todos, perdoa tudo e ama os inimigos. Alguns dirão que esta doutrina é dura e incompreensível. Sim, é duro amar a quem nos ofendeu e caluniou e fazer bem a quem nos fez mal. Mas, o que fez Jesus? Não foi isto? Ele dá-nos o exemplo e pelos sacramentos dá-nos a força para O imitar.

Elevemos as nossas mãos ao céu em oração. Mas também estendamos as nossas mãos aos outros, dando-lhes ajuda, perdão e amizade, sem ódios nem vinganças. Não podemos esquecer o que nos diz S. Paulo na segunda leitura: somos templos de Deus. Se deixarmos entrar no coração o ódio, o desprezo, a indiferença para com os outros, profanamos o templo de Deus que somos nós. Somos casa de Deus, habita em nós o Santo dos santos, somos de Cristo e Cristo é de Deus.