Calendário

<<  Abril 2024  >>
 Se  Te  Qu  Qu  Se  Sá  Do 
  1  2  3  4  5  6  7
  8  91011121314
15161718192021
22232425262728
2930     

Entrada



Mapa

Coordenadas GPS:

40º36'21''N
7º45'57''W

Ver mapa aqui.

Visitas

mod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_counter
mod_vvisit_counterHoje2602
mod_vvisit_counterOntem6839
mod_vvisit_counterEsta semana17033
mod_vvisit_counterEste mês97405
mod_vvisit_counterTotal7001301
Visitors Counter 1.5
PDF Versão para impressão Enviar por E-mail

HOMILIA DO 8º DOMINGO COMUM (ANO A)

As leituras do domingo passado levaram-nos a meditar na santidade de Deus. Neste domingo, continuando a reflexão do Sermão da Montanha, é-nos apresentada a paternidade providente e amorosa de Deus. Deus é sensível às nossas dificuldades e súplicas, ao mundo e à história humana. No evangelho, Jesus convence-nos a confiar totalmente em Deus Pai e a rejeitar o senhor do dinheiro.

A primeira leitura, do profeta Isaías, recorda-nos a época do exílio. O povo de Israel queixava-se que Deus o tinha esquecido e abandonado. Na realidade, foi Israel quem abandonou e esqueceu Deus, quando deixou de ser fiel à aliança. Israel sofreu em terra estrangeira e experimentou a aparência do abandono de Deus. Mas, o Senhor nunca esqueceu o seu povo, foi sempre um pai que o amou com ternura de mãe. Israel perguntava no exílio: Onde está Deus? O profeta respondeu, recordando-lhe que Deus nunca se esqueceu do seu povo, utilizando a seguinte imagem: “Poderá a mulher esquecer a criança que amamenta e não ter compaixão do filho das suas entranhas?”. Uma verdadeira mãe nunca esquece o seu filho. O mesmo faz Deus com os seus filhos. A leitura termina: “Mas ainda que ela se esquecesse, Eu nunca te esquecerei”. Deus ama os seus filhos até ao extremo, permitindo que o seu próprio Filho morresse na cruz. A imagem maternal de Deus é impressionante e continua nos nossos dias. Como Israel, também nós gritamos: Onde está Deus? Vivemos rodeados de sofrimentos, de injustiças, guerras e violência, desgraças naturais e pessoais…a vida é difícil! Jesus responde-nos no evangelho e repete por três vezes que não nos preocupemos com a vida, nem com a comida nem com a roupa. Convida-nos a olhar os pássaros e os lírios do campo. “Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso”. Mas precisamos de dinheiro para viver dignamente. Ele bem sabe que temos de nos esforçar para viver e ganhar o pão de cada dia com o suor do rosto. Apesar disso, insiste para não nos preocuparmos com os bens materiais, porque o nosso grande bem é Deus. Temos de ganhar para comer e vestir, mas sem angústia e ansiedade, ou seja, sem esquecer Deus. Jesus convida-nos a confiar na ternura e na bondade de Deus. Tudo aquilo que necessitamos para a vida tem a sua importância, mas não depende unicamente do nosso esforço, mas da ajuda de Deus.

Se Deus nos ajuda, é possível servir a dois senhores? É impossível! Deus é Deus e o dinheiro é transformado em deus. Deus é definitivo e eterno. O dinheiro é passageiro. O cristão vive neste mundo para servir o único Deus verdadeiro e para rejeitar outro senhor. Muitas pessoas deixam-se iludir pelo dinheiro e pelos bens, põem neles o seu coração e esquecem-se de Deus. As riquezas terrenas afastam-nos sempre do grande tesouro que é Deus. Nem o ouro nem a prata podem salvar. Ao morrer, o homem deixa cá todos os seus bens, somente leva as suas boas obras que o salvarão.

Ninguém pode servir a dois senhores. Desejará um e rejeitará outro. Hoje, quem servimos? Na segunda leitura, S. Paulo recorda-nos que “somos servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus”. Então, procuremos ser fiéis a Deus. Não sejamos escravos do cansaço e do desânimo. Ele iluminará a nossa vida e nos fará participantes do seu Reino glorioso.

Cónego Jorge Seixas