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HOMILIA DO 12º DOMINGO COMUM (ANO A)

No texto do evangelho, estamos a ouvir passagens do Sermão da Montanha, proferido por Jesus no início da sua vida pública; é o sermão programático da sua missão. Neste domingo, é proclamada a parte em que Jesus envia os Doze em missão e apresenta-lhes as tarefas que terão de cumprir, dando-lhes, para isso alguns conselhos oportunos. Recorda-lhes, de uma forma resumida, a opção que tomaram, o estilo de vida e a postura pública a ter. Nunca poderão esquecer que, por Jesus, são enviados pelo Pai. Trata-se agora de imitar o Mestre pondo em prática os seus ensinamentos e imitá-lo nas ações. Porém, neste domingo, por três vezes, Jesus dá-lhes coragem e confiança, dizendo: “Não tenhais medo”.

Desde o início, Jesus afirmou que tinha chegado a hora do Reino: “o Reino de Deus está perto, está no meio de vós”. Já não é algo escondido que ainda se está à espera, mas, com as suas palavras e ações e as dos seus, o Reino torna-se presente. Nenhuma perseguição, nenhuma oposição ou estratégia humana poderão destruir este Reino. É a hora da verdade! Acabou-se o tempo da espera! Com a pregação pública do Reino, revela-se o que estava escondido nas mentes e nos corações. Agora, cada pessoa, cada família, cada grupo, têm de decidir a favor ou contra o projeto de Deus que Jesus anuncia. Já não há lugar para posições secretas, cobardes, interesseiras e para as meias verdades. O Evangelho do Reino dissipa as dúvidas e apresenta claramente o caminho de Deus. Hoje, a frase de Jesus “Não tenhais medo dos homens” convida a Igreja a sair à rua, sem medo nem complexos.

De seguida, Jesus continua: “Não tenhais medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma”. Esta é a coragem missionária. A pregação do Evangelho é maior que a voz corporal que a proclama. Esta voz pode ser calada, mas a “alma” da pregação não é possível ser calada, nem com o martírio, nem com a morte.

Finalmente, pela terceira vez, Jesus diz: “Não tenhais medo: valeis muito mais do que os passarinhos”. Bem se pode aplicar esta última parte do texto às resistências que sentimos quando anunciamos o Evangelho. À nossa volta, reina tanto desinteresse religioso e tanta falta de fé! Vivemos uma situação parecida com a de Jeremias na primeira leitura. O profeta estava disposto a sofrer a perseguição dos inimigos de Deus, convertidos em seus próprios inimigos. Mas o que lhe faz mais sofrer é a perseguição que lhe fazem os seus amigos mais próximos, aqueles de quem ele esperava apoio. Hoje, podemos vacilar, mas nunca desanimar, como Jeremias. A perseguição mais dolorosa e que mais desgasta a Igreja é a indiferença das pessoas que não acreditam na fonte da nossa fé e da nossa missão. Por isso, há que confiar em Deus, o Senhor do Universo. Estamos nas suas mãos. Deus não abandona os discípulos do seu Filho.

Tenhamos a confiança e o entusiasmo de S. Paulo, expressos na segunda leitura. Ele foi perseguido por uns e outros. Mas nunca perdeu a fé na missão que recebeu. Até ao fim, lutou contra ventos e tempestades. Como ele, estejamos convencidos que os frutos da nossa missão brotam da ação redentora de Cristo na cruz.