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HOMILIA DO DOMINGO

DA TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR (ANO A)

 

A festa da Transfiguração do Senhor apresenta-nos Jesus, como Rei glorificado. Como sempre, o ano litúrgico encerrará com a solenidade de Cristo-Rei. Na festa deste domingo encontramos já muitos elementos que reaparecerão no último domingo do tempo comum. O Reino de Deus só se entende em Jesus que o inicia no Presépio e o consuma na Cruz. Não há Reino sem Rei. Não podemos responder à pergunta “O que é o Reino de Deus?”, sem responder a outra “Quem é o Rei?”. Uma vez mais, a personagem e a sua obra iluminam-se mutuamente.

Quem é este Rei? Na narração do episódio do “alto monte”, símbolo do céu, ou seja, da consumação escatológica da vida em Cristo, apresentam-se alguns aspetos da identidade da personalidade simples e misteriosa deste Rei. Pedro, Tiago e João conhecem-no, seguem-no, mas desconhecem alguns segredos da sua vida, ou seja, não sabem quais são os motivos para ir a Jerusalém sofrer e morrer, não conhecem a sua relação filial com Deus. É por isto que Jesus é apaixonante, atrai, porque não há ninguém como ele. Ao mesmo tempo, é filho do homem e Filho de Deus. É a síntese da Lei de Moisés (o passado) e da profecia de Elias (o futuro). É o Homem mais perfeito (um ser resplandecente e glorioso), é o Servo sofredor de quem se afasta o olhar. Guardamos no nosso coração esta visão extraordinária no “alto monte”, mas temos de descer com ele para a vida de todos os dias. Se o quisermos conhecer, temos de ter em conta estes contrastes. Todas as heresias, as apostasias e as traições que aconteceram e acontecem na história do cristianismo devem-se à criação de uma ideia de Cristo à nossa maneira e medida. Acreditar e aceitar Jesus-Rei não é somente recitar o Credo da Igreja mas imitar este Rei e o seu Reino. Como? Introduzindo a “mística cristã” (a transfiguração interior) nas realidades da vida (a transfiguração exterior).

“Da nuvem, uma voz dizia: Este é o meu Filho muito amado…Escutai-O”. Este convite da voz misteriosa permanece atual. Ao longo da vida, nos acontecimentos, bons e maus, é importante escutar Jesus, nosso Mestre. Só a Ele podemos seguir com confiança e sem medo. Também Ele nos diz: “Levantai-vos e não temais”. Pedro, Tiago e João não voltarão a vê-Lo transfigurado. Mas todas as suas palavras serão luz e terão o poder de “transfigurar” as suas vidas. Também nós temos de escutar as suas palavras (acolher, meditar e viver) como fizeram Pedro, Tiago e João, não já na montanha da Transfiguração mas no Pentecostes permanente da Igreja.

Este Rei, este “Filho muito amado”, este Salvador é Cristo. O Reino prometido de Deus e pregado pelo seu servo Jesus acontece na morte e ressurreição de Cristo. O Pai confirma Aquele que salvou o mundo do pecado, deixando-se cravar na Cruz. A imagem de Jesus triunfante e transfigurado tem na mão esquerda a bola do mundo e com a direita abençoa, exprimindo a universalidade da salvação do Rei do universo.