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O nosso destino é a vida e não a morte

No Evangelho, Jesus não explica como é a outra vida, a que nos espera para além da morte. Todos teremos como certo que ressuscitar não significa voltar à vida de antes, mas entrar numa nova realidade. Também não temos dúvida que o nosso destino é a vida e não a morte, isto é, um destino de filhos, chamados a viver a mesma vida de Deus, e para sempre, na festa da comunhão com Ele.

Os homens do nosso tempo teimam em não se preocupar em olhar o futuro, demasiado agarrados que estão ao presente e aos seus problemas.

 

Quando se fala da “outra vida”, mesmo entre os católicos mais fervorosos, surgem reacções muito semelhantes às dos saduceus que foram falar com Jesus sobre qual seria o marido da mulher que ficara viúva dos sete irmãos. Vivemos numa sociedade que parece apenas perspectivada de forma muito individualizada para o imediato, para a vida terrena, para o ter, para o prazer pelo prazer, completamente esquecida que caminha para o fim duma viagem. Este, mais cedo ou mais tarde, chegará para cada um dos homens.

Afirmamos, tantas vezes, que temos fé na vida que Deus nos destina tal como nos assegurou Jesus. Esta força e esta luz, ao longo da história, têm ajudado tantos milhões de pessoas a alimentar a sua esperança e a sua fidelidade, numa abertura sem reservas a Deus, destino da história pessoal e comunitária. Certamente que será impossível imaginar como será a “outra vida”, mas a fé em Jesus garante-nos que todos os que acreditam e se identificam com Ele viverão para sempre.
A pergunta feita a Jesus pelos saduceus não tem uma grande importância, mas a resposta sim. Na “outra vida”, o matrimónio deixa de cumprir os seus objectivos, nomeadamente o da procriação, porque aí a humanidade já não precisa de renovar-se, pois tudo é vida e não existe a morte. Jesus assegura que “aqueles que forem dignos de tomar parte na vida futura e na ressurreição dos mortos, nem se casam nem se dão em casamento. Na verdade, já não podem morrer, pois são como os anjos, e, porque nasceram da ressurreição, são filhos de Deus”.

Crer na vida eterna é, antes de mais, crer na vida. Quando, por imprecisão de linguagem, nos referimos a esta vida e à “outra vida” não há o objectivo de as contrapor, mas de as diferenciar. A “outra vida” não está contra esta, nem tem que ser uma mera continuidade. Será, essencialmente, outra, distinta. Não a poderemos imaginar com exactidão.

Uma certeza temos: a “outra vida” não será como esta. Na “outra vida” não haverá injustiça, mentira, arbitrariedade, guerra, fome. Haverá, assim cremos, paz, justiça, verdade, ou seja, a verdadeira felicidade.

Pe. Jorge Seixas