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Jornal - Entrevista

13º Aniversário da Biblioteca Municipal

de Mangualde Dr. Alexandre Alves

 

A Biblioteca Municipal de Mangualde está a comemorar o seu 13º Aniversário, várias actividades estão a decorrer.

O Notícias da Beira entrevistou a bibliotecária de Mangualde, Drª. Maria João Fonseca.

N.B.- Qual o balanço?

Maria João - O balanço é, inevitavelmente, positivo.

Porque somos um serviço de referência na leitura pública do distrito de Viseu e porque temos desenvolvido um trabalho de base para a formação e informação dos mangualdenses. Trabalhamos para o utilizador, independentemente da cor, da idade, do nível social, da religião, ideologia, etc., com o objectivo de lhe proporcionar o acesso a bens culturais indispensáveis ao seu desenvolvimento pessoal e cultural e à sua maturidade social. Pretendemos contribuir para a formação de cidadãos bem informados e conscientes da sua cidadania, críticos, criativos e interventivos, capazes de fazer a diferença. Creio que a leitura é o veículo mais adequado para atingir estes objectivos, seja ela feita a partir do livro tradicional, seja a partir de outros suportes. Hoje em dia temos vários tipos de leitura e todas elas devem ser valorizadas. Contudo, a leitura apaixonada de um texto e o prazer de saborear as palavras penso que continua a conseguir-se com mais intensidade através do objecto livro.

Usamos os livros e a leitura como ponto de partida para qualquer actividade. Procuramos sempre partir de um texto, de um livro, ou, por outro lado, complementar uma actividade com os livros que a fundamentam, com os espectáculos de teatro, leituras encenadas, horas do conto, exposições, cinema, debates, seminários, entre outras actividades. Procuramos também cruzar as várias vertentes culturais, permitindo aos utentes utilizar a biblioteca como um espaço de cultura, lazer e bem -estar.

Os obstáculos também têm existido e, por vezes, o desânimo também nos toca, mas a dinâmica do grupo e o gosto pelo trabalho acaba por prevalecer. Por outro lado, as parcerias que temos vindo a desenvolver, chamando a este espaço públicos diversificados e a possibilidade que temos de fazer chegar à comunidade um vasto leque de oferta cultural, faz com que o balanço destes 13 anos seja efectivamente muito positivo. Estamos aptos para continuar.

 

N.B.- Que tipo de público frequenta a Biblioteca?

M.J. - Temos leitores de todas as idades.

Desde os mais pequeninos que vêm com as escolas (Pré - escolar e 1º CEB) e, por vezes, com os pais para participar em actividades, aos mais jovens que, quase na sua maioria preferem a internet e os jornais desportivos.

Temos os adultos que diariamente vêm ler os jornais, que já fazem parte da casa e dos quais sentimos falta quando falham.

Temos os investigadores e estudantes que encontram na Biblioteca o local ideal para desenvolver os seus trabalhos.

E temos também os de fora do concelho que nos procuram para aceder à bibliografia que não encontram noutras bibliotecas da região.

Para além deste público que procura informação, a nossa principal matéria-prima, temos ainda um público diverso que, não sendo assíduo das salas de leitura, vem à Biblioteca para assistir a eventos e visitar exposições.

 

N.B.- Hábitos de leitura nos Mangualdenses?                                      

M.J.- Nesta matéria gostaria de dizer que existem muitos e bons hábitos, mas ainda não considero assim. Vamos esperar por mais alguns aniversários…

Criar hábitos é uma tarefa imensamente difícil, sobretudo se isso implicar algum esforço. Há sempre a tendência para o facilitismo e para a imagem em detrimento da leitura que exige empenho e atenção.

 Existem hábitos de leitura, se considerarmos a frequência da Biblioteca, mas não na dimensão desejada se pensarmos em todo o município. Continuamos a trabalhar os mais novos para garantir que o seu gosto por vir à Biblioteca e pelos livros se mantenha, sem sabermos se iremos conseguir ou não. Não existem receitas para formar bons leitores, no entanto, não há dúvida que a proximidade do mundo dos livros e das bibliotecas pode fazer despertar o gosto com mais frequência.

Contudo, gostaríamos que a comunidade aproveitasse muito mais o horário de sábado para usufruir do conforto do espaço da Biblioteca Municipal e do que temos para oferecer.

A leitura também se treina e, por vezes, as pessoas não lêem porque não percebem, porque não treinaram o suficiente para desenvolverem essa competência. Se lermos com mais frequência, teremos mais destreza na leitura e seremos mais rápidos, o que nos motiva para ler mais. Como disse Inês Sim- Sim, pedagoga e investigadora desta área, “Lê mais quem lê melhor, e lê melhor quem lê mais”.

O hábito tem a ver com algo que fazemos por prazer, de forma natural e que  entra no nosso quotidiano sem se impor. É assim que devemos sentir a leitura.