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Bênção dos Bebés e das Crianças

 

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No dia 2 de fevereiro às 18h00, na Igreja Paroquial de Mangualde, dia da Apresentação do Senhor realizou-se o rito da bênção dos bebés e das crianças.

 

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Um ritual trazido para a Paróquia de Mangualde pelo Rev. Cónego Jorge Seixas e que de ano para ano o número de crianças vem aumentando significativamente nesta cerimónia, apesar da baixa de natalidade que se verifica no país.

Esta cerimónia realiza-se 40 dias após o Natal e já faz parte da agenda de muitos pais, avós ou outros familiares que neste dia os acompanham à cerimónia.

As crianças foram recebidas no átrio da Igreja pelo Rev. Cónego Jorge Seixas que deu início à celebração acompanhado do Sr. Manuel Vaz - Diácono Permanente.

Com grande alegria as crianças seguravam numa vela pequenina e cantavam com todo o entusiasmo: “Esta luz pequenina, vou deixá-la brilhar …”

DSCF7093 800x600De seguida entraram na Igreja com a vela acesa e o Rev. Cónego explicou o significado do Dia da Apresentação do Senhor, Dia da Senhora das Candeias, porque Dela nasceu a luz de todos os povos.

DSCF7101 800x600 Uma missa um pouco diferente do habitual, com o movimentar de dezenas de crianças e bebés que rodearam o Rev. Cónego Seixas que na homilia os chamou atenção para o seu verdadeiro Amigo – Jesus. Ele está sempre connosco.

Salientou que estavam ali para pedirem a Jesus a sua bênção, para que os proteja, bem como aos seus pais. Ele é nosso amigo e ensina-nos a por os pés nos bons caminhos e a portarmo-nos bem…

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No momento próprio, foi feito o rito da bênção das crianças e seguidamente a bênção dos bebés um a um.

O Grupo Clave Jovem da Paróquia animou a celebração.

 

 

HOMILIA DO 4º DOMINGO COMUM (ANO C)

O texto do evangelho deste domingo é a continuação da pregação de Jesus na sinagoga de Nazaré que escutámos e refletimos no domingo passado. Através da leitura da profecia de Isaías, Jesus faz a sua apresentação: Ele é o Messias, Ele é o Ungido de Deus. Neste domingo, ouvimos no texto evangélico a reação das pessoas às palavras de Jesus: “Cumpriu-se hoje mesmo a passagem da Escritura que acabais de ouvir”. “Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-no até ao cimo da colina a fim de O precipitarem dali abaixo”.

Desde o seu nascimento, Jesus Cristo foi sempre sinal de contradição. No início, admiraram-se das palavras cheias de graça que saíam da sua boca. Mas depois, expulsaram-no da cidade e quiseram matá-lo, porque o filho do carpinteiro apresentou-se como o Messias, o cumprimento de todas as promessas e profecias, porque afirmou que Deus olhava os judeus, os estrangeiros e os pagãos da mesma forma. A expulsão de Jesus da sua terra pelas pessoas que O conheciam causou-lhe um grande sofrimento, a tal ponto de afirmar: “Nenhum profeta é bem recebido na sua terra”. No decorrer da sua vida, Jesus foi sempre sinal de contradição, por vários motivos: pregava uma mensagem de salvação que transformava o interior das pessoas, não era uma mensagem escrava de preceitos, ia aos banquetes, comia e bebia com os pecadores, permitia que algumas mulheres o acompanhassem para atender às suas necessidades, porque ensinava nas ruas sem ser escriba credenciado e sem levar um livro debaixo do braço, porque não tinha títulos antes do nome e não era de família rica e importante, porque deixava que as crianças se aproximassem dele, as acariciava e abençoava, porque era um peregrino que não tinha onde reclinar a cabeça, porque era considerado esquisito e fora do normal. Por tudo isto foi sinal de contradição. Por isso, era vigiado pelos fariseus e doutores da lei. Resumindo: para quem Jesus era sinal de contradição? Para os soberbos, os poderosos, os invejosos, os indiferentes e para os convencidos.

Se queremos seguir Jesus, é isto que nos espera! Nós somos a Igreja de Cristo. A Igreja foi, é e será sinal de contradição. Porquê? Porque incomoda muitas pessoas! Como? Quando prega a boa nova da salvação de Jesus, quando pronuncia aquilo que custa ouvir, quando recorda que o homem ou a mulher não é Deus, quando diz que a lei feita pelos homens nem sempre coincide com a lei de Deus, quando denuncia aqueles que só pensam em dinheiro, em esmagar e faltar ao respeito aos outros. A Igreja é e será sempre sinal de contradição quando não comunga com as ideologias da moda.

Então, o que devemos fazer? Não ter medo e não desistir. Como Jeremias, na primeira leitura e como Cristo, não tenhamos medo. Seremos cidade fortificada, coluna de ferro e muralha de bronze como Jeremias, enviado e abençoado por Deus. A força da Igreja, a nossa força, não vem do poder das armas, do dinheiro, da corrupção e da escravatura humana, mas do amor, como afirma S. Paulo na segunda leitura: “a caridade é paciente, benigna, não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa, não é inconveniente, não procura o próprio interesse, não se irrita; tudo desculpa. Tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

Tenhamos o nosso olhar orientado para Jesus. Ele disse que veio trazer a divisão à terra, ou seja, separou aqueles que praticavam o bem dos que praticavam o mal. Nunca esqueçamos que Jesus é a nossa paz, mas não é uma paz dos sepulcros, não é neutralidade. Seguir Jesus supõe renunciar ao mal, ao egoísmo e escolher o bem, a verdade e a justiça. E isto sim, divide: viver para Deus e para os outros ou viver para os nossos interesses, obedecer a Deus ou fazer o que me apetece? Que Jesus nos dê coragem para sermos sinal de contradição sem medo, seguindo o seu exemplo e o de tantos homens e mulheres cristãos que deram a vida pelo Evangelho do Amor e da Salvação.