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Paróquia de Mangualde
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HOMILIA DA SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS

Quando olhamos para a lista com os nomes dos santos, apercebemo-nos da grande quantidade de pessoas que foram canonizadas. Alguns são muito conhecidos: quem não sabe o dia de S. José, S. António, S. Pedro, S. João, S. Luzia, S. Amaro? Outros não são tão conhecidos e alguns nem sequer têm lugar no calendário. Por isso, temos a festa deste dia: para fazer memória de todos, porque todos eles podem ajudar-nos com o seu exemplo e com a sua intercessão. Quando chega este dia pensamos também nos cemitérios cheios de gente. Porque este dia é feriado, muitos aproveitam para visitar os lugares onde estão sepultados os seus entes queridos, não tendo a oportunidade de o fazer no dia seguinte. Mas tudo isto dá-nos a oportunidade de refletir sobre a santidade, de pensar em todos os que nos deixaram neste mundo e de recordar que também somos convidados a participar da vida em Deus. Na primeira leitura do Apocalipse, é-nos dado o número dos que “foram marcados na fronte”, ou seja, daqueles que pertencem a Deus: cento e quarenta e quatro mil. Trata-se de um número simbólico e exprime que todos, de qualquer raça ou cultura, estão chamados a ser santos. Nem todos os santos foram canonizados! Ou seja, apesar de não estarem nos altares não significa que não sejam para nós um modelo de fidelidade a Deus. Todos eles ajudam-nos a viver como cristãos, tendo em conta as diferenças de tempo, de lugar e das condições em que viveram e as que nós vivemos.

O que é a santidade? Na segunda leitura deste dia, da primeira Epístola de S. João, ele resume o que significa participar da vida de Deus com esta expressão: “Ver a Deus tal como Ele é”. É especialmente nesta primeira carta que se destaca o amor como característica essencial de Deus. Assim, somos convidados a responder com a nossa vida ao amor que Deus tem por nós, ou seja, viver amando. A nossa esperança e o nosso profundo desejo é chegar à visão plena de Deus. Porque só podemos amar realmente o que conhecemos: Deus ama-nos profunda e plenamente, apesar de conhecer as nossas limitações. Um dia também o conheceremos plenamente e, assim, poderemos corresponder ao seu amor com o nosso.

Hoje, o que é ser santo? A resposta encontramos no texto do evangelho escolhido propositadamente para este dia: o texto das bem-aventuranças. É uma síntese da proclamação evangélica de Jesus, que é e deve ser uma Boa Nova. É uma Boa Nova para os pobres, para os sofrem, para os necessitados…que têm um lugar de preferência na alegria do Reino de Deus. Mas também é Boa Nova para nós, que, tantas vezes, perdemos a paz, a alegria, e sorriso! Por “problemas” que não são tão importantes. Nunca esqueçamos esta frase: “um santo triste é um triste santo”. Ser santo é ser bom, é ser feliz. Que a nossa vida seja a expressão da alegria e da felicidade que vêm de Deus.

 
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HOMILIA DO 29º DOMINGO COMUM (ANO C)

É impressionante a imagem de Moisés que nos é apresentada na primeira leitura. Enquanto está a ser travada uma batalha entre numerosos homens, a força determinante não se encontra no campo de batalha nem no exército mas, à distância, no cimo de um monte: Moisés com as mãos levantadas, invocando a Deus, faz o povo de Israel sair vitorioso: “Quando Moisés tinha as mãos levantadas, Israel ganhava vantagem; mas quando as deixava cair, tinha vantagem o inimigo (Amalec). Nesta descrição, a batalha não é o mais importante, mas a confiança e a força da oração. Hoje, será que temos esta confiança na nossa oração? Enquanto Israel, através do seu intercessor Moisés, coloca a sua confiança em Deus, consegue o que necessita. Todavia, quando prescinde de Deus, tudo corre mal. Para nós, fica o aviso: é importante saber recorrer a Deus e confiar na sua ajuda.

Então, como devemos rezar? Perante esta pergunta, imediatamente vem ao nosso pensamento a oração que Jesus ensinou, o Pai-Nosso, este grande tesouro que se foi transmitindo aos cristãos através dos séculos nas diversas línguas. Sim, é importante rezar, mas como rezar? O texto do evangelho deste domingo narra-nos uma parábola de Jesus sobre a necessidade de rezar sempre sem desanimar. E neste texto encontramos uma viúva, uma das pessoas que nas escrituras sagradas encontramos com mais necessidade de compaixão e ajuda além do órfão e do estrangeiro, que ia ter com um juiz “que não temia a Deus nem respeitava os homens”. Ele não queria saber dos problemas da viúva, mas por causa da insistência dela, ele atendeu-a e resolveu-lhe tudo o que a incomodava. Nesta parábola, é-nos dito que a nossa oração seja insistente, perseverante e que não desanimemos em rezar. De certeza que incomoda aos nossos ouvidos a última frase de Jesus no evangelho, não conseguimos ficar indiferentes a ela: “quando voltar o Filho do homem, encontrará fé sobre a terra?”. É uma pergunta que fica no ar, mas sublinha a íntima relação que existe entre a oração e a fé.

Não podemos esquecer que a fé é fruto da oração. Recordemos uma oração de S. Teresa de Calcutá que diz o seguinte: “o fruto do silêncio é a oração, o fruto da oração é a fé, o fruto da fé é o amor, o fruto do amor é o serviço, o fruto do serviço é a paz”. Esta ordem é muito importante. Muitas vezes entendemos a oração como expressão da fé. Mas a fé cresce com a oração. Há muitas maneiras de rezar: louvando, pedindo, cantando, fazendo silêncio. Não podemos esquecer que em todos os momentos da nossa vida, o “nosso auxílio está no nome do Senhor” e que, confiando Nele, nunca seremos esquecidos. Deus tem memória, não se esquece de nós. Deus pensa em mim. Eu estou na memória de Deus.

Nos momentos difíceis da vida, ou no meio dos grandes desafios e projetos, só a oração nos pode valer! Na oração, pedimos, louvamos, partilhamos a vida toda com Deus. A nossa oração deve estar enraizada na Sagrada Escritura, como S. Paulo dizia a Timóteo na segunda leitura: “ela pode dar-te a sabedoria que leva à salvação, pela fé em Cristo Jesus; por isso, proclama a Palavra, argumenta, insiste e exorta, com toda a paciência e doutrina”. Rezemos sempre sem desanimar, não podemos desistir da nossa confiança em Deus. Ele escuta-nos, porque nos ama. É o Senhor que nos guarda, que está sempre ao nosso lado, é o nosso abrigo. “É o Senhor que nos defende de todo o mal, que nos protege em todos os momentos da nossa vida, agora e para sempre”.

Cónego Jorge Seixas

 
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HOMILIA DO 31º DOMINGO COMUM (ANO C)

Neste domingo, a segunda leitura narra-nos a grande preocupação que tinham os cristãos da comunidade de Tessalónica em saber quando e como seria a vinda definitiva do Senhor. Estavam convencidos que estaria para breve. Por isso, viviam com alguma ansiedade e inquietação, sentindo que já não teriam tempo para se prepararem, para se converterem. Nesta segunda carta que lhes escreve, S. Paulo teve necessidade de lhes dizer: “ Não vos deixeis abalar facilmente nem alarmar por qualquer manifestação profética, por palavras ou por cartas, que se digam vir de nós, pretendendo que o dia do Senhor está iminente”. Com estas palavras, também a todos nós é-nos transmitida paz e serenidade.

À medida que nos aproximamos do final do ano litúrgico e se destaca que este momento um dia há-de acontecer, damos conta de que mudar é necessário, mas como nos é dito na primeira leitura, do Livro da Sabedoria, e também no evangelho, com a história de Zaqueu, o importante não é só destacar o nosso esforço para sermos melhores, mas também a nossa confiança na misericórdia de Deus. O Livro da Sabedoria louva a omnipotência de Deus, porque se compadece, porque ama. Deus ama tudo o que saiu das suas mãos, preocupa-se e corrige com amor os seus filhos. “De todos Vos compadeceis, porque sois omnipotente, e não olhais para os seus pecados, para que se arrependam. Vós amais tudo o que existe e não odiais nada do que fizestes. A todos perdoais, porque tudo é Vosso, Senhor, que amais a vida”.

É isto que nos é apresentado no texto do evangelho deste domingo com a experiência de Zaqueu. Jesus está quase a chegar a Jerusalém, onde irá ser imolado pela humanidade. Entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Ainda arranjou tempo para ir àquela localidade para se encontrar com o pecador Zaqueu e ficar em sua casa. “Zaqueu subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de passar ali. Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa. Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria”. O advérbio de tempo “hoje” dito a Zaqueu é o mesmo que Ele dirá, dias depois, ao bom ladrão crucificado, ao seu lado, no Calvário: “Hoje, estarás comigo no Paraíso”. Este “hoje” de Jesus é dito também a cada um de nós, quando O procuramos de coração humilhado e contrito. O advérbio “hoje” marca-nos o tempo da salvação e diz-nos que a salvação não é algo do passado, mas é um acontecimento atual para quem lê, escuta e vive o Evangelho. Na casa de Zaqueu, houve uma grande alegria: ele mudou de vida, deu metade dos seus bens aos pobres, restituiu quatro vezes mais àqueles que tinha prejudicado. Por isso, Jesus afirma: “Hoje entrou a salvação nesta casa…Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido”. Zaqueu não agiu sozinho. Tudo o que fez repercute-se na família. Zaqueu deu aos seus familiares o melhor de si: o sentido da justiça, a honestidade humana, um amor aberto aos outros, a melhor herança que podia deixar.

Neste domingo, as leituras bíblicas apresentam claramente o seguinte: Deus é poderoso, omnipotente, mas bondoso, tem compaixão de todos, ama tudo e todos, corrige os que caem. Não é um Deus castigador, mas amigo, libertador, alguém que nos dá confiança. Por isso, devemos estar vigilantes para O recebermos quando vier definitivamente ao nosso encontro, vivendo serenos e a fazer o bem. Como Zaqueu, deixemo-nos tocar por Jesus. Ele entrou na casa de Zaqueu, tocou-o no coração e ele converteu-se. Deixemos Jesus entrar na nossa casa para, assim, podermos ser santos.

 
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HOMILIA DO 28º DOMINGO COMUM (ANO C)

As leituras deste domingo fazem-nos, novamente, pensar nas pessoas que sofrem. Muitas pessoas morrem inocentes em atentados; são mortas nas atividades normais da sua vida. A fome continua a matar tantas pessoas todos os dias e a riqueza acumula-se nas mãos de poucos. Tanta gente sem pão, sem água, sem emprego, sem condições para ter uma vida com dignidade! Estas realidades entram pelos nossos olhos, através dos meios de comunicação social. Tendo em conta as leituras bíblicas deste domingo, podemos afirmar que a lepra da maldade ainda reina na sociedade. Com tristeza, vamos dando conta do seguinte: alguns que praticam estas más ações dizem ter fé em Deus. Estas pessoas estão doentes e não sabem. Ou será que sabem?

Se assim é, estas pessoas precisam de ser curadas urgentemente. Porém, esta cura depende deles. O texto do evangelho diz-nos que Jesus curou os dez leprosos, porque acreditaram nele. Na primeira leitura, Eliseu curou da lepra Naamã. “O general sírio Naamã desceu ao Jordão e aí mergulhou sete vezes, como lhe mandara Eliseu, o homem de Deus. A sua carne tornou-se tenra como a de uma criança e ficou purificado da lepra”. Naquele tempo, a lepra era uma doença contagiosa; hoje, é possível ser tratada com o avanço da medicina. Mas, porque é que a cura da lepra está presente no contexto religioso? Para revelar a bondade divina. A cura do leproso é utilizada na história da salvação como meio de manifestação do poder de Deus.

Quando Jesus se dirigia para Jerusalém, passando entre a Samaria e a Galileia, vieram ao seu encontro dez leprosos, pedindo-lhe que tivesse compaixão deles. Jesus mandou-os ir ter com os sacerdotes. E sucedeu que no caminho ficaram limpos da lepra, pela fé que tiveram. Soubemos disto, porque um deles, que era samaritano, ao ver-se curado, voltou atrás para agradecer a Jesus. Nesse momento, Jesus revelou qual foi o remédio que os curou: “Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou”. A fé foi o remédio. Então, porque é que a fé não continua hoje a fazer milagres? Porque se vive como se quer e não como se deve. Aqueles que foram curados fizeram o que deviam, em nome da fé. Foi o que aconteceu com o general sírio Naamã. Ele foi curado porque fez o que lhe ordenou Eliseu, o homem de Deus, acreditou na palavra de Eliseu. Nós somos convidados a fazer o mesmo, ou seja, a fazer a vontade de Deus. Qual o caminho a percorrer?

A segunda leitura, da 2ª Carta de S. Paulo a Timóteo, dá-nos a resposta: “Se morremos com Cristo, também com Ele viveremos; se sofremos com Cristo, também com Ele reinaremos; se O negarmos, também Ele nos negará; se Lhe formos infiéis, Ele permanece fiel”. Morrer com Jesus é o segredo da nossa vida. Como se morre com Jesus? Morrendo para as nossas próprias vontades, paixões e vícios, desuniões e guerras. Significa entregar o leme do barco da nossa vida a Jesus. Ele conduzir-nos-á às águas tranquilas do Reino dos Céus.

Ao leproso curado que voltou atrás para agradecer, Jesus disse-lhe: “Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou”. Tenhamos fé suficiente para também, um dia, ouvirmos o mesmo. Que o Senhor nos cure das nossas enfermidades. Procuremos salvar a nossa vida, deixando-nos curar pela graça de Deus. Temos a certeza que o mais importante é viver segundo a vontade de Deus. Só assim viveremos e reinaremos, porque a nossa fé nos salvará.

Cónego Jorge Seixas 

 
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