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Paróquia de Mangualde
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HOMILIA DO 27º DOMINGO COMUM (ANO C)

Nos nossos dias, qual a diferença que existe entre o comportamento de um cristão e de uma pessoa que não é cristã? Muitas vezes, não se nota a diferença. Uma pena! O comportamento de um cristão deveria revelar a vontade de imitar Jesus nas suas palavras e nas suas obras. Mas, nem sempre revelam. Se tal acontece, o cristão deve repensar o seu compromisso com Jesus Cristo. Qual compromisso? Não podemos esquecer que quem foi batizado compromete-se a viver segundo as verdades pregadas por Jesus Cristo. Não se pensa nisto, mas aqui está algo muito importante da nossa fé. A fé não é uma concordância intelectual, mas uma adesão existencial.

O comportamento daqueles que acreditam será tido em conta quando chegar a hora do encontro definitivo com Deus. Por isso, na primeira leitura, da Profecia de Habacuc, é dito: “Vede como sucumbe aquele que não tem alma reta; mas o justo viverá pela sua fidelidade”. E os que não acreditam? Certamente responderão pela coerência e honestidade que viveram ou deixaram de viver. Assim, acontecerá a divisão: os que praticaram o mal condenar-se-ão, os bons serão chamados benditos de meu Pai. O justo viverá pela sua fé não só dentro de uma igreja, mas também em cada momento da sua vida, especialmente nos momentos difíceis. Diz a primeira leitura: “Até quando, Senhor, chamarei por Vós? Até quando clamarei contra a violência…Porque me deixais ver a iniquidade e contemplar a injustiça? Diante de mim está a opressão e a violência, levantam-se contendas e reina a discórdia?”. A fé está relacionada com tudo que sirva para fazer bem aos outros, para eliminar os exploradores, os corruptos e interesseiros. Com a nossa fé, será possível mudar alguma coisa? O preço do desafio é alto, mas é preciso perseverar pela virtude do Espírito Santo que habita em nós.

Na segunda leitura, S. Paulo diz a Timóteo para não ter medo de ser testemunha de Jesus Cristo. Ele não pode mostrar medo, mas reavivar a sua fé e a fé do povo: “Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de caridade e moderação. Não te envergonhes de dar testemunho de Nosso Senhor”.

Quem tem fé não é indiferente. Quem tem fé, faz. As obras de quem acredita manifestam em quem ele acredita. Tudo o que faz, sabe que é a sua missão. Por isso, no texto do evangelho deste domingo, Jesus afirma: “o senhor terá de agradecer ao servo por lhe ter feito o que mandou? Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis: fizemos o que devíamos fazer”. O serviço é uma dimensão da fé. É a fé que faz a distinção entre o comportamento de um cristão e o de um não-cristão. O cristão comporta-se por um valor sobrenatural; o não-cristão por razões humanas. O cristão deve agir de forma diferente, porque acredita em Deus e na vida futura. Por isso, não podemos viver acomodados: a fé supõe ação, serviço.

Como os Apóstolos disseram, também nós precisamos que Deus aumente a nossa fé. Ela é frágil e muitas vezes posta à prova. A fé é uma questão de sobrevivência: sem ela, não aguentamos. Com fé, diante das “cruzes da vida” não iremos revoltar-nos contra Deus, mas confiaremos e acreditaremos Nele. Não precisamos de pedir muitas explicações, porque somos pequenos, servos inúteis. Basta saber que Deus é bom, misericordioso e que nos ama muito. Basta abrir os nossos corações a Deus: “se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações”.

 
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HOMILIA DO 25º DOMINGO COMUM (ANO C)

Qual a finalidade dos bens que possuímos? Proporcionar uma vida com dignidade e bem-estar. E o que fazem muitas pessoas com o dinheiro? Trabalham somente para acumular dinheiro e isto torna-se o grande objetivo da vida. Se tal acontece, a pergunta é inevitável: Conseguem realizar-se desse modo? Serão felizes? Viverão bem e em paz? Poucos, ou ninguém!

Muitas pessoas procuram ter muitos bens e dinheiro a qualquer preço, nem que seja necessário esmagar os outros. Neste domingo, a Palavra de Deus dá-nos alguns conselhos a este respeito. O profeta Amós era um homem pobre do campo e vivia em Judá. Escolhido por Deus, assumiu a difícil missão de ser profeta em Israel. No seu tempo a situação económica do seu país era muito má. Os governantes e os comerciantes faziam o que era inconcebível aos olhos de Deus, explorando os pobres. Através de Amós, Deus condenou as suas ações: espezinhavam os pobres, eliminavam os humildes, aumentavam os preços, utilizavam balanças falsas para vender o trigo, vendiam até as cascas do trigo. Deus disse: “Vós que comprais os necessitados por dinheiro e os indigentes por um par de sandálias…nunca esquecerei nenhuma das vossas obras”. Qual era ambição dos comerciantes da época de Amós? Ganhar dinheiro com lucros injustos. Será que hoje acontecem estas coisas, ou algo parecido?

Infelizmente, a situação não mudou muito, apenas as maneiras de fazer: pagam-se salários baixos, exigem-se horas extras que não são pagas, humilham-se os funcionários, alguns tratam os seus funcionários como coisas, aumenta-se o lucro, mas nada dele é partilhado com os que produzem. Há patrões que exploram e são ditadores. Mas também há aqueles que exploram e prejudicam os patrões. Tanto uns como outros procedem mal e não agradam a Deus.

O que Jesus tem a dizer sobre isto? Ele nunca afirmou que o dinheiro não presta e que não precisamos dele. Jesus apoiou sempre uma economia que gera vida. Assim, o problema não está no dinheiro e ter bens, mas o seu mau uso. O problema está em que uns acumulam, ou seja, têm tudo e cada vez mais, e outros ficam sem nada. Quando reina a ganância e se endeusa o dinheiro, surge sempre a fome, o desemprego e os sem-abrigo; cultiva-se uma falsa espiritualidade, recheada de mentiras e de incoerências. Tantas pessoas que se dizem “amigas” de Jesus, que amam muito a Deus, e acumulam bens a esmagar a dignidade dos outros e através de negócios sujos! Muitos falam com Deus, mas adoram o deus dinheiro conquistado com mãos sujas! Por isso, na segunda leitura, S. Paulo diz a Timóteo: “Quero, portanto, que os homens rezem em toda a parte, erguendo para o Céu as mãos santas (mãos puras), sem ira nem contenda”.

Ter bens não é um mal. Precisamos deles para viver, mas não sendo escravos dos mesmos. Os bens têm de servir para vivermos com dignidade aqui na terra, enquanto caminhamos com os olhos postos no céu. Os bens que existem e que nós também produzimos destinam-se ao bem de todos. Deus é o único proprietário, nós não somos mais que administradores dos bens que a todos pertencem. São João Crisóstomo escreveu: “o rico avarento ou é ladrão ou é filho de ladrões”. Mas o texto do evangelho deste domingo parece que elogia a desonestidade, a aldrabice e o roubo! Como compreender a parábola? Em primeiro lugar, não esqueçamos que há muita maldade e desonestidade no mundo, “os filhos das trevas são mais espertos que os filhos da luz”. De fato, aquele administrador roubava; mas depois, viu que algo ia mudar na sua vida e decidiu mudar algo em si mesmo: da sua própria comissão tirou o suficiente para perdoar aos devedores; assim, não estava a roubar mais uma vez o patrão, por isso foi elogiado.

Ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro. Que o meu deus não seja o salário e tudo quanto posso ganhar. Os bens materiais devem servir para construir amizades, partilha, solidariedade e fraternidade. Agradeçamos ao Senhor os bens que temos e o nosso emprego. Com eles, possamos semear a caridade e o bem-estar à nossa volta.

 
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26º DOMINGO COMUM (ANO C)

Hoje, na sociedade reina muito o comodismo, o egoísmo e a indiferença. E estas “pragas” contaminaram muitos cristãos. Alguns afirmam: “Eu cá tenho a minha fé”, “não preciso de ir à missa”; “confesso-me a Deus”; “os que vão à missa são piores que os outros”. A sua vida espiritual é indiferente a tudo o que acontece à sua volta. Será que este estilo de vida agrada a Deus? É evidente que não!

O texto do evangelho deste domingo narra-nos a parábola do rico avarento e do pobre Lázaro que narra as ideias e os sentimentos que andam na cabeça de muitas pessoas: os bons estão no Céu e os maus estão no inferno, separados por um abismo. De um lado, há tranquilidade e banquete; do outro lado, suplícios e fogo. A Bíblia oferece-nos muitas imagens do inferno. São imagens simbólicas. O fogo que devora simboliza a frustração humana e a opção de virar as costas a Deus, ficar o mais longe possível de Deus. Quem faz esta escolha, viverá na escuridão de uma vida sem sonhos, no exílio de uma opção feita por livre vontade. É o que acontece com o rico avarento da parábola e com Lázaro. De que lado estamos? Do lado do rico avarento ou do lado de Lázaro?

Uma pessoa que faz o bem e uma pessoa que faz o mal não podem ter os meus objetivos de vida nem terão as mesmas consequências devido às decisões que irão tomando na sua vida. Também Deus tem os seus critérios e Jesus já nos deu a conhecer alguns. Quem vive de um modo diferente a estes critérios, não pode ser uma pessoa boa. Então, como vive uma pessoa boa? Na segunda leitura, na 1ª Carta de Paulo a Timóteo, encontramos a resposta: “Tu, homem de Deus, pratica a justiça e a piedade, a fé e a caridade, a perseverança e a mansidão”. Por outras palavras: fugir dos vícios. Há muitos vícios: ter dinheiro sem olhar a meios, o vício do jogo, as drogas, a agressividade aos outros. São vícios que prendem e destroem aos poucos. Também existe o vício do egoísmo: uma pessoa viciada em si própria: só olha para si, só faz o que lhe apetece e lhe dá prazer. Será que esta pessoa é boa? Não!

Tantas vezes escutamos, e até apoiamos, tudo o que ouvimos dos nossos “deuses” de hoje: ganância, ânsia do poder, corrupção, mentira, opinião de alguns “comentadores públicos”! Tantos princípios e ideias contrárias à lei de Deus que damos ouvidos e até apoiamos! Existe tanta contradição! Nós sabemos o que devemos fazer e como viver, mas, muitas vezes, não fazemos. É preciso vir alguém do Céu, como pedia o rico avarento, para nos ensinar a viver bem? Nós já sabemos! Como diz o evangelho, “se não ouvirem a Moisés, nem aos Profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não se convencerão”. Quem resiste a Deus corre o risco de não se encontrar com Ele. Terão a sorte daqueles que escolhem uma vida regalada e os vícios, como nos dizia a 1ª leitura da Profecia de Amós: “partirão para o exílio à frente dos deportados e acabará esse bando de voluptuosos”.

Comodidade não é o mesmo que serenidade. A serenidade é uma virtude, a comodidade é um vício. A serenidade vem da paz de consciência diante de Deus, a comodidade vem do desejo de não se comprometer com nada. De que lado estamos? Estamos acomodados ou serenos? Não pode tomar lugar à mesa da Eucaristia quem, como o rico do Evangelho, se banqueteia na opulência fechando o coração ao pobre que jaz à sua porta. Peçamos a Deus a força necessária para fugir aos vícios e alimentar a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão. Desta forma, estaremos a preparar-nos aqui na terra para, um dia, viver na casa dos justos, na glória de Deus.

 

 
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