MENSAGEM DA PÁSCOA 2016
“Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?
Não está aqui. Ressuscitou”
Cristo ressuscitou! Tudo é novo. Com a ressurreição de Jesus, a vida tem sentido, a vida vale a pena. Tudo foi renovado e esta renovação já está a acontecer. Na Páscoa deste ano, como naquele primeiro dia da semana, também podemos sentir a alegria, a paz, a serenidade, a vontade de viver, de nos saudarmos, de nos abraçarmos, levando bem longe a notícia da ressurreição de Cristo. Podemos voltar a começar uma nova história, uma nova vida para cada um e nós e para todo o mundo.
Cristo ressuscitou! Cristo passou da morte à Vida! Com Cristo, cada um pode unir-se a esta passagem da morte à vida, mas isto supõe passar do pecado ao perdão, passar da vingança à misericórdia, passar do medo à coragem, passar da cobardia à valentia, passar das trevas à luz, passar do orgulho à humildade, passar do gelo ao carinho aconchegador, passar do egoísmo à solidariedade, passar da tristeza à alegria, passar do silêncio ao anúncio, passar da indiferença à fraternidade, passar da divisão à comunhão.
A Páscoa de Jesus Cristo faz surgir uma comunhão plena entre os homens e as mulheres da nossa sociedade, a comunhão de irmãos e de filhos de um mesmo Pai. E esta comunhão aumenta e cresce através da comunhão na Eucaristia, que é a comunhão com Cristo morto e ressuscitado
Agora, com a ressurreição de Jesus Cristo, o grande amor de Deus manifestado na cruz alcança o seu sentido na plenitude. A última palavra já não pertence à morte, mas à Vida de Deus. Este é o sentido da dor e do sofrimento partilhado por Deus até às suas últimas consequências: a reconversão total numa vida nova, na qual já não haverá nenhum mal, nem semente de morte e de sofrimento.
Por isso, a nossa missão pascal é transmitir alegria. Não tenhamos “caras de vinagre”, mas da alegria da ressurreição, uma alegria que nada nem ninguém nos pode tirar, uma alegria que todos os homens e mulheres necessitamos, mais do que pensamos. A melhor prenda da Páscoa deste ano é oferecer esta alegria.
A Páscoa é a festa da esperança, a celebração da vitória da vida, do amor, da verdade, da justiça, sobre a morte, o ódio, o desamparo, a mentira e toda a espécie de injustiças. O Crucificado ressuscitou, não ficou sob o poder da morte. Aquele que se tinha aproximado dos doentes, dos marginalizados e dos oprimidos quando vivia na Galileia, onde tudo começou, que se tinha identificado com eles e que por isso sofreu e morreu como eles, ressuscitou. “Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui. Ressuscitou”. É necessário proclamar esta mensagem a todos e a todo o mundo. Isto é o “Ide por todo mundo” com que termina o texto do evangelho. Isto é o centro e o conteúdo da fé cristã. Já não podemos andar dececionados, resignados, indiferentes. Jesus anima-nos a ser trabalhadores incansáveis do seu Reino. Abramos caminhos à esperança que renasce dentro de nós.
Uma Feliz e Santa Páscoa.
Cónego Jorge Seixas |
HOMILIA DO DOMINGO DE RAMOS (ANO C)
Neste domingo, recordamos a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém e a forma singular como o fez: montado num jumentinho, expressando claramente que vinha em missão de paz. Entrou em Jerusalém aclamado como rei que vem em nome do Senhor: “Bendito o Rei que vem em nome do Senhor. Paz no Céu e glória nas alturas!”. Foi assim há mais de dois mil anos. Hoje, Jesus continua a entrar na nossa vida, no nosso coração, na história de todos os povos e nações da mesma forma como entrou em Jerusalém, ou seja, em missão de paz. Hoje, somos nós a acolher Jesus tal como Ele é, como o rei que vem em nome Senhor, para iniciar um Reino marcado pelo amor, pela verdade, pela justiça e pela paz. O texto evangélico diz-nos que a multidão dos discípulos O aclamava alegremente, louvava “alegremente a Deus em alta voz por todos os milagres que tinham visto”. Hoje, somos nós a aclamar alegremente Jesus, agitando os ramos nas nossas mãos. Erguemos os nossos ramos para afirmar não só com as nossas palavras, mas também com o nosso gesto as três ideias centrais deste dia: que Jesus é o nosso rei, não queremos ser governados nem orientados por mais ninguém; que, se Jesus vem em missão de paz, queremos que nos faça mensageiros da paz; que, se vem revestido de humildade e de simplicidade, queremos ser conhecidos como seus discípulos, humildes e simples. Que a alegria da aclamação de Jesus como Rei nos ajude a viver com intensidade estes dias da Semana Santa, seguindo o caminho de Jesus Cristo até ao fim. Que estes dias nos fortaleçam para, ao longo de todo o ano, viver mais e melhor segundo o Rei da Paz.
Neste domingo, além das aclamações, contemplamos Jesus Cristo, “que sendo de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si próprio…aparecendo como homem, humilhou-se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz”, como nos diz a segunda leitura. Partilhamos os sentimentos de Jesus Cristo: a sua entrega total sem reservas, a sua fidelidade ao Pai, o seu amor infinito por todos os homens e mulheres do mundo, a sua tristeza pela incompreensão de tantas pessoas e a sua solidão nos momentos de maior sofrimento da sua vida. Tudo isto iremos meditar pormenorizadamente durante esta Semana Santa. Só assim caminharemos alegre e dignamente para a Páscoa que nos traz a vida nova, a esperança definitiva e a alegria que ninguém nos pode tirar.
O Domingo de Ramos coloca-nos diante de Jesus e de toda a sua vida de serviço: gastou a vida a fazer o bem, a lavar os pés de todas as pessoas, sobretudo dos mais necessitados e carenciados por qualquer motivo; revelou uma imagem de um Deus que se interessa pelas pessoas e as quer salvar e não condenar; revelou uma religião diferente em que o mais importante é servir os outros, dar o primeiro lugar aos pobres e aos fracos. As palavras e as ações de Jesus não agradaram a toda a gente. Por isso pagou a fidelidade ao seu maravilhoso projeto com a morte violenta que lhe quiseram dar. Mas o aparente silêncio de Deus no processo da prisão, condenação e crucifixão deu lugar à poderosa ressurreição de Jesus.
Vivamos com esperança este Domingo de Ramos. Vivamos com intensidade e profundidade a Semana Santa que estamos a iniciar. Só assim exultaremos e nos alegraremos no dia da Páscoa da Ressurreição do Senhor.
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José Paulo da Silva Seixas
Faleceu hoje, dia 23 de março, o Sr. José Paulo da Silva Seixas, com 51 anos de idade, irmão do Rev. Cónego Jorge Alberto da Silva Seixas.
O corpo estará em câmara ardente na Capela Mortuária da Freguesia de Lordosa, pelas 15h00.
O funeral realiza-se amanhã, quinta-feira, dia 24, às 14h30 na Igreja Paroquial de Lordosa.
Votos de condolências a toda a Família, em particular ao nosso Pároco Cónego Seixas.
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Via Sacra ao vivo no Monte
da Senhora do Castelo
No dia 13 de março às 16h30 realizou-se no Monte da Senhora do Castelo a Via Sacra ao vivo.
As 14 estações foram representadas em diversos pontos do monte e contou com a participação de crianças e jovens dos diversos anos da catequese orientados pelos seus catequistas.
Foi presidida pelo Rev. Cónego Jorge Seixas e Diácono Permanente Sr. Manuel Vaz.
A 1º Estação este ano decorreu ao lado da Ermida, seguindo-se as outras ao longo do Monte, terminando no ponto mais alto (atrás da Ermida), onde Jesus foi sepultado.
A Encenação foi seguida e vivida por muitos fiéis que percorreram a caminhada de Jesus a carregar a Cruz.
A Via-Sacra faz parte das tradições dos católicos, sobretudo durante a quaresma. É um exercício espiritual – e, em alguns casos, também físico – que ajuda quem o faz a reviver a paixão e morte do Senhor Jesus, acompanhando Aquele que deu a vida pela humanidade.
A Encenação da Paixão de Cristo realiza-se na Paróquia de Mangualde desde 2010, respondendo a um desafio feito pelo Rev. Cónego Jorge Seixas e de ano para ano é notório o interesse e a dedicação de quem a realiza, bem como da presença do público em geral que neste dia rumam até ao Santuário da Senhora do Castelo para assistirem a este momento.
No final o Rev. Cónego Jorge Seixas agradeceu a presença de todos em especial às crianças, jovens e seus catequistas. |
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