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MENSAGEM DE NATAL DO PÁROCO DE MANGUALDE

  cónego Jorge100 4080 800x600 presepio 2013 800x600

                                                                      Presépio da Coleção do Rev. Cónego Jorge Seixas

NATAL: TERNURA E CALOR DE DEUS

 Estamos a chegar ao Natal! Mais uma vez, dirão alguns! Um tempo de grandes azáfamas, inquietações e ansiedades. Nada pode falhar e faltar! É a festa da família, da entrega das prendas, da refeição numa noite festiva. Mas, outra vez? Será que não andaremos cansados dos natais com estas características? Será que haverá vontade e possibilidades para viver natais deste género? Talvez muitos dirão: “este ano não me apetece celebrar o Natal, nem de fazer o presépio”. “Estamos em crise, só sofremos ‘cortes’, temos de apertar cada vez mais o orçamento mensal familiar, somos explorados, perdeu-se o respeito pelas pessoas, fomentam-se as divisões e a insensibilidade (“não é nada comigo, não sei de nada, não vi nada”), as reformas baixaram”. E ouve-se este lamento: não há vontade para o Natal!

Mas que Natal nos habituámos a viver e a celebrar? O Natal das prendas, dos pratos suculentos e vinhos deliciosos? Sem assim é, nunca vivemos o Natal, porque esta época é tudo menos todos estes “adereços”.

O Natal é celebrar a alegria de Deus no meio do seu povo. A vida está difícil, mas nunca foi fácil. Onde encontrar coragem para a vida? Onde encontrar esperança para não cairmos na tentação do desespero e do desânimo? Onde encontrar vigor para enfrentar tantos e tantos momentos da nossa vida? Na humildade de um Menino, nascido na extrema pobreza, longe de tudo e de todos, humilde, mas lindo e belo! Este Menino não era mais um no número daqueles que nasceram naquele dia ou naquela noite. Era Deus no meio dos homens e das mulheres. Natal é somente isto: Emanuel, Deus-Connosco. Não estamos sozinhos na vida, nos nossos problemas, na crise, nas injustiças, no meio das hipocrisias e das “fachadas” humanas. O Menino Deus acompanha-nos, faz caminho connosco, passeia na nossa vida. Ele está diante dos nossos olhos. Onde? Não se manifesta em aparições extraordinárias ou em certos sítios ou salas estritas para elites ou grupos privilegiados. Ele está no sorriso, na candura, na ternura e na beleza de uma criança. Ele está na irreverência de um adolescente. Ele está no espírito de aventura ou na desmotivação dos nossos jovens. Ele está na vontade firme de recomeçar todos os dias a luta da vida daqueles que trabalham e daqueles que gostariam de trabalhar. Ele está na fragilidade e nas inseguranças dos nossos velhinhos. Ele está no sorriso lindo, meigo, nos afagos e nos conselhos dos mais idosos. Ele está nos abandonados, esquecidos e explorados pelas famílias. Ele está naqueles que são escravos dos vícios, das ansiedades e das depressões. Ele está onde menos esperamos, especialmente naqueles sítios ou naquelas pessoas que não temos coragem de frequentar e visitar. Estes são os presépios da nossa sociedade! Natal é isto! Que todos sintam o calor da sombra deste Menino Deus que estenderá este seu corpo no madeiro da cruz para vencer as trevas, as tentações, as angústias, ou seja, tudo aquilo que nos tira a paz. Ele é o Príncipe da Paz, a razão e a causa do nosso viver. O Natal é sentir que vale sempre a pena viver e lutar pela vida e por esta sociedade. Porquê? Este Menino fez o mesmo. Não se resignou à realidade do seu tempo, mas soprou uma lufada de ar fresco sobre a humanidade, ou seja, amou tudo e todos até ao fim. Natal é amar, é ter um coração sensível, é estar desperto e vigilante. Se pensarmos bem, há necessidade de celebrar o verdadeiro Natal: paz, amor, perdão, solidariedade, sobriedade, justiça, respeito e acolhimento. Vivamos o Natal na fé, na esperança e no amor, sob a protecção e ternura do Deus feito Menino.

Um Santo, Feliz e Verdadeiro Natal.   

Pe. Jorge Seixas