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HOMILIA DO 3º DOMINGO COMUM

Jesus começou a pregar, dizendo: “Arrependei-vos, porque o reino de Deus está próximo”. É desta frase que se fundamenta toda a pregação de Jesus: é preciso converter-se, ou seja, mudar a orientação da vida, mudar de critérios, aproximando-nos do plano de Deus. Viver assim é viver o Reino de Deus, experimentar Deus na vida e no coração de cada um. “Jesus começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo”. A missão de Jesus era o anúncio da Boa Nova (ensinando e proclamando), e ajudando os mais necessitados (curando). A Palavra pregada tornava-se credível com as obras realizadas. Só desta forma é que, ainda hoje, o Evangelho se torna credível e atraente. A Boa Nova que Jesus prega não exclui ninguém, mas é para todos. A profecia de Isaías, na primeira leitura, realiza-se em Jesus: “o povo que andava nas trevas viu uma grande luz”. Trata-se de uma mensagem de salvação que gera alegria em todos: “Multiplicaste a sua alegria, aumentastes o seu contentamento”. Esta alegria transforma os corações, predispõe-nos a não pensar em nós próprios, mas a procurar o bem dos outros, a colocar a primazia nos outros. É uma alegria paciente, forte para viver os momentos de fragilidade, de trevas, de vazios, de contrariedades. A alegria da fé supõe um reconhecimento profundo da vida, resgatada por Aquele que ilumina e salva.

A alegria do cristão brota do mistério do Amor de Cristo na cruz. Quem seguimos? Quem nos une? “Não haja divisões entre vós”, “Estará Cristo dividido?”. São Paulo aconselha os cristãos a viver uma vida sem desvirtuar a cruz de Cristo. A sua entrega é a sublime manifestação do Amor. Jesus não se esconde, não foge da sua responsabilidade, não se desvia do que viveu sempre: uma entrega livre, consciente e firme da própria vida. Leva-nos a ver a morte como o penúltimo episódio da vida. O Amor perdura para lá da vida e do tempo. Um final nunca é motivo de alegria, mas um final como entrega amorosa gera um novo início. Aqui se fundamenta a alegria do cristão: no Amor.

Se Jesus nos ama desta forma, provoca em nós a vontade de o seguir e de nada colocar acima da sua amizade. Jesus não é um pregador solitário, mas convida pessoas para o ajudarem, cria uma comunidade itinerante. Como todos deixaram, imediatamente, as redes, a barca e o pai! É urgente, hoje, esta “rapidez” ao chamamento de Jesus! Foram libertados do mar da rotina e da desilusão para nos transmitirem o Evangelho da esperança e o Espírito da vida. Hoje, Jesus continua a passar pela nossa vida e a chamar cada um. Qual a minha missão? Amar, acompanhar tantas histórias e vidas que precisam de amor e de salvação, iluminar caminhos obscuros, incertos e angustiantes, escutar tantos corações inquietos, entender as necessidades e as urgências dos outros, ser criativos, iniciar projectos de esperança e educar para a verdadeira liberdade que supõe fraternidade, solidariedade e realismo.

Nas nossas comunidades, na nossa sociedade, não tenhamos medo de viver, seguindo a luz de Cristo. Não nos deixemos dominar e absorver pela monotonia, pela rotina e pelo conformismo. Fomos chamados para uma missão: dar esperança às pessoas, reconhecer que assim como fomos “pescados” e libertados dos mares do relativismo e da resignação também podemos ser pontes e redes que levem os nossos irmãos a Cristo, Luz, Vida, Esperança, Liberdade. Não podemos desfalecer, temos uma missão a cumprir, seguros na força da bondade de Jesus. Somos missionários não por nossa própria iniciativa e querer, mas porque Deus nos escolheu. Escolheu-nos para viver amando, porque esta é a maneira eficaz de viver a vida como “pescadores de homens”.