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HOMILIA DO 6º DOMINGO COMUM

Para que haja unidade, justiça e paz, as nações promulgam normas de conduta. O mesmo acontece na vida de cada pessoa, ou seja, não se pode fazer tudo o que se deseja. Também o Povo de Israel foi sentindo a necessidade de se organizar com vários regulamentos. No monte Sinai, Deus dá a Moisés uma lei para o povo, os Dez Mandamentos. Nem sempre foi fácil para o Povo de Israel cumprir os Mandamentos dados por Deus. Todavia, foram sempre considerados como uma referência para todas as atitudes. Na narração evangélica deste domingo, Jesus é apresentado como o novo Moisés que promulga a nova Lei, o Evangelho. Moisés dizia: “Assim fala o Senhor”, agora Jesus diz: “Eu, porém, digo-vos”. Ele não muda o que é fundamental nos mandamentos da Antiga Aliança. Ele dá sentido definitivo à Lei e aos Profetas. Assim, a reflexão cristã não se pode limitar a proclamar os Dez Mandamentos como uma espécie de “código” para a vida, mas deve situá-los no contexto necessário para seguir Jesus: trata-se de viver, aqui e agora, de tal forma que, através das nossas palavras e obras, se vá construindo o Reino de Deus.

 

Para que tal aconteça, é necessário fazer uma opção. A nossa sociedade de consumo oferece-nos tudo aquilo que precisamos e o que não nos faz falta. Há que saber optar e escolher o que é necessário. E a primeira leitura de Ben-Sirá convida-nos a fazer uma escolha que compromete toda a nossa vida: “Diante do homem estão a vida e a morte, estenderás a mão para o que desejares”… “Se quiseres, guardarás os mandamentos (de Deus), ser-lhe fiel depende da tua vontade”. De facto, todos aqueles que seguem Jesus Cristo já fizeram esta escolha no dia do nosso Batismo, da Confirmação e da Eucaristia. Mas é uma escolha que nunca está acabada de todo, porque no decorrer da vida aparecem novos desafios que exigem uma opção. Por isso, Jesus faz uma releitura dos mandamentos para que continuem a ser um ponto de referência para todos aqueles que querem fazer uma caminhada de fé, crescer na fé, numa sólida comunhão de vida com Deus.

O texto evangélico deste domingo é a releitura dos mandamentos por Jesus. Ele diz: é pouco dizer não matar, há que evitar tudo aquilo que magoe as pessoas, os mal-entendidos, as divisões e as discórdias. Se no altar recordarmos que não estamos bem com alguém (mesmo que não tenhamos culpa), há que procurar restabelecer a relação e tudo esclarecer. Não basta evitar o adultério, há que lutar pelo amor pleno e total, na preocupação pelo outro, na sinceridade (não esconder situações), não instrumentalizar o homem ou a mulher, procurar sempre a felicidade do outro. Não basta frequentar as celebrações comunitárias (ir à missa, basta!), há que ser sal da terra e luz do mundo, testemunhas de fé diante de todos os que nos rodeiam, especialmente os mais jovens.

Assim, a nossa vida é um caminho de fidelidade ao amor a Deus e à sua Palavra. A primeira carta aos Coríntios (2ª leitura) apresenta a Palavra de Deus como uma sabedoria que não é deste mundo e convida-nos a fazer da vida um caminho humilde, concreto e livre, um caminho de fidelidade ao amor de Deus que se expressa quando se ama verdadeiramente os irmãos e se faz do Evangelho a norma máxima da vida; uma lei acolhida no amor com a certeza de que nos ajuda a crescer na fé para contemplar aquilo que “nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem jamais passou pelo pensamento do homem o que Deus preparou para aqueles que O amam”.

Deixemos que o Espírito Santo transforme o mais profundo do nosso ser. Com a sua ajuda, não nos limitemos a cumprir os mandamentos, mas procuremos praticar as bem-aventuranças, para vivermos como Jesus ao serviço do Reino de Deus.