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HOMILIA DO 8º DOMINGO COMUM (ANO A)

Como é habitual dizer e ouvir estas frases: “Tenho tanto que fazer”, “Não tenho tempo”, “ninguém me ajuda”, “preciso de mais horas no meu dia”! Estas frases expressam o modo de viver de tantas pessoas: um dinamismo infernal, corre-se de uma coisa para outra, carregados de tanto trabalho, vive-se a grande velocidade. A sociedade exige esta correria atroz. Porém, na segunda leitura, São Paulo convida-nos a viver como servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus.

 

Perante esta realidade, acolhamos a mensagem que Jesus nos transmite, através do texto evangélico: “Não vos inquieteis”, ou seja, aconteça o que acontecer, não caiam na angústia. Esta é a maior tentação da vida. O texto evangélico é provocador: fala dos pássaros (“não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros”) e dos lírios do campo (“não trabalham nem fiam” e “vestem-se” bem) para nos fazer concluir que devemos confiar em Deus e não no dinheiro. No entanto, os homens correm o risco de se esquecer de Deus, quando andam mais preocupados com o alimento do que com a vida, que é dom de Deus. Os homens esquecem-se de Deus, quando andam mais preocupados com que hão-de vestir, mas não se importam com o seu corpo, que é templo do Espírito Santo.

Não quer dizer que seja mau ter um telemóvel topo gama, ou poupar para gozar umas boas férias, ou para mudar de carro…mas há que estar atento, porque tudo isto pode eliminar a liberdade de viver com mais tranquilidade, a liberdade de dar aos mais necessitados, a liberdade de dedicar mais tempo ao próximo e mais tempo a Deus (“Só em Deus descansa, ó minha alma”, diz o salmo).

O que é mais importante na vida? Hoje, como lutar contra a corrente do dinamismo estéril e da tentação da angústia? Como responder às nossas inquietações: “Que havemos de comer? Que havemos de beber? Que havemos de vestir?”. Jesus dá-nos a resposta: “Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça”. A solução não passa somente pelos valores humanos, mas também por tudo aquilo que está relacionado com a nossa abertura a Deus, à comunidade eclesial, à nossa vida de fé: o Reino. Saibamos confiar e abrir-nos a Deus. O profeta Isaías convidava o seu povo, que passava por momentos tão difíceis da sua história, a confiar filialmente em Deus que, na breve leitura, é comparado a uma mãe que nunca esquece os seus filhos: “Ainda que ela se esquecesse, Eu não te esquecerei”. Pensemos, por exemplo, no domingo. É um dia que nos convida ao descanso, a relaxar um pouco, a dar um passeio com a família, a contemplar a natureza, a ir assistir a um evento desportivo ou cultural, mas também à celebração da Eucaristia com a nossa comunidade e a um momento de oração mais intenso no seio familiar: ou seja, um dia de descanso vivido na perspectiva de um cristão que se alegra do triunfo de Cristo e que o sente presente na própria vida. Procurar o Reino de Deus e a sua justiça é dar mais importância às coisas do espírito do que às coisas materiais, num equilíbrio sereno, como nos ensina o evangelho.

Apesar das dificuldades e das inseguranças dos nossos dias, coloquemos a nossa vida nas mãos de Deus, com muita serenidade e confiança. Andar em correrias estéreis é perder tempo. Vivamos com e para o Senhor, confiando Nele. O mais importante é ser fiel e amar a Deus. Com Jesus, experimentaremos a alegria de ser ricos de tudo, mesmo que tenhamos só o necessário para viver.