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HOMILIA DO 14º DOMINGO COMUM (ANO A)

Depois do exílio da Babilónia, o Povo de Israel ansiava por um governante que fosse capaz de os conduzir pelos caminhos da justiça, da paz e da solidariedade. É isto que nos anuncia o profeta Zacarias na primeira leitura, quando fala da vinda de um rei simples e humilde, “montado num jumentinho”, trazendo a paz. O texto é uma clara referência a Jesus, que entrará em Jerusalém, “montado num jumentinho”, como nos recorda o texto evangélico do domingo de ramos, para proclamar, como nos diz o evangelho de hoje, que Ele se revela aos “pequeninos” e não aos “sábios e inteligentes” e que veio trazer alívio e descanso para todos. Na segunda leitura, Paulo afirma claramente: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não Lhe pertence”. É um verdadeiro tratado de cristologia. No evangelho, encontra-se bem expressa a proximidade e o chamamento de Jesus aos simples e aos humildes. É um chamamento e uma proximidade a todos nós, para que, livres do jugo opressor das normas dos fariseus e dos hipócritas, O sigamos a Ele, porque o seu “jugo é suave a sua carga é leve”.

Para Jesus, quem são os pequeninos e humildes, quem são os predilectos de Deus? Faremos parte deste grupo? Pensamos que somente somos pequeninos porque não temos muito dinheiro, porque não temos estudos ou pouca cultura, ou porque somos pessoas tolerantes, abertas e que não pensamos que somos mais do que os outros? Alguns destes aspectos são formas que podem promover e gerar a humildade, mas a verdadeira humildade é uma atitude existencial, ou seja, uma opção de vida que tem de ser trabalhada interiormente. A humildade é um estilo de vida, uma maneira de entender a felicidade e o plano de Deus a nosso respeito. A humildade não se improvisa.

Deus revela-se aos pobres e aos humildes, porque estão prontos a recebê-lo, porque sabem que sem Ele nada conseguirão na vida. Alguns são pobres, porque pensam somente nas coisas materiais e vivem na ganância de ter cada vez mais para serem mais dos que os outros. Pura ilusão! Aos verdadeiros pobres e humildes, Jesus oferece alívio e descanso, cansados por terem lutado contra a corrente. Diz que lhes oferece “um jugo suave e uma carga leve”, porque a comunhão com Ele é uma relação de amor pessoal e não uma imposição de deveres legalistas e transmissores de angústia.

“Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos”. Deus não se revela àqueles que pensam que sabem tudo, que estão convencidos que não precisam de nada nem de ninguém; não estão abertos ao amor de Deus. Aos olhos de Deus, os pequeninos, os pobres e os humildes são os verdadeiros sábios, porque sabem escutar e guardar a sua palavra. Poderão ser considerados ignorantes pelas pessoas, mas conhecem o caminho da verdadeira felicidade e da alegria, que reside na libertação do peso do pecado que Jesus nos concede pela sua morte e ressurreição.

Pela sua morte e ressurreição, Jesus concede-nos o Espírito Santo, oferece-nos uma vida diferente, como afirma S. Paulo na 2ª leitura. Os cristãos não vivem segundo a carne, mas segundo o Espírito. Não vivemos agarrados às paixões e às coisas materiais, mas caminhamos para uma vida mais autêntica, mais espiritual. Isto não significa que desprezemos as coisas do mundo, mas que as coisas deste mundo não ocupam o centro da nossa vida e que não estamos escravizados por elas. Não vivemos debaixo do jugo do pecado, mas fortalecidos pelo Espírito a caminho da vida na sua plenitude.

Por tudo isto, a nossa oração não deve consistir somente em pedidos a Deus, mas também em momentos de acção de graças e de louvor. É importante louvar a Deus pela sua grandeza, pela criação, pela história da salvação e por tantas outras coisas. Louvemos a agradeçamos a Jesus pela forma amorosa e simples como nos deu a conhecer o Pai e n’Ele, porque é manso e humilde de coração, encontrarmos descanso para as nossas vidas.