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HOMILIA DA FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ

No dia 14 de Setembro, a Igreja celebra a Festa da Exaltação da Santa Cruz. A origem desta festa é a dedicação, em Jerusalém, no ano 335, das basílicas do Calvário e do Santo Sepulcro. A cruz de Cristo orienta o nosso pensamento para sexta-feira Santa. Na cruz, manifesta-se a realeza de Cristo no triunfo do amor. Aquela cruz que foi instrumento de tortura revela-se agora como a fonte da luz e lugar glorioso onde Jesus Cristo se entrega amorosamente por toda a humanidade. Ele salvou-nos e libertou-nos na cruz. Por isso, “toda a nossa glória está na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo” (antífona de entrada).

Todos os textos bíblicos deste dia referem-se à cruz de Cristo. Na primeira leitura, o livro dos Números narra a célebre imagem da serpente de bronze, erguida no poste por Moisés no deserto. É uma figura da cruz salvadora de Jesus. Olhando para esta serpente de bronze, os judeus, mordidos pelas serpentes venenosas do deserto, ficavam curados. Esta imagem é utilizada por Jesus no diálogo com Nicodemos, membro notável do grupo dos fariseus e dos doutores da lei. Na carta aos Filipenses, na segunda leitura, encontramos o célebre hino cristológico que fala do despojamento (“Kenosis”) de Cristo, que aceitou a morte na cruz e da sua exaltação gloriosa com a ressurreição, “para que no céu, na terra, nos abismos, toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai”.

 

 

Neste dia, é importante deixar bem claro o seguinte: a salvação da humanidade reside na morte de Cristo na Cruz, sacrifício através do qual Ele tirou o pecado do mundo. A Cruz é vista como a imagem da árvore redentora na qual triunfou a vida, em contraste com a primeira árvore do paraíso que foi a causa de morte. A partir da Cruz, podemos confessar a glória do Filho de Deus crucificado através da sua paixão salvadora.

No evangelho, a Cruz e a Páscoa são o mesmo mistério. Aquele que foi elevado na cruz, ressuscitará, subirá ao céu e sentar-se-á à direita do Pai. A Páscoa transforma a Cruz num lugar glorioso: todo aquele que acredita em Jesus Crucificado não perecerá mas terá a vida eterna. No deserto, os judeus olhavam para a serpente de bronze no poste e eram curados. Na Cruz, Jesus salva-nos da mordedura do pecado.

Na Cruz de Cristo, descobre-se a importância redentora do sofrimento. Unidos à Cruz de Cristo é mais fácil aceitar as cruzes de todos os dias. O mundo está cheio de sofrimento, as cruzes multiplicam-se por toda a parte. Sofre-se a fome, o desemprego, a falta de uma casa, o salário baixo. Sofre-se a doença, a morte dos amigos, a insegurança no futuro. Sofre-se a dúvida, a hesitação nos caminhos da fé, a debilidade e o pecado, a dificuldade no recomeço. Contemplando a Cruz de Cristo, teremos a serenidade para enfrentar todas as nossas dificuldades. A Cruz Redentora não só nos traz confiança na hora da tormenta como nos dá coragem para caminharmos serenos para a Ressurreição.

Jesus Cristo, dando a vida na Cruz, venceu a morte com a Ressurreição ao terceiro dia. Com os olhos postos na Cruz de Cristo, venceremos as cruzes da vida, sentiremos o amor de Deus, porque Jesus Cristo Crucificado nos salvou. Carregando a nossa cruz, estaremos a colaborar para a salvação do mundo. Assim, em cada momento da nossa vida, poderemos rezar a seguinte oração popular: “Nós Vos adoramos e bendizemos ó Jesus, que pela Vossa Santa Cruz redimiste o mundo”.