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HOMILIA DO 4º DOMINGO DO ADVENTO (ANO B)

A Palavra de Deus, proposta pela liturgia da Igreja para este domingo, centra-se no termo “casa”, nos seus diversos sentidos. A casa significa o espaço físico, uma construção, onde vive uma família. Mas também a casa tem um sentido metafórico de família: “vou a minha casa”, ou seja, vou estar com a minha família. Na primeira leitura, o rei David deseja construir uma casa para colocar a Arca da Aliança, sinal da presença de Deus no meio do seu povo. No evangelho, Maria é visitada pelo Anjo Gabriel que lhe diz: “o Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra”. A maternidade de Maria é obra do Espírito de Deus. Maria torna-se o novo templo (casa) da Palavra de Deus que se fez carne no seu ventre. Aceitando o plano de Deus, Maria gerou na terra o filho de Deus Pai.

Na primeira leitura, do Segundo Livro de Samuel, o rei David é apresentado de uma forma solene, poderosa e faustosa, vivendo já num palácio, em tempo de paz. Desejava construir um palácio tão imponente como o seu para colocar a Arca da Aliança, ou seja, para Deus. Mas os planos de Deus são muito diferentes dos planos dos homens. Quando David manifesta construir um palácio para Deus, é o próprio Deus que anuncia que lhe irá construir uma casa: dar-lhe-á um nome ilustre, preparará um lugar para o povo de Israel viver, defenderá o seu povo de todos os inimigos, conceder-lhe-á um descendente que irá consolidar a sua realeza. Será o descendente do rei David que irá construir um Templo para o Senhor.

 

Como ao rei David, Deus prometeu-nos construir uma casa, no seu filho Jesus Cristo. A casa não é obra humana, mas é a comunidade de fé onde Jesus é a pedra angular e está presente. Jesus Cristo, o Emanuel, é o cumprimento de todas as promessas divinas e de todas as profecias. Deus é fiel às suas promessas e com o seu Filho estabelece uma aliança definitiva com a humanidade. Por isso, seja dada glória a Deus, como afirma S. Paulo na segunda leitura, pelos séculos dos séculos. Com esta nova e eterna aliança, acontece a plenitude dos tempos: o Filho de Deus nasce de uma mulher.

Deus confia em Maria, uma mulher jovem e humilde do povo que tem a capacidade de captar a importância de um acontecimento e de dar a resposta certa no momento certo. É isto que acontece, tantas vezes, com as mães nas suas casas com a restante família. Mas também Maria confia em Deus, deixa-se levar pela força do Espírito Santo. A proposta do Anjo Gabriel parece-lhe grandiosa, mas “para Deus nada é impossível”. Assim, Maria escuta e acolhe a missão que Deus lhe confia: ser mãe do Messias. Coloca-se nas mãos de Deus: “Eis a escrava do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra”. Maria não disse: “cumprirei a tua palavra”, mas “faça-se em mim segundo a tua palavra”, deixando Deus agir nela e sentir-se amada por Ele.

Contemplando Maria, sintamos que somos amados por Deus. Tenhamos a capacidade de saber reconhecer os anjos que Ele envia à nossa vida para nos anunciar a alegria do seu amor, da sua ternura e carinho. Não tenhamos medo ou receio dos desafios de Deus que, à primeira vista, parecem impossíveis por causa das nossas limitações. Se quisermos colaborar na construção do Reino de Deus, teremos de, como Maria e tantos santos e santas, dizer sim. “Faça-se em mim segundo a tua palavra”. “Eis-me aqui”. Apesar de tantas vezes os nossos planos não se concretizarem, nunca duvidemos que Deus nos ama, que está sempre connosco. Confiando em Deus, teremos sempre a coragem de dizer sim, imitando Maria, a Senhora da Esperança.