Calendário

<<  Fevereiro 2018  >>
 Se  Te  Qu  Qu  Se  Sá  Do 
     1  2  3  4
  5  6  7  8  91011
12131415161718
19202122232425
262728    

Entrada



Mapa

Coordenadas GPS:

40º36'21''N
7º45'57''W

Ver mapa aqui.

Visitas

mod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_counter
mod_vvisit_counterHoje6000
mod_vvisit_counterOntem9328
mod_vvisit_counterEsta semana6000
mod_vvisit_counterEste mês6000
mod_vvisit_counterTotal7533104
Visitors Counter 1.5
PDF Versão para impressão Enviar por E-mail

HOMILIA DO 4º DOMINGO DA QUARESMA (ANO B)

Neste domingo, a Palavra de Deus orienta o nosso pensamento para uma certeza gratificante: a mão gratuita e amorosa de Deus está sempre presente. A primeira leitura, do Segundo Livro das Crónicas, é a narração de um momento histórico. Deus, através dos profetas, sempre aconselhou e corrigiu o povo, mas os sacerdotes e o povo, tantas vezes, deixaram de ouvir as suas advertências. Escarneceram dos mensageiros de Deus, desprezaram as suas palavras, riram-se dos profetas, a tal ponto que deixou de haver remédio: por causa disto, foram exilados para Babilónia. Apesar disto, a última palavra de Deus nunca é o castigo, mas a misericórdia. Ciro, rei da Pérsia, inspirado por Deus, decreta o fim do exílio e manda regressar o povo judeu à sua terra e reconstruir o templo de Jerusalém, na terra de Judá, dizendo: “Quem de entre vós fizer parte do povo de Deus ponha-se a caminho e que Deus esteja convosco”. Na segunda leitura, S. Paulo, na carta aos Efésios, confirma que Deus é rico de misericórdia e que ama a vida. Não agrada a Deus que sejamos mortos e condenados por causa dos nossos pecados. Ele restitui-nos à vida com Cristo. A salvação não vem de nós, não se deve às nossas obras, é um dom de Deus. É Ele, rico de misericórdia, quem nos pode livrar da morte. Por isso, convida-nos a orientar a nossa vida, segundo a sua divina vontade.

Estas leituras preparam-nos para acolher a mensagem central do texto do evangelho: Deus enviou-nos o seu Filho, para que o mundo seja salvo por Ele. O texto faz parte de uma longa conversa de Jesus com Nicodemos, um fariseu importante que, depois da expulsão dos vendedores do Templo, foi ao encontro de Jesus, interessado em saber a razão desta expulsão. Durante esta longa conversa, Jesus diz a Nicodemos que como Moisés, no deserto, levantou uma serpente de bronze e todos os que olhassem para ela não morreriam, assim Jesus será elevado na cruz, para que todos os que acreditam n’Ele tenham a vida eterna. Dá a conhecer a Nicodemos os dois aspetos mais importantes da sua vida: Deus sacrificará o seu Filho para a todos salvar e Deus não enviou o seu Filho para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.

 

Muitos estudiosos dizem que esta Quaresma do Ano B é a “Quaresma da Cruz” e esta ideia está muito presente no texto evangélico deste domingo. A cruz é o símbolo de todos os males e sofrimentos da humanidade, mas a grande lição é que na cruz de Cristo, os fracassos aparentes são vitórias; as trevas desaparecem na luz; e aos invernos pessoais (desânimos, inseguranças e sofrimentos), seguem-se as primaveras.

Jesus Cristo não veio para condenar o mundo, mas para o salvar. Quem acredita em Jesus, salva-se; quem não acredita, já está condenado. E qual é a causa da condenação? “A luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras”. Quem praticar más ações anda nas trevas e odeia a luz para não ser descoberto. Quem praticar boas ações anda na luz, porque segue a vontade de Deus.

Esta luta entre as trevas e a luz está sempre presente na história da humanidade. Quem anda na verdade não tem medo da luz, quem anda na mentira, procura esconder-se, mas não conseguirá, porque Deus vê tudo. Esta mensagem do evangelho está bem presente nos nossos dias. Porquê tanta corrupção escondida? Porquê tanta obscuridade na gerência de interesses económicos, sociais e políticos? Porquê tanta falsa aparência? Porquê tantas injustiças sociais, tantas escravaturas escondidas, tantas pressões e ameaças, tanta falta de respeito pela dignidade e pelo bem-estar das pessoas? Porquê tanta tristeza, angústia e um “vale de lágrimas” no interior das pessoas? Como vencer estas trevas que condenam e matam? Deixemo-nos orientar pela luz da cruz, onde Cristo, dando a sua vida por amor a todos, nos estimula e nos dá forças para sermos sinceros e levarmos a luz da verdade aos nossos irmãos. Vivamos à maneira e ao jeito de Jesus Cristo: uma vida de amor e de entrega aos outros. Uma vida assim termina com a ressurreição, em vida plena de felicidade eterna.