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HOMILIA DO 6º DOMINGO DA PÁSCOA (ANO B)

António López Baez, escritor espanhol, escreveu um artigo com este título: “Um Deus loucamente apaixonado por ti”. Nesse texto afirmava: “Meu Deus a fé diz-me que estás apaixonado por mim, que buscas o meu amor como se dele dependesse a tua felicidade eterna, e que a tua glória consiste em servir-me”. Como é grande e misterioso o amor de Deus Pai por todos nós: um Pai que entrega o seu Filho por todos nós. Na segunda leitura, S. João afirma: “Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados”.

“Não há maior prova de amor do que dar a vida pelos amigos”. Deus não poupou o seu próprio Filho, mas entregou-o à morte por todos nós. Porquê? Jesus responde: “Não fostes vós que Me escolhestes, fui Eu que vos escolhi para que deis muito fruto”. E como corresponder a esta prova misteriosa e suprema de amor? Jesus continua a responder: “O que vos mando é que vos ameis uns aos outros”.

O mandamento novo que Cristo nos deixou é este: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. É um imperativo, não uma opção. Não tem limites nem exclusão. Na primeira leitura, Pedro foi a casa de um pagão, chamado Cornélio, e não só entrou na sua casa (o que para os judeus era uma pecado grave) como o batizou e a outros da sua família. E disse que não o podia deixar de ter feito porque o Espírito Santo já tinha descido sobre eles. E a medida deste amor é clara: como Cristo amou (evangelho).

Em primeiro lugar, que tipo de amor Deus teve e tem por todos os homens e mulheres? Um amor sem fronteiras, universal, eterno, infinito e gratuito. Ele criou-nos por amor, cuida de nós por amor. Deus quer-nos ao seu estilo eterno, glorioso, infinito, ou seja, como Deus manda, como Deus é. Ninguém pode duvidar do amor de Deus para connosco.

Em segundo lugar, este amor de Deus manifestou-se em Cristo Jesus. Como? Um amor pessoal, apaixonado, misericordioso, paciente. O Filho de Deus, por amor, deixou o céu serenamente e desceu a esta terra que não o recebeu e o tratou com desprezo. Por amor passou fazendo o bem, pregando, curando, ensinando, derramando a ternura de Deus. Por amor afrontou os sofrimentos silenciosamente durante as horas da sua Paixão. Por amor deu-nos os seguintes presentes: a Eucaristia, o Sacerdócio e o Mandamento da caridade. Pregado na Cruz, abriu o seu lado e ofereceu-nos o perdão, a sua Mãe Santíssima, fundou a Igreja e os sacramentos. Por amor, já ressuscitado, envia-nos no dia de Pentecostes o Espírito Santo que nos ajudará a compreender tudo com paciência e bondade, e nos santificará. E do céu, por amor, Ele será o nosso eterno intercessor e mediador diante do Pai para que todos nos salvemos. Cristo foi, é e será a caridade visível do Pai eterno e invisível. Cristo deixou bem clara a medida da caridade: como Ele nos amou. Portanto, amar sem medida. E não deixou uma opção, mas um imperativo: “Amai-vos uns aos outros”.  

É assim que amamos? Só seremos cristãos e discípulos de Jesus se amarmos como Ele amou. Se o amor de Deus reinasse neste mundo e na nossa sociedade, como tudo seria diferente: construiríamos famílias esplêndidas, comunidades unidas, acabariam as guerras, as fomes, os crimes, os ódios e as vinganças. E haveria paz, alegria e união.

Se a solução das nossas vidas e do mundo está no amor de Deus, como é este amor divino? São Paulo, na sua primeira carta aos Coríntios no capítulo 13, dá-nos a resposta: é um amor paciente, sem inveja, sem orgulho, sem ira e sem interesse; é um amor que tudo perdoa, que não se alegra com o mal do próximo. É um amor que tudo aguenta, tudo espera, tudo suporta.   

No final da vida seremos julgados pelo amor, ou seja, pela forma como vivemos a caridade com Deus e com os irmãos. Como é o meu amor com os irmãos? É delicado, paciente, misericordioso? Tenho guetos no meu coração, ou seja, grupos fechados onde não podem entrar outras pessoas? Gosto dos outros, usando-me deles e por conveniência? Que o Senhor nos ajude a amar os outros como Ele nos amou. Que o Senhor perdoe o nosso egoísmo e a nossa indiferença (tantos corações gelados e endurecidos!). Amar não é um peso para nós mas é uma orientação: quem ama e é amado sente-se realizado, sente-se feliz, porque, como Jesus diz no evangelho deste domingo, possui a alegria, a alegria perfeita e completa.