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HOMILIA DO DOMINGO DO CORPO DE DEUS

Neste domingo, celebramos a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. Parece um pouco estranho celebrar uma festa da Eucaristia, quando todos os domingos temos a alegria de poder celebrar a Eucaristia. Mas, este dia tem como finalidade refletir sobre o que realmente representa a Eucaristia na vida da Igreja e na nossa vida.

Na segunda leitura, da Carta aos Hebreus, é-nos dito que Jesus Cristo é o “mediador de uma nova aliança”, ou seja, agora é o próprio Jesus que se entrega para nos salvar. Na última ceia, Jesus antecipa o que horas mais tarde sucederá na cruz: a sua total doação, a sua morte e ressurreição. E para simbolizar esta doação utilizou o pão e o vinho. Este dia é mais conhecido com a Festa do Corpo de Deus, ou seja, destaca-se mais o pão. Isto tem um grande significado: o pão, antes de ser pão, é grão de trigo que tem de ser moído e cozido para que seja pão. Faz-nos recordar as palavras que Jesus disse aos apóstolos antes da sua paixão: “Se o grão de trigo não morrer, não dá fruto”. A primeira leitura, do Livro do Êxodo, diz-nos que Deus faz uma aliança com o seu povo através de um pacto com sangue de novilhos. O pacto é sempre entre duas partes, neste caso entre Deus e o seu povo. Mas esta aliança só será definitiva com Jesus Cristo: na sua morte na Cruz, pelo seu sangue, a aliança entre Deus e a humanidade fica selada com este ato sublime de amor.

Esta nova aliança, selada na Cruz, transforma a nossa vida e convida-nos a ter uma vida eucarística, ou seja, uma vida de amor, de doação, de sacrifício, de partilha, de ajuda fraternal. A nossa vida tem de ter uma dimensão eucarística: não só celebramos a Eucaristia, mas também temos de viver a Eucaristia em cada momento da nossa vida, como uma prolongação da celebração litúrgica. A Eucaristia é a fonte e o cume da vida cristã. Com estas palavras, fica bem claro que a fonte que sacia a nossa vida é a Eucaristia, o memorial do Senhor que se entrega outra vez com o seu Corpo e com o seu Sangue: “Isto é o meu corpo, entregue por vós… Isto é o meu sangue, derramado por vós e para a remissão dos pecados”.

Finalmente, não podemos esquecer as duas dimensões da Eucaristia: é para ser celebrada e prolongada. Em primeiro lugar, a sua celebração, a missa, à volta de um altar; e depois, a sua prolongação, com a reserva do Pão eucarístico no Sacrário, onde o podemos adorar. A finalidade principal da Eucaristia é a sua celebração, a missa, ou seja, para as pessoas comungarem o Corpo e o Sangue de Cristo. A Eucaristia na celebração é para ser alimento das nossas vidas. A Eucaristia na “prolongação” é para ser adorada. Na celebração da Eucaristia entramos em comunhão com Cristo. Na prolongação da Eucaristia caímos de joelhos para agradecer, adorar, contemplar e abrir o coração diante Daquele que ali está sacramentalmente presente, na certeza que nos olha e nos ama.

Peçamos ao Senhor que a nossa vida seja continuamente Eucaristia, ou seja, que também nos ofereçamos juntamente com o pão e o vinho para que o Senhor faça de nós uma oferta agradável, através do testemunho das nossas vidas, fortalecidos por alimentos tão excelentes como é o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo.

Cónego Jorge Seixas