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HOMILIA DA SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS

Celebramos a Solenidade de Todos os Santos. Os textos bíblicos deste dia descrevem admiravelmente os caminhos da santidade cristã. Mas, o que é a santidade? O Senhor Deus é a única fonte de santidade, admirável em todos os santos. Neste dia, pedimos-lhe que nos conceda a graça de também chegarmos à plenitude do seu amor e participar no banquete da pátria celeste. A santidade é a plenitude do amor. Só uma plenitude assim pode encher de felicidade o coração humano. Por isso, escutando as bem-aventuranças no evangelho, damos conta de quando se diz “Bem-aventurados os pobres em espírito, os humildes, os que choram, os que sofrem, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que promovem a paz, os perseguidos”, bastaria dizer somente: “Bem-aventurados os santos”.

Cada uma das bem-aventuranças é um caminho para a santidade. Os pobres em espírito são santos, porque a sua verdadeira riqueza é Deus. Aqueles que sofrem são santos, porque a mansidão ou a humildade é a atitude própria da criatura perante o seu Criador. São santos aqueles que choram, porque as suas lágrimas são de arrependimento pelos próprios pecados e pelos pecados dos seus irmãos, lágrimas pelo pecado do mundo. São santos todos aqueles que têm fome e sede de justiça, ou seja, têm fome e sede de que Deus salve a humanidade. Os misericordiosos são santos, porque se aproximam dos mais necessitados e dos que sofrem. Os que são puros de coração são santos, porque o seu coração e os seus olhos foram lavados com o sangue do Cordeiro e, assim, podem ver com clareza as coisas do céu e as coisas da terra. Aqueles que mais trabalham pela paz são santos, porque lutam para que haja concórdia entre as nações e as pessoas, e progresso humano e espiritual. E os perseguidos são santos, porque são justos. Todos estes formam “a multidão imensa, como diz a primeira leitura do Apocalipse de S. João, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas”. Pensemos também nos mártires que santificaram a vida na solidão de uma prisão, na difamação e na violência moral e física que sofreram, naqueles que morreram nos campos de concentração e de refugiados ou com um tiro numa rua ou numa escola. Mas há outro martírio: é o testemunho silencioso e heroico dos cristãos que vivem o Evangelho na clandestinidade, cumprindo o seu dever e dedicando-se generosamente ao serviço dos pobres. Como diz a primeira leitura, são “estes os que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro”.

Muitos são os caminhos que Deus abriu à humanidade com o seu Evangelho, mas o ponto de chegada é sempre o mesmo: a santidade. Há muitas maneiras de ser santo, como Jesus Cristo, o Santo, por excelência. Felizes os santos, porque deles é o Reino dos céus. São santos aqueles, estando ainda na terra, vivem já no céu, e tendo alcançado a glória do céu, não deixam de estar presentes na terra. Os santos são todos aqueles que deram a sua vida como oferenda de amor. Mas estes homens e mulheres eram nossos irmãos, iguais a nós, com fraquezas e misérias. Então, porque são santos? Porque deixaram o seu interior ser inundado pela graça de Deus. Por isso, veneramos todos eles como santos, ou seja, como amigos de Deus e nossos amigos.

Na segunda leitura da Primeira Epístola de São João é dito: “Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamar filhos de Deus. E somo-lo de facto”. Deus é Pai, ama-nos como Pai. A melhor maravilha é a certeza que somos filhos de Deus. Com a morte e a ressurreição de Cristo, foi restabelecida em nós a filiação divina. Em Jesus somos filhos de Deus. Por isso, a nossa maior riqueza é viver como filhos e filhas de Deus, seguindo a vontade de Jesus. Procuremos seguir o caminho de santidade que Deus pensou para cada um de nós: “Sede perfeitos, como o vosso Pai Celeste é perfeito”. Que a multidão dos santos, os bem-aventurados aos olhos de Deus misericordioso, interceda por cada um de nós.