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HOMILIA DO 1º DOMINGO DO ADVENTO (ANO C)

Com a celebração deste domingo, começamos um novo ano litúrgico com o tempo do Advento, um tempo de esperança para refletir e celebrar o maior acontecimento da história: a vinda de Jesus ao mundo. A primeira vinda em Belém foi na simplicidade e na humildade. A segunda e última será precedida por sinais. Por isso, somos convidados a preparar-nos, através da prática das boas obras, como nos diz a segunda leitura da 1ª Carta de S. Paulo aos Tessalonicenses, para receber estas duas vindas: Cristo deitado num presépio e Cristo no final dos tempos.

O evangelista S. Lucas coloca na boca de Jesus um anúncio profético do fim dos tempos: “haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas, será grande a agitação do mar, os homens morrerão de pavor, pois as forças celestes serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”. Mas, antes tem de acontecer três coisas: 1) a pregação do Evangelho em todo o mundo; 2) a perda dos valores cristãos pelas nações evangelizadas; 3) a conversão ao Evangelho. Depois é que será o fim. Cumpriram-se estas três coisas? Não. Tantas nações que ainda não conhecem o Evangelho. Algumas nações já perderam os valores cristãos, mas não foram todas. Nem todos se converteram ao Evangelho. Por isso, os profetas da desgraça que andam a pregar o fim do mundo nas nossas ruas andam a perder o seu tempo. Ainda há muito que fazer! Deus é rico de misericórdia e dá-nos tempo para preparar a sua vinda gloriosa com a prática das boas obras. Assim, fica muito claro a todos que a intenção de Jesus não é catastrófica, mas de esperança: a sua vinda deve gerar alegria e confiança.

Muitos séculos antes de Cristo, o profeta Jeremias, como nos narra a primeira leitura, em circunstâncias trágicas para o povo judeu, anunciou palavras de esperança, dizendo: “Eis o que diz o Senhor: Dias virão, em que cumprirei a promessa que fiz… farei germinar um rebento de justiça... Naqueles dias, o reino de Judá será salvo, e Jerusalém viverá em segurança”. O profeta anuncia a salvação e a paz para todos, que se realizou em Jesus Cristo. Por isso, nada de ter medo! Olhemos para a frente com coragem e caminhemos com esta esperança que é Jesus Cristo. Mas na caminhada da nossa vida, é necessário estar atentos, vigilantes e perseverantes na oração. No texto do evangelho deste domingo, o próprio Jesus afirma: “Tende cuidado convosco, vigiai e orai”. Não podemos perder a nossa vida com os vícios, com a bebida e a preocupação do dinheiro. Não podemos cair na preguiça, no comodismo, na tristeza, bloqueados pelas preocupações da vida. O Advento desperta-nos para a prática das boas obras, para a justiça e a solidariedade, procurando os nossos irmãos necessitados, feridos e esquecidos para lhes transmitir a ternura de Deus, derramada por Cristo nos nossos corações desde o dia do nosso batismo.

Não podemos iniciar o tempo do Advento sem olhar para Maria, Fonte da Esperança. Ela também teve o seu Advento. Ela esperou nove meses para ver com os seus próprios olhos Aquele em quem acreditava e esperava. Quantas boas obras não fez Maria durante o primeiro Advento da história! Não podemos esquecer os três meses em que serviu a sua prima Isabel, que estava grávida e necessitava de umas mãos disponíveis, de uns olhos abertos e de uns lábios piedosos! Por isso, devemos olhar para Maria para aprender a esperar. Maria é a Mãe da Esperança. Que Ela nos faça fortes na fé, comprometidos na solidariedade e firmes na esperança do Reino de Deus. Seguindo o seu exemplo, preparar-nos-emos da melhor maneira para receber Cristo deitado num presépio e Cristo no final dos tempos. Assim, Jesus reconhecer-nos-á, dará conta que somos seus, porque temos a marca de Maria, sua Mãe e nossa Mãe.