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HOMILIA DA FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA (ANO C)

A quadra natalícia é, talvez, a ocasião em que mais se fala da família. Por isso, neste domingo, a liturgia da Igreja celebra a festa da Sagrada Família: Jesus, Maria e José. A Sagrada Família de Nazaré é o modelo para todas as famílias. Todas as leituras bíblicas deste domingo traçam um programa para viver em família, segundo a vontade de Deus.

Sabemos muito pouco sobre a infância de Jesus. Porém, sabemos que o Filho de Deus nasceu e viveu numa família, experimentou as alegrias, as preocupações, os êxitos e os fracassos da nossa vida humana. Nasceu e viveu numa família pobre, trabalhadora, que viveu momentos de paz e de serenidade, mas também momentos de problemas económicos, de emigração, de perseguição, de solidão e de morte, como acontece em tantas famílias. Devemos contemplar a família de Nazaré com muito respeito, porque Deus quis nascer numa família humana que continua a ser o modelo para todas as famílias: uma família de fé em Deus, forte diante das dificuldades, cumpridora das leis civis e da vontade de Deus. Como era a relação de José e de Maria? De certeza tratavam-se com muita delicadeza, ternura e respeito. Como Jesus se relacionaria com José e Maria? De certeza que os amava muito e lhes obedecia.

As leituras bíblicas deste domingo traçam-nos um programa de vida para todas as famílias. De certeza que acabariam ou diminuiriam as separações, os divórcios, a violência doméstica, a falta de respeito, as crianças abandonadas, as más companhias e os avós esquecidos ou “despejados” num Lar, se os conselhos da primeira leitura de Ben-Sirá fossem postos em prática: os filhos respeitarem os seus pais, cuidando deles, sobretudo, na velhice, não lhes causando tristezas, mas tratando-os com paciência, não os abandonando porque já estão velhos ou doentes. A estes conselhos, acrescentamos os de S. Paulo aos Colossenses, na segunda leitura: “revesti-vos de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão e de paciência. Suportai-vos uns aos outros na caridade e perdoai-vos mutuamente. Reine em vossos corações a paz de Cristo”. Tudo isto se resume numa palavra: amor. A festa da Sagrada Família não nos dá soluções técnicas e económicas para a vida familiar, mas oferece-nos a possibilidade de recordar e de refletir os valores e sentimentos que devem reinar numa família.

Diz a Bíblia que a coisa mais linda que Deus criou foi a família. Criou o homem e a mulher e entregou-lhes tudo, entregou-lhes o mundo! Cresçam, multipliquem-se, cultivem a terra, façam-na crescer! Tudo o que Deus criou com amor, entregou a uma família. E uma família é realmente família, quando é capaz de abrir os braços e receber todo este amor. Se assim é, a Igreja não pode fechar os olhos à família. Temos de descobrir novas maneiras de nos aproximarmos das famílias, uma proximidade contagiante, cheia de ternura e de exigência, tanto nas alegrias como nas tristezas. Será que as nossas famílias entendem o plano de Deus para elas? O que a Igreja deve fazer pelas famílias? Como ajudar as famílias feridas e que sofrem o fracasso do casamento, a pobreza, a emigração, a solidão, a morte repentina de um dos membros, o inferno que existe tantas vezes dentro de quatro paredes? Há tanto que fazer, não tapemos os olhos, nem nos desculpemos com “isso não é connosco”!

Que as nossas famílias sejam escolas de amor a Deus e aos outros. O que fazer? Não precisamos de teorias, mas da pedagogia do exemplo, recheada de amor e de afetividade. Que as nossas famílias sejam escolas de generosidade, de misericórdia e de gratidão, onde se aprende a dar sem estar à espera de receber. Dar amor, dar apoio, dar confiança, dar perdão, dar respeito, dar uma nova oportunidade, dar mimo. Só assim cada membro de uma família crescerá “em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens”.