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HOMILIA DO 31º DOMINGO COMUM (ANO C)

Neste domingo, a segunda leitura narra-nos a grande preocupação que tinham os cristãos da comunidade de Tessalónica em saber quando e como seria a vinda definitiva do Senhor. Estavam convencidos que estaria para breve. Por isso, viviam com alguma ansiedade e inquietação, sentindo que já não teriam tempo para se prepararem, para se converterem. Nesta segunda carta que lhes escreve, S. Paulo teve necessidade de lhes dizer: “ Não vos deixeis abalar facilmente nem alarmar por qualquer manifestação profética, por palavras ou por cartas, que se digam vir de nós, pretendendo que o dia do Senhor está iminente”. Com estas palavras, também a todos nós é-nos transmitida paz e serenidade.

À medida que nos aproximamos do final do ano litúrgico e se destaca que este momento um dia há-de acontecer, damos conta de que mudar é necessário, mas como nos é dito na primeira leitura, do Livro da Sabedoria, e também no evangelho, com a história de Zaqueu, o importante não é só destacar o nosso esforço para sermos melhores, mas também a nossa confiança na misericórdia de Deus. O Livro da Sabedoria louva a omnipotência de Deus, porque se compadece, porque ama. Deus ama tudo o que saiu das suas mãos, preocupa-se e corrige com amor os seus filhos. “De todos Vos compadeceis, porque sois omnipotente, e não olhais para os seus pecados, para que se arrependam. Vós amais tudo o que existe e não odiais nada do que fizestes. A todos perdoais, porque tudo é Vosso, Senhor, que amais a vida”.

É isto que nos é apresentado no texto do evangelho deste domingo com a experiência de Zaqueu. Jesus está quase a chegar a Jerusalém, onde irá ser imolado pela humanidade. Entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Ainda arranjou tempo para ir àquela localidade para se encontrar com o pecador Zaqueu e ficar em sua casa. “Zaqueu subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de passar ali. Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa. Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria”. O advérbio de tempo “hoje” dito a Zaqueu é o mesmo que Ele dirá, dias depois, ao bom ladrão crucificado, ao seu lado, no Calvário: “Hoje, estarás comigo no Paraíso”. Este “hoje” de Jesus é dito também a cada um de nós, quando O procuramos de coração humilhado e contrito. O advérbio “hoje” marca-nos o tempo da salvação e diz-nos que a salvação não é algo do passado, mas é um acontecimento atual para quem lê, escuta e vive o Evangelho. Na casa de Zaqueu, houve uma grande alegria: ele mudou de vida, deu metade dos seus bens aos pobres, restituiu quatro vezes mais àqueles que tinha prejudicado. Por isso, Jesus afirma: “Hoje entrou a salvação nesta casa…Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido”. Zaqueu não agiu sozinho. Tudo o que fez repercute-se na família. Zaqueu deu aos seus familiares o melhor de si: o sentido da justiça, a honestidade humana, um amor aberto aos outros, a melhor herança que podia deixar.

Neste domingo, as leituras bíblicas apresentam claramente o seguinte: Deus é poderoso, omnipotente, mas bondoso, tem compaixão de todos, ama tudo e todos, corrige os que caem. Não é um Deus castigador, mas amigo, libertador, alguém que nos dá confiança. Por isso, devemos estar vigilantes para O recebermos quando vier definitivamente ao nosso encontro, vivendo serenos e a fazer o bem. Como Zaqueu, deixemo-nos tocar por Jesus. Ele entrou na casa de Zaqueu, tocou-o no coração e ele converteu-se. Deixemos Jesus entrar na nossa casa para, assim, podermos ser santos.