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HOMILIA DO 3º DOMINGO DO ADVENTO (ANO A)

Tradicionalmente, o terceiro domingo do Advento é chamado o domingo da alegria, domingo “Gaudete”. A meio caminho do Advento, ao aproximarmo-nos cada vez mais do dia do Natal, começamos a gozar a grande alegria que aparecerá com esplendor naquele dia. Neste ano litúrgico, a primeira leitura e o evangelho falam-nos da alegria. Porém, todos sabemos que a alegria é ambígua. Pode ser uma alegria que esconde tristezas, pode ser uma alegria passageira e que gera frustrações. Então, qual é a alegria de Jesus? A resposta está no texto do evangelho deste domingo: é a alegria que nasce ao ver que os outros estão alegres, porque a vida deles se tornou menos pesada. A alegria do cego que recupera a vista, do pobre que pode sair da miséria, do doente que recupera a saúde, do leproso que é purificado…A alegria do outro é a alegria de Jesus.

E qual é a fonte da nossa alegria? Somos alegres porque colaboramos para a alegria dos outros? Ou temos só experiências de alegria que começam e acabam em nós? É evidente que podemos ter as nossas alegrias vindas das coisas que gostamos. Mas não podemos esquecer que a alegria, se é partilhada, é de maior qualidade e que não pode prejudicar seja quem for, nem a nós nem os outros. É impensável procurar alegria, maltratando os outros.

Quando os discípulos de João Batista vão perguntar a Jesus se é ou não o Messias, responde não com um grande discurso religioso, nem político, como, talvez, estivessem à espera. Jesus responde com as suas obras que transformam os que estavam desesperados. Talvez João Batista duvidasse de Jesus e os seus discípulos também, porque esperavam um Messias cheio de poder e força contra os romanos, contra Herodes e contra as autoridades religiosas, um Messias tirano para aqueles que desobedeciam à Lei. Porém, Jesus apresenta-se como Messias de outra forma: anuncia uma mensagem que abre caminhos de esperança para os que a perderam, passa por curar feridas e acompanhar os que andavam desorientados.

A resposta de Jesus aos discípulos de João Batista são as suas obras e não palavras. Mas as suas palavras eram sempre coerentes com as suas obras. Olhando para a nossa vida, será que podemos dizer isto de nós mesmos? Se nos viessem perguntar se gostamos e seguimos Jesus ou têm que esperar outros, que resposta daríamos? Poderíamos responder como Jesus, convidando a olharem para as nossas obras? Será que encontrariam os doentes curados, os pobres amparados, as pessoas sozinhas acompanhadas? Será que descobririam à nossa volta gestos de solidariedade e de fraternidade? Ou somente encontrariam palavras, discursos e boas intenções?

João Batista envia os seus discípulos a Jesus com esta pergunta: “És Tu Aquele que há-de vir ou devemos esperar outro?”. Hoje, para nós, a reposta é clara. Sim, Jesus não é um Messias justiceiro, guerreiro, castigador ou vingativo, mas um Messias da graça e da misericórdia, que cura e perdoa, e assim nos revela um novo e diferente rosto de Deus.

Peçamos ao Senhor que nos ilumine o caminho para Belém, onde Jesus se tornou o “Emanuel”, que veio habitar no meio dos últimos, dos que foram e continuam a ser empurrados para o esquecimento. Sejamos mensageiros da alegria deste Menino que quer renascer este ano em todos os corações.