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HOMILIA DO 3º DOMINGO COMUM (ANO A)

Depois de ter estado no rio Jordão e no deserto da Judeia, Jesus dirigiu-se para a Galileia, junto ao lago de Tiberíades, e foi habitar em Cafarnaum, terra à beira mar.. Por que é que Jesus inicia o seu ministério na Galileia e não em Jerusalém, que é o coração religioso do Judaísmo? Ao iniciar a sua pregação na Galileia, Jesus cumpre a profecia de Isaías que ouvimos na primeira leitura deste domingo. Começa na periferia, num povo que vivia na ignorância de Deus e na escravidão das suas próprias trevas. “O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz”. Por isso, cantamos no salmo responsorial: “O Senhor é minha luz e salvação”.

O texto do evangelho apresenta-nos Jesus em ação. Começa a sua missão na terra dos gentios, anuncia a conversão, porque o Reino dos Céus está próximo. Percorre a Galileia ensinando e semeando sinais messiânicos por onde passava. Este texto resume-se em quatro pontos: lugar do início da pregação de Jesus, o conteúdo da sua mensagem, o chamamento dos primeiros discípulos e os sinais messiânicos que acompanham a sua pregação. A primeira leitura enquadra historicamente o lugar que Jesus escolheu para o início da sua vida pública. Isaías anuncia a libertação do Povo de Deus, através de um sinal de grande luz. Além da luz, apresenta imagens que anunciam a mensagem de Jesus: alegria no tempo da colheita, repartir os despojos e a liberdade. A linguagem de Isaías gera esperança em Israel, a esperança da intervenção de Deus para salvar o seu povo. Luz e alegria, despojos e liberdade são anúncios das características da mensagem evangélica. Jesus prega a conversão para entrarmos na luz gloriosa, para sermos herdeiros dos despojos divinos e alcançarmos a desejada e verdadeira liberdade.

Jesus começou a pregar, dizendo: “Arrependei-vos, porque o reino de Deus está próximo”. A conversão tem um duplo movimento: de saída e de aproximação. Sairmos das intrigas pessoais e sociais para nos aproximarmos de Deus. A conversão é algo permanente porque a nossa aproximação a Deus deve ser progressiva e constante. A conversão exige mudança e aperfeiçoamento do nosso comportamento e elevar o nosso coração a Deus e aos irmãos. Também exige estender as mãos aos nossos inimigos, aos pobres, aos que passam fome e não têm casa…A conversão é estar sempre numa atitude de saída ao encontro de alguém.

A conversão supõe seguir Jesus. Além de anunciar a sua mensagem, Jesus procura os seus primeiros colaboradores. Necessita de vozes e de pés para que a sua mensagem chegue até aos confins da terra. Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar; mais adiante, viu outros dois irmãos, Tiago e João, que estavam a consertar as redes da pesca, e disse-lhes: “Vinde e segui-Me”. Eles deixaram tudo e seguiram Jesus. Foram os primeiros convertidos. Saíram do mar para entrar no oceano do mundo; saíram das suas redes para libertar os que estavam presos nas redes do mal. Deixaram de ser pescadores da Galileia para serem pescadores de outros mares. Responderam com prontidão ao chamamento. Não discutiram, nem pediram esclarecimentos, nem apresentaram desculpas.

O que significar seguir Cristo? Significa sair do mundo que nos rodeia para nos aproximarmos de Deus. Pelo batismo, nós entramos na órbitra de Deus e prometemos viver a conversão contínua para nos aproximarmos progressivamente a Ele. Seguir Cristo significa partilhar com Ele a sua missão, sermos construtores de comunhão e lutar contra a divisão, como desejava Paulo, na segunda leitura. Cristo chama hoje como chamou ontem. Também nos diz: “Segue-Me”. Respondamos com a mesma prontidão dos discípulos, sem medos, desculpas e inseguranças. Como eles, sejamos pescadores de homens e mulheres no mar imenso da humanidade.