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Mais Solidariedade em Portugal, porque os dias são maus

Mais uma vez se adensou e complicou o clima psicológico, e não só, do povo português pelos graves problemas que surgem com objectividade ou pela suspeita generalizada. Há, com efeito, muita a gente a sofrer enervadamente por lhe faltar já o necessário para uma vida digna, ou então, por não ter esperança de melhores dias ao olhar para o futuro.

Ao lado desta multidão aparece uma minoria abastada, sem coração, que esbanja sem limitações como se o mundo em que vive não tivesse problemas de pobreza e de sofrimento. Estas pessoas não têm sentimentos de humanidade, de solidariedade e de fraternidade tão próprios de consciências bem formadas.

Com tais pessoas não se pode contar para a renovação do mundo. Difícil tal colaboração até pelo facto de fugirem ao contacto com os pobres e os que sofrem.

Mas a lastimável situação é, ainda, agravada pela praga daninha e corrosiva, a corrupção, que vai enchendo muito do espaço dos órgãos de comunicação social, principalmente quando envolve aqueles que estão constituídos em elevadas funções.

A corrupção é como uma grangena, que corrói a consistência de qualquer país.

Sofre-se porque o país, arrastadamente, vive com graves problemas sem solução à vista.

E esta situação de sofrimento não é uma ficção criada pela comunicação social, como alguns dizem, talvez para se justificarem a si próprios.

Há razões objectivas para esse mal-estar em que vive o nosso país.

Uma delas é o desemprego que atinge o máximo das últimas décadas. E dizer desemprego é sublinhar uma série de problemas nascidos daí nas pessoas, nas famílias, nas empresas e no próprio país.

O desemprego provoca ansiedade, insegurança, perca da alegria de viver e de conviver, e falta de lucidez com a prevalência da emotividade. É cada um e a comunidade que sofrem. Mas outras razões para o mal-estar existem que passamos a referir:

É a perca, em muitos portugueses, da credibilidade e confiança nos governantes, nos políticos, nos próprios sindicalistas e nos empresários, porque os não sentem, na maior parte da vezes, suficientemente solidários com a sua situação de sofrimento e por não aparecerem soluções para os seus problemas.

Não lhes chega os belos discursos que não alteram a realidade perturbadora, nem o dizer-se que existe uma crise mundial.

Esta perca de credibilidade e confiança nos responsáveis pela condução do país, cada um segundo as suas funções, é muito grave porque fere profundamente a coesão do nosso país e dificulta a colaboração de todos para a solução dos nossos graves problemas nacionais.

Outras razões se podiam juntar.

Fico por aqui. O que se apontou é mais que suficiente para compreender, um pouco, o mal-estar e sofrimento de tantos portugueses. O clima geral, não se diga que é, em grande parte, criação artificial, pois as suas raízes radicam-se profundamente na realidade concreta do povo português. Diante desta situação todos os portugueses têm de intervir para minimizar ou anular o sofrimento de tantos dos nossos concidadãos. Também a Igreja Católica e as outras Confissões religiosas devem colaborar para a solução dos referidos problemas. Que ninguém desfaleça neste esforço.

Pe. Jorge Seixas