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O Regresso das Férias

Chegámos àquela época do ano em que começa a sequência dos inícios. Inicia-se agora o ano lectivo, daqui a uns meses o ano litúrgico, e depois o ano civil. Em poucos meses vamos ter três anos novos.

O povo costuma dizer “Ano novo, vida nova”. À primeira vista esta parece uma frase sem significado, ingénua e um pouco tonta. Afinal, a vida no ano novo costuma continuar exactamente igual à velha. No entanto, existe uma grande sabedoria neste provérbio popular.

O seu interesse é, em primeiro lugar, de nos impulsionar a recomeçar de uma maneira fresca e inovadora aquilo que continua igual. Não se trata de uma previsão mas de uma atitude. A vida nova depende de nós, não do ano novo. O adágio chama assim a atenção para um dos mais importantes princípios humanos: o que interessa na vida não é o que nos acontece, mas o que fazemos com o que nos acontece. A forma como lidamos com os acontecimentos é que define o nosso carácter. Assim, a vida será nova no ano novo se nós a olharmos de um modo novo.

Qualquer pessoa sabe que o valor das coisas depende da forma como as vemos. O povo também diz que “Quem feio ama bonito lhe parece”. Por isso, amar a vida fará com que ela pareça nova no ano novo.

 

 

 

Nestes tempos de crise, não é difícil prever o que aí vem. Mas os cristãos sabem que todo o sofrimento deve ser recebido como uma grande graça. Depois da cruz de Cristo, e unidos à Sua redenção, os sofrimentos mudaram definitivamente de sentido. Agora as tristezas que o ano nos trará são preciosos caminhos de purificação e de redenção. “Os Apóstolos saíram do Sinédrio cheios de alegria por terem sido achados dignos de serem ultrajados pelo nome de Jesus” (Act 5,41).

Nestes momentos de dificuldade, o mundo tem ainda mais necessidade da Igreja. Isso vê-se logo porque os mecanismos sociais e políticos bloqueiam e só na caridade cristã os pobres encontram alívio. Mas ter uma atitude cristã perante a crise não é apenas, como tantos julgam, estar disponível para ajudar o próximo. Isso é fundamental e indispensável, mas existe uma outra caridade não menos importante. É a atitude de olhar estes sofrimentos, não com desânimo, indignação ou raiva, mas com serenidade, esperança e alegria. “Até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais. Valeis mais que muitos passarinhos” (Mt 10, 26-31).

2010-09-17

Pe. Jorge Seixas

 

Se isto é verdade para toda a gente, para os cristãos inclui mais alguns pormenores que vale a pena serem referidos. Primeiro, nós temos uma excelente razão para amar o ano novo, porque sabemos de onde ele vem. Sabemos Quem o manda e para quê. Por isso não devemos desconfiar do que este ano novo nos trará, porque ele tem etiqueta de origem. “Sabemos que tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rom 8,28). O que o ano novo traz é precisamente aquilo que o Senhor amorosamente escolheu para cada um de nós. Demos-lhe continuamente graças por isso.