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Beatificação de João Paulo II

em 1 de Maio

Cidade do Vaticano, 01de Maio 2011-  Bento XVI foi recebido com palmas pelos peregrinos na Praça de São Pedro, onde presidiu à Missa para a beatificação de João Paulo II (1920-2005), apenas seis anos após a morte.

A celebração decorreu diante de centenas de milhares de peregrinos de todo o mundo e cerca de 90 delegações oficiais, incluindo a portuguesa, liderada pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado.

Entretanto, a urna com o corpo de João Paulo II foi trasladada de junto do túmulo de São Pedro para o andar principal da basílica do Vaticano, tendo sido colocada diante do altar.

Depois da cerimónia de beatificação, o Papa, os cardeais e as delegações oficiais presentes  passaram  junto do féretro, para prestar a sua homenagem, antes de a Basílica ser aberta para que os presentes fizessem o mesmo gesto.

Na segunda-feira, na Praça de São Pedro, às 10:30 (09:30 em Lisboa), foi celebrada uma eucaristia em honra do novo beato presidida pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano.

A sepultura dos restos mortais de João Paulo II no andar principal da basílica foi  feita de forma privada, no mesmo dia, na capela de São Sebastião, localizada na nave da basílica do Vaticano, junto da famosa ‘Pietà’ de Miguel Ângelo.

Bento XVI afirmou na homília que o beato João Paulo II enfrentou “sistemas políticos e económicos”, incluindo o “marxismo e a ideologia do progresso” para cumprir o seu desafio de viver a fé sem “medo”.

“Karol Wojtyla subiu à sede de Pedro trazendo consigo a sua reflexão profunda sobre a confrontação entre o marxismo e o cristianismo, centrada no homem. A sua mensagem foi esta: o homem é o caminho da Igreja, e Cristo é o caminho do homem”.

O atual Papa lembrou as “palavras memoráveis” pronunciadas por João Paulo II na missa de início de pontificado, em outubro de 1978: «Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!».

Bento XVI disse aos presentes que esta herança “se deve viver na história com um espírito de «advento», numa existência pessoal e comunitária orientada para Cristo, plenitude do homem e realização das suas expectativas de justiça e de paz”.

“Aquilo que o Papa recém-eleito pedia a todos, começou, ele mesmo, a fazê-lo: abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e económicos, invertendo, com a força de um gigante – força que lhe vinha de Deus –, uma tendência que parecia irreversível”, prosseguiu.

Para o Papa, Karol Wojtyla (1920-2005) deixou atrás de si um “testemunho de fé, de amor e de coragem apostólica, acompanhado por uma grande sensibilidade humana”.

Em polaco, também ao som das palmas - apesar de as mesmas terem sido desaconselhadas após o rito da beatificação - Bento XVI falou num “filho exemplar” da Polónia, que “ajudou os cristãos de todo o mundo a não terem medo de se dizerem cristãos, de pertencerem à Igreja, de falarem do Evangelho”.

“Ele conferiu ao cristianismo uma renovada orientação para o futuro, o futuro de Deus, que é transcendente relativamente à história, mas incide na história”, acrescentou.

O atual Papa quis também agradecer a sua “experiência de colaboração pessoal”, com o novo beato, enquanto prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

“Durante 23 anos pude permanecer junto dele crescendo cada vez mais a minha veneração pela sua pessoa”, declarou, sublinhando “o exemplo da sua oração”.

Bento XVI disse ainda ter sido a “humildade profunda” do seu predecessor que lhe permitiu “continuar a guiar a Igreja e a dar ao mundo uma mensagem ainda mais eloquente, justamente no período em que as forças físicas definhavam”.

João Paulo II fora proclamado beato minutos antes, debaixo de uma longa salva de palmas, depois de o atual Papa ter lido a fórmula de beatificação, em latim, permitindo que o seu antecessor “possa ser de ora em diante chamado beato”.

 “Feliz és tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu – nós te pedimos – a sustentar a fé do Povo de Deus”, concluiu.

Após a missa, que levou à Praça de São Pedro e áreas circundantes cerca de um milhão de pessoas, segundo as autoridades italianas, o Papa deixou “uma cordial saudação aos peregrinos de língua portuguesa, de modo especial aos cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, e numerosos fiéis, bem como às delegações oficiais dos países lusófonos vindos para a beatificação do Papa João Paulo II”.

“A todos desejo a abundância dos dons do Céu por intercessão do novo Beato, cujo testemunho deve continuar a ressoar nos vossos corações e nos vossos lábios”, disse.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, representou o executivo português na cerimónia de beatificação de João Paulo II, acompanhado pelo embaixador de Portugal junto da Santa Sé, Manuel Tomás Fernandes Pereira.

Do mundo lusófono estiveram ainda os vice-presidentes de Angola e do Brasil, respetivamente Fernando da Piedade Dias dos Santos e Michel Temer, para além do presidente do Parlamento de Timor-Leste, Fernando de Araújo.

Também marcou presença o português Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia.

Bento XVI saudou ainda as delegações dos outros países, num total próximo das 90, deixando votos de que “a vida e a obra do beato João Paulo II seja fonte de compromisso renovado ao serviço de todos os homens e do homem todo”, com atenção particular para a vida humana “mais frágil”.

O cardeal português no Vaticano, José Saraiva Martins, admitiu hoje que o prazo para a canonização (declaração oficial como santo) de João Paulo II deverá ser menor do que os seis anos que foram necessários para a beatificação.

“Para a canonização, basta um milagre”, indicou  a Congregação para as Causas dos Santos (CCS).

O Papa polaco foi proclamado beato por Bento XVI esta manhã, na Praça de São Pedro, numa cerimónia em que participaram cerca de um milhão de pessoas, segundo as autoridades italianas.

De acordo com o direito canónico, para a canonização é necessário um novo milagre atribuível à intercessão do beato João Paulo II a partir de hoje.

Karol Wojtyla foi beatificado pelo seu sucessor, um facto inédito na história da Igreja que respondeu a inúmeros gestos de “veneração por ele[João Paulo II]”, segundo o atual Papa.