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Notícias da Igreja
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Jornal - Notícias da Igreja

Encíclica Caritas in veritate, em cápsulas

A encíclica Caritas in veritate, “sobre o desenvolvimento humano integral na caridade e na verdade”, publicada por Bento XVI, apresenta propostas para “civilizar” a economia, em plena crise financeira. A carta, dirigida pelo Papa “a todos os homens de boa vontade”, nas suas 136 páginas actualiza a doutrina social da Igreja, em particular os ensinamentos das encíclicas Populorum Progressio, publicada por Paulo VI em 1967, e Sollicitudo rei socialis, de João Paulo II, publicada em 1988. Apresentamos algumas das frases desta terceira encíclica do Papa Bento XV.

- Caridade sem verdade: “Sem verdade, a caridade cai no sentimentalismo. O amor torna-se um invólucro vazio, que se pode encher arbitrariamente. É o risco fatal do amor numa cultura sem verdade.” (n. 3)

- Caridade sem Deus: “Um cristianismo de caridade sem verdade pode ser facilmente confundido com uma reserva de bons sentimentos, úteis para a convivência social mas marginais. Deste modo, deixaria de haver verdadeira e propriamente lugar para Deus no mundo.” (n. 4).

- A Igreja não faz política: “A Igreja não tem soluções técnicas para oferecer e não pretende ‘de modo algum imiscuir-se na política dos Estados’; mas tem uma missão ao serviço da verdade para cumprir, em todo o tempo e contingência, a favor de uma sociedade à medida do homem, da sua dignidade, da sua vocação.” (...) “Para a Igreja, esta missão ao serviço da verdade é irrenunciável”. (n. 9)

- O progresso, uma vocação: “O progresso é, na sua origem e na sua essência, uma vocação: ‘Nos desígnios de Deus, cada homem é chamado a desenvolver-se, porque toda a vida é vocação’. É precisamente este facto que legitima a intervenção da Igreja nas problemáticas do desenvolvimento.” (n. 16)

- A lição da crise: “A crise obriga-nos a projectar de novo o nosso caminho, a impor-nos regras novas e encontrar novas formas de empenhamento, a apostar em experiências positivas e rejeitar as negativas. Assim, a crise torna-se ocasião de discernimento e elaboração de nova planificação.” (n. 21)

- Propriedade intelectual: “Existem formas excessivas de protecção do conhecimento por parte dos países ricos, através duma utilização demasiado rígida do direito de propriedade intelectual, especialmente no campo sanitário.” (n. 22)

-                    Progresso integral: Não é suficiente progredir do ponto de vista económico e tecnológico; é preciso que o desenvolvimento seja, antes de mais nada, verdadeiro e integral. A saída do atraso económico - um dado em si mesmo positivo-não resolve a complexa problemática da promoção do homem.” (n. 23)

 

 
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Jornal - Notícias da Igreja

Cultivar a paz preservando a criação

A cimeira de Copenhaga terminou apenas com uma intenção de acção relativa a uma questão moral que nos atinge a todos: a crise ecológica. Segundo o secretário da ONU para as alterações climáticas, Yvo de Boer, apesar de não ter qualquer efeito vinculativo, “tomar nota” do acordo é «uma forma [dos países] reconhecerem que algo existe, mas não a ponto de dizerem que se tornam parte [dele]». Porque não se atingiu consenso? A interpretação que lemos nos jornais é ter havido um bloqueio resultante de diferendos entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Mas, será este o motivo? Sugiro uma outra interpretação.

Na preparação desta cimeira foram identificados como pontos essenciais pelos organizadores: a redução das emissões de gases com efeito de estufa, nomeadamente o CO2; e as ajudas financeiras aos países mais pobres (que são, sem dúvida, importantes). Porém, preocupados com os números, esqueceu-se aquilo que importava reduzir verdadeiramente: o défice relacional entre os países, expressão que Bento XVI identifica como a «necessidade de uma profunda renovação cultural». Enquanto o ser humano não se der conta que a crise ecológica é um reflexo da crise cultural que atravessa e uma manifestação da «urgência de uma solidariedade que se projecte no espaço e no tempo», o acordo será difícil. Por outro lado, é preciso que as sociedades mais avançadas tecnologicamente «estejam dispostas a favorecer comportamentos caracterizados pela sobriedade, diminuindo as próprias necessidades de energia». Assim, existem duas palavras essenciais na mensagem do Dia Mundial da Paz escrita por Bento XVI: solidariedade e sobriedade. O resultado da cimeira não seria o mesmo se fossem estes os pontos essenciais identificados pelos organizadores em vez de emissões e dinheiro.

Bento XVI afirma a crise ecológica como «uma oportunidade histórica para elaborar uma resposta colectiva tendente a converter o modelo de desenvolvimento global segundo uma direcção mais respeitadora da criação e de um desenvolvimento humano integral». Contudo, pode haver desenvolvimento humano integral quando existem «pessoas que, por causa da degradação do ambiente onde vivem, se vêem obrigadas a abandoná-lo – deixando lá muitas vezes também os seus bens – tendo de enfrentar os perigos e as incógnitas de uma deslocação forçada», o que Bento XVI apelidou de “refugiados ambientais”? Como escreve na sua última Encíclica «o modo como o ser humano trata o ambiente influi sobre o modo como se trata a si mesmo, e vice-versa» (Caritas in veritate, n. 51).

De facto, «a degradação da natureza está intimamente ligada à cultura que molda a convivência humana», daí a ligação profunda entre “ecologia humana” e “ecologia ambiental”. Essa ligação dá-se, sobretudo, através da categoria da relação. Se assumirmos que somos constituídos na relacionalidade, reconhecemos cada ser humano como parte da mesma família humana. Relação é um conceito profundamente ecológico e suportado pelas ciências naturais. No mundo, tudo está em relação com tudo, cada coisa com cada coisa. Penso que Copenhaga carecia desta visão familiar dos relacionamentos entre nações com implicações para o relacionamento destas com o meio ambiente.

Existe um último ponto na mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz que pode ser uma chave de leitura útil para o pós-Copenhaga: o significado daquilo que Bento XVI apela de “função superior do homem”. Bento XVI apela a um modelo de desenvolvimento fundado na «centralidade do ser humano», e critica uma concepção de relação entre ser humano e natureza dita biocêntrica, ou ecocêntrica, pelo facto de eliminar a diferença ontológica (natureza da existência) e axiológica (ao nível dos valores) entre ambos, elimina também a «função superior do homem». Isto sugere que a visão de Bento XVI pode ser interpretada como antropocêntrica, o que seria uma conclusão precipitada e redutora daquela que é a “função superior” que faz parte da vocação do ser humano na natureza, isto é, «o dever de exercer um governo responsável da criação, preservando-a e cultivando-a». Tal função ou governo não parte de uma noção de “cima para baixo” entre o homem e a natureza, mas de uma noção familiar do homem e da natureza como membros da “família da criação”. Logo, neste caso, “função superior” é sinónimo de “serviço”.

Cultivar a paz, preservando a criação, depois de Copenhaga, significa reconhecer que somos todos “família da criação” e que o país do outro é também o meu. Quando ultrapassarmos o preconceito do interesse individual, encontraremos a solução e o acordo no interesse relacional. Isto não cabe apenas às nações e seus líderes, mas sobretudo, a cada um de nós.

 
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Jornal - Notícias da Igreja
Ordenação Diaconal de 4 jovens

No dia 27 de Dezembro às 16H00, na Sé de Viseu vão ser ordenados pelo Sr. Bispo D. Ilídio Pinto Leandro 4 jovens diáconos, o Carlos Miguel Nunes Pereira Monge de Ferreira de Aves, o Jorge Miguel Tavares Gomes que neste momento se encontra a estagiar na Paróquia de Mangualde , natural de Arcozelo das Maias, Luís Carlos Correia de Almeida- Alva – Castro Daire e o Marco José Pais Cabral, natural  de Santiago de Cassurrães – Mangualde.

Convidam toda a comunidade  a estar presente neste alegre dia para a Igreja.

“Não sabeis que devo ocupar-me com as coisas de meu Pai”.

(Lc 2, 49)

 
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Jornal - Notícias da Igreja

Celebrar o Natal em Advento

 

A qualidade de uma festa já se adivinha na/pela sua preparação. Veja-se o que se passa à nossa volta, com outros interesses, mesmo que com limitado horizonte. O “Natal” já aí está nas ruas, ou, ao menos, parece pelo que vemos e ouvimos. Assim se vem repetindo desde há alguns anos e sem pré-aviso, sem preparação, mas com impacto. As montras, os media prometem-nos o paraíso efémero do pai natal que até já antecipa a sua vinda para registar as encomendas. Este ano, ainda os sinos dobravam a defuntos e já se trabalhava com afã na grande campanha. É assim e não depende muito de nós fazer que seja de outro modo. São outras as leis que regem o calendário comercial, estudadas e executadas com todo o rigor e que nos afectam inexoravelmente. Apesar disso, os cristãos não se apartam, nem se encerram em si mesmos, mas celebram o advento do Senhor, cooperando, com o espírito activo e vigilante na espera da Sua vinda gloriosa. Neste sentido, dão um contributo único e necessário ao seu tempo e aos lugares onde vivem, transformando a fatigante cultura de morte em cultura de vida, a tradição vazia em acontecimento de graça, o consumismo triste em alimento vivo e retemperador. Para um Natal que seja alegre para todos, pobres e ricos: Alegrai-vos! – eis o que nos transmite a Liturgia. Advento e Natal tornam-se assim mistério vivo e espera da humanidade do Senhor que veio, vem e há-de vir e que se celebra de modo único, em cada eucaristia que, neste tempo, tem um carácter e um ritmo próprio, convidando e atraindo à participação.

Também, para nós, soou a hora de celebrar o Natal “em Advento”, convocando todos a associar-se de algum modo e à sua medida, progressivamente, mais ampla e abrangente, de modo que Cristo não seja apenas a nossa esperança, mas a esperança de toda a humanidade. Este é o verdadeiro Advento e Natal capaz de encher o coração humano.

Desde há alguns anos que, adoptando uma tradição nórdica, assinalamos este tempo com uma coroa de verdes que sustentam velas ou círios que se vão progressivamente acendendo. Parece muito sugestivo, adequado e oportuno. Não será muito difícil de realizar. Na estrutura de uma roda, coberta por uma rede, colocam-se ramos verdes e prendem-se 4 círios, correspondendo aos 4 domingos / semanas da preparação (advento). Feita a inauguração no primeiro domingo, acende-se uma vela e nos outros, sucessivamente, 2, 3, 4 e o Natal chegou. Há quem não retire a coroa, mas misture flores a partir do Natal e no tempo natalício, acendendo sempre as 4 velas, porventura, enfeitadas com laços. A sua colocação na igreja pode não ser muito fácil. Cada pároco ajuizará. Não se trata de um mero adorno, mas de um sinal visível que crie impacto (suspensa do tecto, sobre um suporte digno colocado no presbitério, num lugar alto, etc.). Além disso, a criatividade inspirada pela fé saberá encontrar outros sinais fortes. Lembramos apenas a valorização de alguma escultura ou pintura de Nossa Senhora com o Menino, ou da Anunciação, ou de Nossa Senhora da Expectação, ou de S. João Baptista ou de algum profeta... Há edições da Bíblia com belas reproduções que se poderão entronizar abertas em alguma passagem ou cena mais significativa. Que tudo se faça com nobreza e beleza, sem qualquer prejuízo para a estrutura e decoração própria das igrejas.

Independentemente das coroas que enfeitam as entradas das casas (que recentemente nos habituamos a ver), às famílias sugerimos que façam um momento de oração junto da Coroa, preparada para o efeito numa Sala ou noutro lugar que se julgar conveniente. Poderá ficar a cargo do mais novo da família – eventualmente ajudado pela mãe – o acender progressivo das velas. A oração, dirigida pelo chefe de família, tanto pode ser a recitação do Terço ou de alguns dos seus mistérios – mistérios Gozosos -, como uma breve celebração da Palavra de Deus escolhendo, de preferência, algum texto de entre as leituras propostas para a Missa ou para a Liturgia das Horas durante o Advento; algum Salmo ou Cântico bíblico (por exemplo: Benedictus), um ou outro formulário das preces do Ofício, um ou dois cânticos típicos de Advento, uma oração de louvor e de súplica... A reunião da família para a oração será a melhor forma de preparar o Natal.

Finalmente, as celebrações penitenciais (porventura preparadas na oração familiar) serão um momento forte neste programa, havendo, contudo, o cuidado de as caracterizar – pelos cânticos, pelas leituras e pela apresentação dos modelos deste tempo litúrgico – de um modo diverso das quaresmais.

 
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Jornal - Notícias da Igreja

Nova Página da História católico-anglicana

Foi publicada no dia 9 de Novembro a Constituição Apostólica “Anglicanorum Coetibus”, sobre as Orientações pessoais para os anglicanos que entram na Igreja católica. Esta iniciativa do Papa corresponde “aos numerosos pedidos enviados por parte de vários grupos de clérigos e de fiéis anglicanos, de diversas regiões do mundo”.

Desde o século XVI, quando o rei Henrique VIII declarou a independência da Igreja de Inglaterra da autoridade do Papa, a Igreja de Inglaterra criou as suas próprias confissões doutrinais, hábitos litúrgicos e práticas pastorais, incorporando muitas vezes ideias da Reforma que teve lugar no continente europeu. A expansão do Reino britânico, unida ao apostolado missionário anglicano, comportou sucessivamente o nascimento de uma Comunhão anglicana a nível mundial.

Ao longo dos mais de 450 anos da sua história, a questão da reunião entre anglicanos e católicos nunca foi posta de lado. Nos meados do século XIX, o Movimento de Oxford (na Inglaterra), demonstrou um renovado interesse pelos aspectos católicos do anglicanismo. No início do século XX, o Cardeal Mercier da Bélgica estabeleceu diálogos públicos com os anglicanos, com a finalidade de indagar sobre a possibilidade de uma união com a Igreja católica, sob a bandeira de um anglicanismo “reunido, mas não absorvido”.

O Concílio Ecuménico Vaticano II alimentou a esperança de uma união, de modo particular através do Decreto sobre o ecumenismo (cf. n. 13) que, fazendo referência às Comunidades separadas da Igreja católica no período da Reforma, reiterou: “Entre aquelas [comunhões] nas quais continuam a subsistir parcialmente as tradições e as estruturas católicas, a Comunhão anglicana ocupa um lugar especial”.

A partir do Concílio Vaticano II, as relações entre anglicanos e católicos romanos criaram um clima de compreensão e cooperação mútua. A Anglican-Roman Catholic International Commission (ARCIC) emanou uma série de declarações doutrinais ao longo dos anos, na esperança de lançar a base para uma união plena e visível. Para numerosos pertencentes às duas Comunhões, as declarações emanadas pela ARCIC puseram à disposição um instrumento em que pode ser conhecida a expressão conjunta da fé. É em tal moldura que se deve contextualizar esta nova iniciativa.

Nos anos sucessivos ao Concílio, alguns anglicanos abandonaram a tradição de conferir as Ordens sagradas somente aos homens, chamando ao presbiterado e ao episcopado também as mulheres. Mais recentemente, alguns segmentos da Comunhão anglicana afastaram-se do comum ensinamento bíblico a respeito da sexualidade humana já claramente expresso no documento da ARCIC “Vida em Cristo” conferindo as Ordens sagradas a clérigos abertamente homossexuais e abençoando as uniões entre pessoas do mesmo sexo. Não obstante, enquanto a Comunhão anglicana deve enfrentar estes novos e difíceis desafios, a Igreja católica permanece plenamente comprometida no seu diálogo ecuménico com a Comunhão anglicana, de maneira particular através da actividade levada a cabo pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

Entretanto, muitos anglicanos entraram individualmente na plena comunhão com a Igreja católica. Às vezes entraram também grupos de anglicanos, conservando uma determinada estrutura “corporativa”. Isto teve lugar, por exemplo, no caso da diocese anglicana de Amritsar, na Índia, e inclusive de algumas paróquias individualmente nos Estados Unidos da América que, embora tenham conservado uma identidade anglicana, entraram na Igreja católica no contexto de uma chamada “providência pastoral”, adoptada pela Congregação para a Doutrina da Fé e aprovada pelo Papa João Paulo II em 1982.

Nestes casos, a Igreja católica dispensou frequentemente do requisito do celibato, admitindo que esses clérigos anglicanos casados que desejam dar continuidade ao serviço ministerial como sacerdotes católicos sejam ordenados na Igreja católica.

Em tal contexto, os Ordinariatos pessoais instituídos em conformidade com a supramencionada Constituição Apostólica podem ser vistos como um passo rumo à realização da aspiração da união plena e visível na única Igreja, que é uma das finalidades principais do movimento ecuménico.

 
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