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Notícias da Igreja
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Jornal - Notícias da Igreja

a eUCARISTIA PELOS FIÉIS DEFUNTOS

Numa leitura bíblica da liturgia exequial bem conhecida, a Sagrada Escritura louva a «acção muito digna e nobre, inspirada na esperança da ressurreição» de Judas Macabeu que, tendo feito uma colecta, enviou para Jerusalém uma quantia avultada para que fosse oferecido um sacrifício de expiação pelos pecados dos combatentes tombados na batalha (cf. 2 Mac 12, 43-46). Desde eras imemoriais que os cristãos seguem este exemplo tão elogiado. Vivendo num tempo em que todos os sacrifícios antigos de Israel ou das outras religiões foram superados e substituídos pelo único, perfeito e definitivo sacrifício de Cristo que a si mesmo se ofereceu como vítima de propiciação para nos libertar das obras mortas do pecado, os cristãos incluem na celebração da Eucaristia, memorial eficaz do sacrifício redentor, o sufrágio solidário e confiante por todos os fiéis defuntos. Isso acontece nas «Intercessões» que têm lugar na parte final da oração eucarística. Como se lê na IGMR 79, g), é por estas intercessões que «se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto do Céu como da terra, e que a oblação é feita em proveito dela e de todos os seus membros, vivos e defuntos, chamados todos a tomar parte na redenção e salvação adquirida pelo Corpo e Sangue de Cristo».

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1 de Novembro

Solenidade de Todos os Santos

Missa às 9H00  e  às  15H00 (Seguida de Procissão aos Cemitérios).

Não há Missa das 11H00

2 de Novembro

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

Missa às 19H30

 
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Jornal - Notícias da Igreja

Uma encíclica capitalista

ou anticapitalista?

No dia 7 de Julho de 2009,  na conferência de imprensa de apresentação da encí­clica social Caritas in veritate, de Bento XVI, realizada no Vaticano, os jornalistas perguntaram qual é a postura do Papa perante o capitalismo e a Organização das Nações Unidas (ONU). “Não é uma encíclica antica­pita­lista”, respondeu uma das pessoas escolhidas para apresentar o documento, o professor Stefano Zamagni, docente de economia política na Universidade de Bolonha e consultor do Conselho Pontifício Justiça e Paz. Este texto, assegurou, “vê o capitalismo na sua situação histórica”. No entanto, o professor afirmou que o texto “condena o capitalismo quando se converte em totalitarismo, como dizia João Paulo II”, e afirma que nenhum sistema económico “garante a felicidade”. O professor esclareceu que a Igreja não tem a missão de propor nem desenvolver soluções para problemas estruturais, mas que o seu objectivo é ir à raiz dos conflitos sociais. “Se nós cancelássemos a dívida mas não transformássemos as estruturas, dentro de 15 anos haveria dívida novamente”. “É necessário atacar as estruturas do pecado”, disse Zamagni, referindo-se à encíclica Pacem in terris, de João XXIII (1963).

O presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, cardeal Renato Raffaele Martino, falou dos benefícios que os trabalhadores oferecem às empresas e à sociedade com o seu trabalho. “O benefício deve estender-se não somente ao sistema capitalista, mas a quem participa do mercado”, disse.‘“É então socialista ou capitalista?”. “A característica da doutrina social está no facto de ter presente todos os componentes da sociedade”, respondeu.

A palavra “capitalismo” não aparece na encíclica. “A longa prevalência do binómio mercado-Estado habituou-nos a pensar exclusivamente, por um lado, no empresário privado de tipo capitalista e, por outro, no director estatal. Na realidade, o espírito empresarial tem de ser entendido de modo articulado”, diz o Papa. “O espírito empresarial, antes de ter significado profissional, possui um significado humano – assegura – (...), pelo que é bom oferecer a cada trabalhador a possibilidade de prestar a própria contribuição, de tal modo que ele mesmo saiba trabalhar ‘por conta própria’.” Para Caritas in veritate, “todo trabalhador é um criador”.

Algo de que a encíclica realmente fala é da economia de mercado. “O mercado, se houver confiança recíproca e generalizada, é a instituição económica que permite o encontro entre as pessoas, na sua dimensão de operadores económicos que usam o contrato como regra das suas relações e que trocam bens e serviços entre si, para satisfazer as suas carências e desejos”, afirma. “O mercado está sujeito aos princípios da chamada justiça comutativa, que regula precisamente as relações do dar e receber entre sujeitos iguais. Mas a doutrina social nunca deixou de pôr em evidência a importância que tem a justiça distributiva e a justiça social  para a própria economia de mercado, não só porque integrada nas malhas de um contexto social e político mais vasto, mas também pela teia das relações em que se realiza.” De facto, “deixado unicamente ao princípio da equivalência de valor dos bens trocados, o mercado não consegue gerar a coesão social de que necessita para bem funcionar”. “Sem formas internas de solidariedade e de confiança recíproca, o mercado não pode cumprir plenamente a própria função económica. E, hoje, foi precisamente esta confiança que veio a faltar; e a perda da confiança é uma perda grave”, conclui. Na encíclica,  não se utiliza nem se menciona os termos “socialismo” e “comunismo”, mais uma prova de que o Papa mostra que o seu objectivo é superar ideologias.

 

 
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Jornal - Notícias da Igreja

Bento XVI apresenta encíclica

“Caritas in veritate” – 2

 

Sem dúvida, é preciso revalorizar atentamente o papel e o poder político dos Estados, numa época em que existem, de facto, limitações à sua soberania por causa do novo contexto económico-comercial e financeiro internacional. E por outro lado, não†deve faltar a participação dos cidadãos na política nacional e internacional, graças também a um compromisso renovado das associações dos trabalhadores chamados a instaurar novas sinergias no âmbito local e internacional. Um papel de primeiro nível desempenha, também neste campo, a comunicação social, para a potencialização do diálogo entre culturas e tradições diversas. Querendo, portanto, programar um desenvolvimento não viciado pelas disfunções e distorções hoje amplamente presentes, impõe-se, por parte de todos, uma séria reflexão sobre o sentido da economia e sobre as suas finalidades. Exige-o o estado de saúde ecológica do planeta; pede-o a crise cultural e moral do homem, que aparece com evidência em cada lugar do globo. A economia tem necessidade da ética para seu funcionamento correcto; precisa recuperar a importante contribuição do princípio de gratidão e da “lógica do dom” na economia do mercado, em que a regra não pode ser o próprio proveito. Mas isso só é possível graças ao compromisso de todos, economistas e políticos, produtores e consumidores, e pressupõe uma formação das consciências que dê força aos critérios morais na elaboração dos projectos políticos e económicos. Justamente, de muitas partes se apela ao facto de que os direitos pressupõem deveres correspondentes, sem os quais os direitos correm o risco de transformar-se em livre arbítrio. É necessário – repete-se cada vez mais – um estilo†diferente de vida por parte de toda a humanidade, no qual os deveres de cada um com relação ao ambiente se unam aos da pessoa considerada em si mesma e em relação com os demais. A humanidade é uma só família e o diálogo fecundo entre fé e razão não pode senão enriquecê-la, tornando mais eficaz a obra da caridade no social, constituindo, além disso, o marco apropriado para incentivar a colaboração entre crentes e não-crentes, na perspectiva compartilhada de trabalhar pela justiça e pela paz no mundo. Como critérios-guia por esta inter-acção fraterna, na encíclica indico os princípios de subsidiariedade e de solidariedade, em íntima conexão entre si. Sublinhei, finalmente, frente a problemáticas tão vastas e profundas do mundo de hoje, a necessidade de uma autoridade política mundial regulada pelo direito, que se atenha aos mencionados princípios de subsidiariedade e solidariedade e que esteja firmemente orientada pela realização do bem comum, no respeito às grandes tradições morais e religiosas da humanidade. O Evangelho recorda-nos que não só de pão vive o homem: não só com bens materiais se pode satisfazer a profunda sede do seu coração. O horizonte do homem é, sem dúvida, mais alto e mais vasto; por isso, todo o programa de desenvolvimento deve ter presente, junto ao material, o crescimento espiritual da pessoa humana, que está dotada de alma e corpo. Este é o desenvolvimento integral, ao que constantemente se refere a doutrina social da Igreja, desenvolvimento que tem seu critério orientador na força propulsora da “caridade na verdade”. Queridos irmãos e irmãs, oremos para que também esta encíclica possa ajudar a humanidade a sentir-se uma única família comprometida em realizar um mundo de justiça e paz. Oremos para que os†crentes, que trabalham nos sectores da economia e da política, advirtam quão importante é a coerência do seu testemunho evangélico no serviço que oferecem à sociedade.

 
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Cidadãos interpelam partidos políticos

Um grupo de católicos enviou um conjunto de questões, a todos os partidos concorrentes às eleições legislativas do próximo dia 27 de Setembro, assumindo o objectivo de ajudar os eleitores a “votar em liberdade de consciência esclarecida”.

O documento, enviado à Agência ECCLESIA, tem o título “Votar em liberdade de Consciência tranquila” e é assinado por mais de seis dezenas personalidades como Bagão Féiix, Gentil Martins, fausto Quadros, Isilda Pegado ou João César das Neves, para além de Manuel Braga da Cruz e Matilde Sousa Franco. “Pensamos que é necessário que os partidos esclareçam cabalmente o eleitorado sobre um conjunto de aspectos muito importantes”, referem os subscritores, que citam a Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa sobre as próximas eleições, de 23 de Abril.

Um outro grupo de cidadãs e cidadãos, “insatisfeitos com os conteúdos e a qualidade do debate político partidário”, tomou a iniciativa de reunir alguns contributos para um melhor equacionamento de opções com que o nosso país se tem de confrontar.

O Grupo promotor considera do “maior interesse alargar o debate a uma massa crítica de cidadãos e cidadãs, de modo a suscitar o interesse dos líderes partidários e outros responsáveis políticos pelas opções que verdadeiramente afectam a vida das pessoas”, refere Manuela Silva, antiga presidente da Comissão Nacional justiça e Paz.

Noutro âmbito, o Parlamento da República discutiu na semana passada a petição n.° 50l/X/3ª. da responsabilidade do Movimento “Cidadania, família e Casamento”, solicitando que a Assembleia da República “legisle no sentido da dignificação da cidadania, da família e do casamento e recue no processo” que levou à promulgação da nova lei do divórcio, em Outubro de 2008.

Mais a Norte, durante a próxima campanha eleitoral autárquica, a Fundação Spes pensa realizar “um debate com os candidatos à Câmara Municipal do Porto” - anunciou à Agência ECCLESIA José Ferreira Gomes, membro da Fundação Spes e sobrinho de D. António Ferreira Gomes. Para o primeiro semestre de 2010, a mesma fundação, criada por testamento, pelo emblemático Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes, irá realizar uma série de debates sobre o centenário da República.

 

 
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