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Mensagem de Natal 2017
Advento - Tempo que prepara o futuro
A palavra Advento, no sentido etimológico e gramatical, aponta para o futuro, fazendo-nos esperar algo que está para chegar. Assim se lê todo o Advento do Povo Judeu, aguardando a vinda do Messias. Hoje, não pedimos nem esperamos a vinda do Emmanuel celebrado no Natal. Essa vinda aconteceu já e celebramos esse aniversário, com alegria e gratidão, cantando os parabéns a Jesus, no Seu dia de anos…
Porém, o Advento, apontando o futuro, faz-nos esperar a 2ª e definitiva vinda de Jesus, professada no Credo e a acontecer no fim da cronologia do tempo, neste mundo. Então, celebrar o Natal, em cada ano, é recordar o que aconteceu, na história, e é esperar o que há-de acontecer, no futuro. Será a plenitude da salvação, de cada um de nós, na nossa partida deste mundo.
No Credo, nós professamos: «De novo há-de vir para julgar os vivos e os mortos e o Seu Reino não terá fim». Esta afirmação proclama a nova vinda de Jesus, como Juiz e Salvador, concretizando e levando a cumprimento a Sua vontade de nos dar a plenitude da salvação.
Concluindo: celebrar o Natal de 2017 é celebrar a história de um nascimento que aconteceu há 2017 anos e continua a ser celebrado como acontecimento feliz. É, também, lembrar a 2ª vinda de Jesus que o Advento nos ajuda a esperar, rezando para que aconteça como vinda feliz e de salvação para todos.
Um Santo Advento e um Feliz Natal para todos, são os votos amigos do vosso irmão bispo – Ilídio |
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MOVIMENTO ENCONTRO MATRIMONIAL
Encontro Matrimonial é um Movimento que surgiu logo após o Concílio Vaticano II para dar aos casais a oportunidade de examinarem a sua vida a dois e aos sacerdotes e religiosos, a sua relação com a comunidade. É uma ocasião para partilhar sentimentos, esperanças, desacordos, alegrias, desilusões, júbilos… A dinâmica utilizada encoraja para um diálogo aberto e honesto, cara a cara, coração a coração, com a pessoa que escolhemos para viver o resto das nossas vidas ou, no caso dos sacerdotes e religiosos, com a comunidade em que estão inseridos. Para esta comunicação entre o marido e a esposa, ambos são convidados a passar um FIM DE SEMANA (FDS) juntos, longe das distracções e tensões da vida diária, concentrando-se um no outro. O FDS não é para aconselhamento matrimonial ou para resolver problemas do casal ou do sacerdote; não é para falar das suas vidas com outras pessoas; não é um momento de estudos religiosos ou bíblicos nem sequer um retiro espiritual.
Os princípios básicos que definem o Movimento Encontro Matrimonial – WORLDWIDE MARRIAGE ENCOUNTER – como um Movimento dentro e para a Igreja Católica, são:
a)O matrimónio é uma aliança entre um Homem e uma Mulher;
b)Esta experiência é oferecida aos matrimónios, sacerdotes e religiosos(as);
c)Esta experiência é apresentada de tal modo que a nossa identidade católica, expressa nos nossos valores, nos nossos ensinamentos e nas nossas atitudes, possa ser apresentada livremente, sem medo de ferir e sem nos justificarmos;
d)Todos os membros da Equipa do Fim-de-Semana (FDS) são católicos, são leais à Igreja e vivem o seu sacramento;
e)Uma vez que somos um Movimento que reúne os dois sacramentos relacionais, cada Tema do FDS é dado por uma Equipa Eclesial, ou seja, um casal e um sacerdote.
f)Como Movimento somos leais e fiéis ao valor do diálogo diário que é um meio indispensável para se poder viver uma vida dialogante. É necessária, também, uma Comunidade que dê apoio a cada casal, sacerdote ou religiosa que tenha vivido um FDS. Esta Comunidade faz parte integrante duma Comunidade local. Levar o FDS a um território implica necessariamente a criação de uma nova Comunidade de apoio.
Encontro Matrimonial está espalhado por todo o mundo (mais de 90 países) e, neste momento, aguarda a aprovação por parte da Santa Sé dos Estatutos que o identificarão como Associação Privada de Fiéis. Sabemos que a questão jurídica já está ultrapassada e agora, aguarda o parecer da comissão doutrinal.
Na Europa, Encontro Matrimonial encontra-se implantado em 12 países. Vários países apoiam Comunidades noutros países. Por exemplo, Portugal apoia as comunidades de língua portuguesa na França e Luxemburgo; a França e a Alemanha apoiam comunidades na Suíça, etc.
Em Portugal, o Movimento está implantado a nível nacional e de há alguns anos a esta parte começou a dar os primeiros passos nesta nossa Diocese de Viseu.
No início do mês de Fevereiro (dias 3 e 4), iremos realizar em Viseu o 1º Fim-de-Semana não residencial, ou seja, os casais irão dormir a suas casas evitando-se assim as despesas de alojamento. Devem, contudo, os casais participantes disponibilizar-se a seguir as indicações da Equipa dadora do Fim-de-Semana de forma a aproveitar bem o conteúdo do mesmo.
A equipa responsável na nossa Diocese é constituída pelo casal Margarida + Manel Silva de Tondela com o Pe. Manuel Rocha, actualmente Pároco de Mangualde. Se algum casal se sentir motivado a aprofundar a sua relação e a fazer esta experiência, pode dirigir-se ao Complexo Paroquial de Mangualde e falar directamente com o Pe. Rocha. Poderá também fazê-lo para o email
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Outras informações sobre o Movimento poderá encontrá-las em www.encontromatrimonialdeportugal.com
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Dada a importância e a urgência do Tema da Família para a nossa Diocese, Notícias da Beira, associa-se a esta preocupação, publicando excertos das catequeses sobre a família, material preparado pela Arquidiocese da Filadélfia e pelo Pontifício Conselho para a Família como subsídio ao VIII Encontro Mundial das Famílias, realizado na cidade da Filadélfia em setembro de 2015.
A Sagrada Escritura oferece a substância e a forma do significado do amor
Todos temos uma missão. Há um propósito neste mundo para cada um de nós: receber o amor de Deus e manifestá-lo aos outros. Deus convida-nos a sermos suas testemunhas e operários nesta obra.
A história começa com o facto de termos sido criados à imagem de Deus. Na história, Deus convoca e forma um povo. Ele faz uma aliança connosco: primeiro por meio de Israel, depois por Cristo e pela sua Igreja. Nesta relação, Deus ensina-nos a amar como Ele ama.
Dito de outra forma, uma vez que fomos criados para a comunhão, aprendemos que o amor é a nossa missão. O dom da nossa existência precede e modela o que fazemos e como vivemos. Em suma: “o modo de Deus amar torna-se a medida do amor humano”.
A humildade é o requisito para se viver desta forma. Isso requer que conformemos os nossos corações a Deus e vejamos o mundo por meio de Seus olhos. O melhor caminho é Deus, embora nem sempre o mais fácil.
A Bíblia é plena de imagens do amor de Deus. Ele apresenta-se como um pai acolhedor do filho regressado a casa e para quem realiza um banquete (cf. Lc 15, 11-32). Ele é o pastor em busca de sua ovelha perdida (cf. Lc 15, 37). Deus é como a mãe que conforta seus filhos (cf. Is 66, 13). Deus é um amigo que doa a sua vida em favor dos outros, e chora quando os seus amigos sofrem (cf. Jo 11, 35). Ele é um pedagogo que nos conduz a amar e a servir aos outros como nossos irmãos (cf. Mt 22, 39). Deus é o jardineiro que cuida de nós até produzirmos bons frutos (cf. Jo 15,1). Ele é o Rei que nos convida para o banquete de núpcias de seu filho (cf. Mt 22, 114). Deus ouve o clamor do homem cego e pergunta-lhe: Que queres que eu te faça? (cf. Mc 10, 4652). Deus é acolhedor, pleno de compaixão para com o seu povo, quando este está faminto, oferece-lhe comida e doa-se a si mesmo (cf. Mt 26,26).
Todas essas imagens e muitas outras ajudam-nos a perceber a profundidade do amor de Deus. Enfatizam o tipo de amor que somos chamados a testemunhar nas nossas próprias vidas. A revelação bíblica, com efeito, antes de tudo é expressão de uma história de amor, a história da aliança de Deus com os homens. Eis porque a história do amor e da união entre um homem e uma mulher na aliança do matrimónio foi assumida por Deus como símbolo da história da salvação.
A imagem do matrimónio é central para a descrição da aliança de Deus com Israel, e mais adiante, com a Igreja.
Assim ensinava o Papa Bento XVI: “O matrimónio baseado num amor exclusivo e definitivo torna-se o ícone do relacionamento de Deus com o seu povo e, vice-versa”. Tema central na Sagrada Escritura é aliança com Deus, e o matrimónio é uma metáfora privilegiada para descrever o Seu relacionamento com a humanidade.
O amor é uma missão que recebemos, uma disposição para acolher; uma convocação à qual aderimos. Este tipo de amor possui dimensões que descobrimos à medida que nos rendemos a ele. Este tipo de amor procura e segue o Deus cuja aliança de fidelidade nos ensina o que é o amor. Deus nunca troca Israel por uma parceira mais atraente. E Ele também não se torna desencorajado pela rejeição. Ele nunca é temperamental. Deus deseja somente o melhor, o verdadeiro, e o supremo bem para o seu povo.
A Sagrada Escritura possui muitas outras formas complementares e sobrepostas de descrever o amor de Deus, mas a do matrimónio é a que se sobressai. A aliança entre Deus e seu povo – primeiro Israel e depois a Igreja – é como um casamento. Este casamento nem sempre é fácil, mas o pecado nunca possui a última palavra. A fidelidade de Deus revela como o amor verdadeiro e a fidelidade realmente são. Jesus Cristo, que nos acolhe a todos como membros da família de Deus, dá-nos uma definição nova e inaudita do amor, oferece-nos novas possibilidades para o vivenciar.
A partir desta catequese, poderíamos deixar uma pergunta para que em casal possa haver um tempo de diálogo: como posso definir o amor que sinto pelo meu cônjuge? Como o demonstro? Como posso definir o amor pelos meus filhos? Como o demonstro? |
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Dia Mundial das Missões
A Missão no coração da Fé Cristã
Da Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, a celebrar no próximo dia 22 de Outubro e com o título «A Missão no coração da fé cristã», apresentamos as ideias que nos parecem mais significativas:
O Dia Mundial das Missões concentra-nos, também este ano, na pessoa de Jesus, «o primeiro e maior evangelizador», que incessantemente nos envia a anunciar o Evangelho do amor de Deus Pai, com a força do Espírito Santo. Este dia convida-nos a refletir novamente sobre a missão no coração da fé cristã. De facto, a Igreja é, por sua natureza, missionária; se assim não for, deixa de ser a Igreja de Cristo, não passando duma associação entre muitas outras, que rapidamente veria exaurir-se a sua finalidade e desapareceria. Por isso, somos convidados a interrogar-nos sobre algumas questões que tocam a própria identidade cristã e as nossas responsabilidades de crentes, num mundo baralhado com tantas quimeras, ferido por grandes frustrações e dilacerado por numerosas guerras fratricidas, que injustamente atingem sobretudo os inocentes. Qual é o fundamento da missão? Qual é o coração da missão? Quais são as atitudes vitais da missão?
(…)
A missão da Igreja, destinada a todos os homens de boa vontade, funda-se sobre o poder transformador do Evangelho. Este é uma Boa Nova portadora de uma alegria contagiante, porque contém e oferece uma vida nova: a vida de Cristo ressuscitado, o qual, comunicando o seu Espírito vivificador, torna-Se para nós Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14, 6). É Caminho que nos convida a segui-Lo com confiança e coragem. E, seguindo Jesus como nosso Caminho, fazemos experiência da sua Verdade e recebemos a sua Vida, que é plena comunhão com Deus Pai na força do Espírito Santo, liberta-nos de toda a forma de egoísmo e torna-se fonte de criatividade no amor.
(…)
A missão da Igreja não é a propagação duma ideologia religiosa, nem mesmo a proposta duma ética sublime. No mundo, há muitos movimentos capazes de apresentar ideais elevados ou expressões éticas notáveis. Diversamente, através da missão da Igreja, é Jesus Cristo que continua a evangelizar e agir; e, por isso, aquela representa o kairós, o tempo propício da salvação na história. Por meio da proclamação do Evangelho, Jesus torna-se sem cessar nosso contemporâneo, consentindo à pessoa que O acolhe com fé e amor experimentar a força transformadora do seu Espírito de Ressuscitado que fecunda o ser humano e a criação, como faz a chuva com a terra. «A sua ressurreição não é algo do passado; contém uma força de vida que penetrou o mundo. Onde parecia que tudo morreu, voltam a aparecer por todo o lado os rebentos da ressurreição. É uma força sem igual» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 276).
(…)
O mundo tem uma necessidade essencial do Evangelho de Jesus Cristo. Ele, através da Igreja, continua a sua missão de Bom Samaritano, curando as feridas sanguinolentas da humanidade, e a sua missão de Bom Pastor, buscando sem descanso quem se extraviou por veredas enviesadas e sem saída. E, graças a Deus, não faltam experiências significativas que testemunham a força transformadora do Evangelho.
(…)
A missão da Igreja é animada por uma espiritualidade de êxodo contínuo. Trata-se de «sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho».
A missão da Igreja encoraja a uma atitude de peregrinação contínua através dos vários desertos da vida, através das várias experiências de fome e sede de verdade e justiça. A missão da Igreja inspira uma experiência de exílio contínuo, para fazer sentir ao homem sedento de infinito a sua condição de exilado a caminho da pátria definitiva, pendente entre o «já» e o «ainda não» do Reino dos Céus.
(…)
Os jovens são a esperança da missão. A pessoa de Jesus e a Boa Nova proclamada por Ele continuam a fascinar muitos jovens. Estes buscam percursos onde possam concretizar a coragem e os ímpetos do coração ao serviço da humanidade.
(…)
Façamos missão inspirando-nos em Maria, Mãe da evangelização. Movida pelo Espírito, Ela acolheu o Verbo da vida na profundidade da sua fé humilde. Que a Virgem nos ajude a dizer o nosso «sim» à urgência de fazer ressoar a Boa Nova de Jesus no nosso tempo; nos obtenha um novo ardor de ressuscitados para levar, a todos, o Evangelho da vida que vence a morte; interceda por nós, a fim de podermos ter uma santa ousadia de procurar novos caminhos para que chegue a todos o dom da salvação.
FRANCISCO |
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