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Jornal - Notícias da Igreja

EPIFANIA DO SENHOR

(DIA DOS REIS MAGOS)

Celebramos uma dimensão constitutiva do mistério do Deus Connosco: a “manifestação” (epifania) de Cristo como irmão e salvador de todos os povos.

A narração dos magos, de forte carácter simbólico e catequético, tem esta mensagem: Deus ama todos os povos e o amor manifesta-se em Cristo como Luz e Salvação de todos, não só para os judeus mas também para os pagãos, representados nos magos. Procuremos compreender o que isto significa: todos os povos, do Ocidente, do Oriente e da África, os que há séculos habitavam a América, os povos que viveram há milhares de anos e cujas culturas estudamos, as civilizações humanas de todos os tempos… Deus, por Cristo, convida-nos à fé e à vida, a uma vida de amor, de paz, de esperança, à comunhão com ele. A revelação do mistério: “os gentios recebem a mesma herança que os judeus, pertencem ao mesmo corpo e participam da mesma promessa, em Cristo Jesus, por meio do Evangelho”. Todos os povos são convidados a viver o espírito evangélico; é o tema da “inculturação da fé” que tem dois aspectos a ter em conta. O primeiro é a necessária compreensão e experiência da fé em cada cultura humana. Não é cristão que o evangelho apareça como pertença de uma cultura ou de uma tradição. O “sermão da montanha”, as parábolas do bom samaritano ou do filho pródigo, a cruz e a ressurreição de Jesus são luz para todos e podem integrar-se em cada cultura humana. O segundo aspecto é o seguinte: todos os povos e todas as culturas acolhendo a luz que é Cristo, corrigirão tudo aquilo que há de trevas. Inculturar não significa baptizar tudo. Quando o Evangelho entra na cultura africana, ou na oriental, ou na nossa cultura ocidental, encontra muitas coisas que têm de ser purificadas. A Epifania do Senhor – Deus manifesta Cristo como Luz de todos os povos – expressa a maneira cristã de entender a raiz e o caminho da igualdade e da fraternidade dos povos.

A mensagem evangélica acolhe-se na fé. O processo da fé está descrito na narração dos magos. 1) A Procura. “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer?”. “Procurai e encontrareis” (Mt 7,7). Jesus convida muitas vezes a esta busca: “Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça…” (Mt 6,33). Quem vive tranquilo e satisfeito engana-se. A nossa vida está cheia de desafios: a relação entre os esposos, a maneira de ser de um filho, a questão dos imigrantes, a atitude perante os marginalizados, a situação do Terceiro Mundo, a nossa sociedade secularizada… Há que duvidar das nossas espontaneidades e buscar a verdadeira maneira cristã de pensar e de agir. Ou seja, trata-se de buscar sempre o Espírito do Senhor, permanecer sempre na procura constante de Deus e abertos à surpresa. Hoje há muita gente marcada pelo desalento, muitos espíritos nobres que perante os acontecimentos políticos, sociais e eclesiais vivem uma convicção amarga: não vale a pena procurar, nunca encontraremos nada que nos dê segurança. Todavia, a mensagem cristã quer superar esta decepção. Os magos encarnam a atitude adequada: deixam o seu país porque viram uma luz e vivem na certeza e na segurança da meta. Quem viu a luz da justiça, da paz, do amor, procura sempre e sabe que esta busca não o levará às trevas. O amor e a confiança em Deus valem sempre. Deus está sempre no horizonte de toda a busca nobre. Quem procura, encontra. 2) A Alegria. “Ao ver a estrela, sentiram grande alegria”. Esta frase explica a experiência dos primeiros cristãos e os de todos os tempos. A fé tem muito de júbilo proveniente da luz. Acreditar é ler as bem-aventuranças, ou a parábola do filho pródigo, ou as palavras de Jesus à pecadora e dizer: “Nunca nenhum homem falou assim” (Jo 7,46); é colocar-se diante da cruz de Jesus e da sua ressurreição e dizer: “Muito bem, Mestre, tens razão” (Mc 12,32). É difícil gerir de maneira adequada os problemas sociais ou familiares, mas a íntima segurança da luz não se apaga com qualquer problema. 3) O Oferecimento da Vida. “Prostrando-se diante d’ Ele, adoraram-n’O”. O caminho da busca termina na doação pessoal à luz, ao amor. É a fé. Acolher o mistério de Jesus é entrar em comunhão com o seu Espírito e viver desprendido de tudo, perdoando, amando, promovendo a justiça e a paz. Assim, toda a nossa vida se entrega a Cristo, oferta a Deus Pai. “Olhai com bondade, Senhor, para os dons da vossa Igreja, que não Vos oferece ouro, incenso e mirra, mas Aquele que por estes dons é manifestado, imolado e oferecido em alimento (Jesus Cristo)”.