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Jornal - Notícias da Igreja

O BATISMO DO SENHOR

A primeira epifania é motivo de reflexão por causa da visita dos Magos do Oriente. A terceira epifania, no sentido de manifestação inicial de Deus aos homens, é narrada com a leitura evangélica do milagre nas bodas de Caná. Todo o contexto litúrgico é muito epifânico. A segunda epifania é o Batismo do Senhor, por João, nas margens do rio Jordão. A profecia de Isaías recorda-nos o clamor de João Batista que dá sentido à sua ação de batizar: “Preparai o caminho do Senhor… Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Isaías afirma também: “Eis o meu servo, a quem Eu protejo, enlevo da minha alma”. Pelas palavras de S. Pedro é-nos dito que o Espírito Santo desceu sobre Jesus na hora do Batismo para que Ele pudesse iniciar o seu ministério: “Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos… porque Deus estava com Ele”.

“Enquanto orava, abriu-se os céus”. S. Lucas apresenta o batismo de João e afirma que é somente com água, ou seja, um batismo externo que não pode dar o Espírito Santo, porque não o tem. Exorta somente à conversão e à penitência. Mas Jesus não precisava de se converter! Seria Ele que deveria batizar com o Espírito Santo. São Lucas somente diz que Jesus “também foi batizado, quando todo o povo recebeu o batismo”. Jesus estava em oração, na sua intimidade com o Pai, um diálogo precioso, uma relação maravilhosa em Deus. “Enquanto orava, abriu-se os céus e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corporal, como uma pomba”; aquele Espírito do qual o Filho está cheio; “em forma de pomba”, evocando a imagem da criação inicial que preanuncia a nova criação. E não podia faltar a voz que, se nos inícios tinha sido uma palavra criadora, agora manifesta claramente quem é este Jesus: “Tu és o meu Filho muito amado: em Ti pus toda a minha complacência”. Ele é a Palavra que fará uma nova criação, Ele é aquele em quem o amor do Pai habita Nele naturalmente. A oração inicial chega à sua plenitude. Pode começar a nova criação!

O momento do Batismo do Senhor é, muitas vezes, relacionado com o que João fazia e com o que depois da Páscoa a Igreja fará. Estamos perante uma Teofania. Mas também o Batismo cristão é uma teofania, como são todos os sacramentos. É uma teofania, porque, para além da ação de João que era externa, este é o “batismo com o Espírito Santo e com o fogo” que ele tinha anunciado, é uma ação interna no coração de quem o recebe e que assim é criado de novo. Pela voz da Igreja se repete novamente a palavra criadora que marca aquele que é batizado como um filho amado por Deus, em quem Deus põe toda a sua complacência e deseja derramar a sua bondade em toda a sua vida.

O sentido genuíno do batismo cristão consiste em nos “chamarmos e sermos realmente filhos de Deus”. Mas não podemos esquecer a ação do Espírito Santo, graças ao qual, “consagrastes Cristo vosso Servo com o óleo da alegria, para que os homens O reconhecessem como o Messias enviado a anunciar a boa nova aos pobres”. É este Jesus que nos acompanha em todos os momentos da nossa vida, em cada sacramento e durante o ano litúrgico.