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Jornal - Notícias da Igreja

CEP admite necessidade

da austeridade

Os bispos de Portugal concordam com as medidas de austeridade que poupem os mais pobres e consideram que o imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal vai proteger os desfavorecidos. “Só nos contos de fadas ou nos filmes de fição” é que não há sacrifícios, afirmou em Fátima o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), padre Manuel Morujão, no final da reunião do Conselho Permanente daquele organismo, que decorreu a 15 de julho.

O sacerdote sublinhou que “tem de haver cortes” e que os impostos devem ser aplicados à “classe média e alta”, e não a quem tem “rendimento mínimo”, aos beneficiários de pensões “que por vezes são de  miséria” e aos “desempregados”. O secretário da Conferência Episcopal admite o aumento do número de pobres e aguarda decisões que detenham este crescimento:

“Esperemos que o Governo tome medidas que travem a pobreza e ponha em melhor condição os que estão desfavorecidos. É uma urgência de justiça social”. “Quem está no topo tem de saber olhar para baixo e curvar-se para ver quem está pior, muitas vezes em situação infrahumana”, frisou o padre acrescentando: “Estaremos melhor se os que estão numa situação pior melhorem. O responsável reconhece que as medidas de austeridade são “discutíveis” e admite eventuais reações de protesto: as manifestações realizadas “com espírito democrático são um direito reconhecido pela Doutrina Social da Igreja”. “A sociedade deve estar aberta às livres expressões quando são um exercício ordeiro de cidadania”, pelo que “todas as autoridades, de qualquer quadrante ideológico, político ou religioso, devem respeitar esse direito”, acrescentou.

Referindo-se aos pedidos de auxílio têm chegado à igreja, o sacerdote salientou a importância dos apoios governamentais aos organismos eclesiais de natureza social: “As ajudas que vêm do Estado importantes porque estão a ajudar aqueles que ajudam”.

o padre Manuel Morujão assinalou que “há muita solidariedade e voluntários que ajudam”: “Estamos no Ano Europeu do Voluntariado e devemos aplaudir as iniciativas que se têm promovido e a generosidade das pessoas”.

No final desta reunião, foi anunciado que os bispos vão reduzira estrutura da CEP através da eliminação de algumas das suas nove comissões. A Igreja Católica quer que as comissões “possam ser mais eficazes” e “ágeis”, explicou o padre Manuel Morujão. o sacerdote recusou quantificar as comissões que vão desaparecer mas adiantou que “sete é um número de perfeição bíblico” e afirmou que a reforma pode passar pela nomeação de delegados setoriais. O padre Manuel Morujão apontou a conclusão da remodelação para novembro, mês em que se realiza a próxima assembleia plenária do episcopado, na qual serão também eleitos os bispos responsáveis pelas comissões.

A estrutura da Conferência Episcopal inclui atualmente as comissões da Educação Cristã, Pastoral Social, Laicado e Família, Vocações e Ministérios, Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais (três setores reunidos num só departamento), Liturgia, Mobilidade Humana, Missões e, por fim, Doutrina da Fé e Eucumenismo.

O porta-voz da CEP confirmou que “por outubro” vai  ser realizada uma “sondagem ao povo português sobre como se situa perante a Igreja e que expectativas tem”. A Universidade Católica Portuguesa ficará responsável pelo estudo, que pretende abarcar toda a população, independentemente das crenças religiosas.

A CEP vai abençoar este ano a primeira pedra da sua nova sede, que vai ficar em Lisboa e deverá estar concluída em 18 meses. Os custos do novo edifício, “alguns poucos milhões”, serão suportados com as receitas da venda, há quatro anos, das antigas instalações localizadas no Campo dos Mártires da Pátria, anunciou o padre Manuel Morujão.

“Antes do final do ano haverá um ato oficial” para assinalar o início da edificação do imóvel, que vai ocupar um terreno livre situado dentro do Seminário dos Olivais, no concelho de Loures, a escassas centenas de metros dos limites de Lisboa.

“É um projecto audacioso mas importante porque estamos em instalações provisórias, dentro do Seminário dos Olivais”, explicou o sacerdote, referindo-se à ala desocupada daquele edifício que está ocupada pelos serviços da CEP desde que a antiga sede foi vendida.