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1º DOMINGO DO ADVENTO (ANO B)

Vivemos um tempo de incertezas, de inseguranças, de mudanças, de situações novas que nos criam alguma perturbação. Sentimos um certo mal-estar com problemas que nos afectam e nos incomodam. Que fazer? Pensaremos que será melhor viver numa solidão individualista. Sentimos que vivemos num vazio que não sabemos preencher. Por isso, neste domingo, no início do ano litúrgico, somos convidados a percorrer o caminho da conversão, da mudança, a deixar-nos tocar pelo encontro com Jesus que nos dará a alegria da sua amizade, a sentir, novamente, o Seu chamamento para fazer o bem e para ser felizes.

Neste domingo, iniciamos o tempo do Advento. É uma nova oportunidade para nos encontrarmos com Jesus e reencontrar a alegria do Evangelho que nos liberta da tristeza, do vazio interior e do isolamento. Será que estaremos a perder o gosto pela vida? Será que andaremos desorientados, vivendo uma experiência de confusões? “Isto acontece quando a vida interior se fecha nos seus próprios interesses; já não há espaço para os outros, já não entram os mais necessitados, já não se escuta a voz de Deus, já não se goza a doce alegria do amor de Jesus, já não há entusiasmo para fazer o bem”. Então, é necessário reencontrar a fonte da alegria para inundar e dar sentido à nossa vida. Este tempo do Advento é uma nova oportunidade para a nossa vida e para o mundo, porque a alegria do Evangelho é fundamental para o nosso mundo, onde existem conflitos violentos, intolerância, insegurança, corrupção e injustiça. Perante esta realidade, o que podemos fazer?

Tudo o que desejarmos fazer para melhorar o nosso mundo, terá que começar em nós, na nossa própria vida. Tantas vezes, em nós existe a indiferença, acomodação, agressividade, individualismo, tristeza e mágoa. Podemos andar um pouco decepcionados com a nossa vida. Deus quer que vivamos tranquilos e felizes. Por isso, perdoa-nos e derrama sobre nós a sua misericórdia. O tempo do Advento é a primeira etapa de uma nova sementeira na nossa vida: semear e fazer crescer a alegria do Evangelho com a força do Espírito Santo. Hoje, fala-se muito em empreender, em acção, em não ficarmos de braços cruzados, em assumir riscos. Isto pode servir como um elemento da espiritualidade do Advento que nos convida a despertar, a caminhar. Deixemos que Deus fale no nosso coração. Escutemos como Ele nos convida a sair da nossa acomodação e dos nossos problemas que nos sufocam e não nos deixam viver o dom do seu amor. Recordemos o que diz Isaías, na primeira leitura: “Senhor, sois nosso Pai, e nós o barro de que sois o Oleiro; somos todos obra das vossas mãos”. Esta imagem expressa a bondade e o carinho de Deus por cada um de nós. Ele nunca nos abandona. Ele sabe de que barro somos formados e nunca deixará de tranquilizar e orientar os nossos corações. É verdade que os nossos caminhos não são os de Deus, mas Deus ama o Seu povo e quando este entra em crise, Deus vem em seu auxílio, acolhe-o, perdoa-o e salva-o. É gratificante para o ser humano saber que está nas mãos de Deus, como o barro na mão do oleiro. Deus trabalha-o, molda-o, para que, respondendo ao projecto de Deus, seja salvo. Para isso, é necessário estar vigilante para viver até ao fim o projecto de Deus, viver a graça e a paz de Cristo e permanecer firme na fé e na caridade, como diz S. Paulo.

No início do tempo do Advento, deixemo-nos encontrar por Jesus que já está no meio de nós. Com Jesus Cristo nasce e renasce a alegria na nossa vida. Peçamos ao Senhor que renove a nossa vida. Rezemos como o salmista: Senhor, “olha dos céus e visita esta vinha”. “Protege a cepa que a vossa mão direita plantou, o rebento que fortaleceste para Vós”. “Senhor, nosso Deus, fazei-nos voltar, mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos”.

Cónego Jorge Seixas