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HOMILIA DE QUARTA FEIRA DE CINZAS

A celebração da Eucaristia com o rito da imposição das cinzas inicia o tempo litúrgico da Quaresma. Durante cinco semanas iremos viver intensamente os grandes mistérios da Páscoa cristã, ou seja, a Paixão, morte e ressurreição do Senhor. A Quaresma introduz-nos uma vez mais neste caminho para a Páscoa. É um tempo muito intenso e de muita interioridade espiritual. Não o podemos desperdiçar. É um tempo favorável, um tempo de graça. Desde o nosso nascimento, Deus tem um projeto para cada um de nós e para o mundo onde vivemos. A Quaresma é tempo propício para confrontar os nossos planos e projetos com os planos e projetos de Deus. Quando o profeta Isaías afirma que, algumas vezes, os planos de Deus não coincidem com os nossos, convida-nos a fazer uma revisão da nossa vida, a retirar da vida as coisas supérfluas que prejudicam as nossas relações com Deus, com os irmãos e connosco próprios.

Neste dia, sobre a cabeça de cada um de nós, é imposta a cinza, expressão da limitação da existência humana, da necessidade de nos arrependermos de possíveis erros que nos afastam dos projetos de Deus. As palavras, “Convertei-vos e acreditai no Evangelho”, expressam esta necessidade de renovação nas nossas vidas. Uma renovação sincera e comprometida. Na primeira leitura, o profeta Joel afirma que esta conversão tem de ser de todo o coração: Convertei-vos a Mim de todo o coração… Rasgai o vosso coração e não os vossos vestidos, convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque Ele é clemente e compassivo, paciente e misericordioso”. Apesar dos nossos pecados, Deus é sempre ternura, misericórdia e bondade. Na segunda leitura, S. Paulo confirma o apelo do profeta Joel: “reconciliai-vos com Deus. Como colaboradores de Deus, não recebais em vão a sua graça. Nós somos embaixadores de Cristo”. O tempo da Quaresma convida-nos a estarmos abertos, de vez em quando, a um processo de renovação interior, reconhecendo os nossos erros, as nossas infidelidades, as nossas fraquezas, os nossos pecados.

A leitura do evangelho apresenta-nos três práticas religiosas que eram habituais no tempo de Jesus e que, tantas vezes, são esquecidas: a esmola, o jejum e a oração. Como são tão importantes na Quaresma! É evidente que não são os únicos caminhos para uma renovação interior pessoal e comunitária. Temos de saber adequar cada uma delas aos nossos tempos, ao momento presente. A esmola é partilhar e dar o que somos e do que temos. Jejuar é aceitar as nossas próprias limitações e erros, e aprender a depender de Deus, da sua graça e do seu perdão. Rezar é fazer silêncio e escutarmo-nos interiormente, numa relação contínua, profunda e pessoal com Deus.

No início da Quaresma, rasguemos os nossos corações, oiçamos a voz de Deus. Tenhamos a coragem de rever a vida, de mudar a vida, através da oração, da purificação e da partilha com os nossos irmãos. Peçamos ao Senhor que derrame sobre nós a sua divina misericórdia, para que limpos do pecado, possamos celebrar o mistério pascal de Jesus e alcançar um dia a vida nova do reino do Céu.