Calendário

<<  Abril 2024  >>
 Se  Te  Qu  Qu  Se  Sá  Do 
  1  2  3  4  5  6  7
  8  91011121314
15161718192021
22232425262728
2930     

Entrada



Mapa

Coordenadas GPS:

40º36'21''N
7º45'57''W

Ver mapa aqui.

Visitas

mod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_countermod_vvisit_counter
mod_vvisit_counterHoje412
mod_vvisit_counterOntem8958
mod_vvisit_counterEsta semana32193
mod_vvisit_counterEste mês99932
mod_vvisit_counterTotal7016461
Visitors Counter 1.5
PDF Versão para impressão Enviar por E-mail

HOMILIA DO 25º DOMINGO COMUM (ANO B)

A nossa vida é constituída de momentos felizes, de sofrimento e de dificuldades. Por isso, na Palavra de Deus, encontramos mensagens de esperança e de coragem, convites à perseverança perante os problemas, as incompreensões, as perseguições. Também estas experiências passam as outras pessoas. Em todas as partes do mundo, há cristãos que ainda perdem a vida por não quererem renunciar à sua fé. Parece que os malvados e os ímpios vencem sempre sobre os justos, mas isso é de curta duração e é aparente. Deus nunca abandonará todos aqueles que se mantêm firmes na fé e perante as dificuldades e sofrimentos; nunca permitirá que o mal vença neste mundo.

A vida é um caminho que se percorre. No texto do evangelho deste domingo, Jesus também está a caminho: “Jesus e os seus discípulos caminhavam através da Galileia”, até Jerusalém. E nesta viagem anuncia, por três vezes, aos seus discípulos tudo aquilo que irá acontecer em Jerusalém, ou seja, a sua paixão, morte e ressurreição. Jesus avisa-os de tudo o que lhes espera e de tudo o que irão viver brevemente.

Mas, “os discípulos não compreendiam estas palavras” e não aceitavam o facto de que o Mestre tinha de passar pelo sofrimento e pela morte. Enquanto Jesus anunciava a sua paixão e morte, os discípulos discutiam uns com os outros sobre qual deles era o maior. Que grande contradição! Jesus apresenta-se como Servo que irá ser entregue, os discípulos preocupavam-se somente com poder e domínio! Como Jesus terá ficado desiludido com aqueles que escolheu! Não O entendem e, parece, que não O querem ouvir! Isto ajuda-nos a perceber até onde vai a paciência de Jesus com cada um de nós, porque tantas vezes não somos capazes de aceitar algumas coisas que acontecem na nossa vida.

Na vida, quem segue a vontade de Deus é justo, honesto e coerente. Tantas vezes viver assim incomoda tanta gente. Por isso, a primeira leitura, do Livro da Sabedoria, diz-nos que os justos são muitas vezes perseguidos e humilhados: “Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas obras; provemo-lo com ultrajes e torturas, condenemo-lo à morte infame para ver se Alguém virá socorrê-lo”. É do interior do homem e da mulher que tudo vem. A segunda leitura, da Carta de S. Tiago, diz-nos que é do íntimo de cada um que nascem todas as desordens, tais como as invejas, as rivalidades, as cobiças, as ambições. E daí derivam os conflitos, os roubos, as guerras, até os homicídios. Quando se vive a olhar para dentro, alimentamos o egoísmo. Jesus ensinou-nos a viver a olhar para o outro e fazer o bem ao próximo.

Agora, compreendemos as frases de Jesus que se encontram no texto do evangelho: “Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos”. E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes: “Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe; e quem Me receber não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou”. O justo e o sábio, aos olhos de Deus, é o que vive descentrado para os outros, o que é humilde e simples como uma criança, o que se põe em atitude permanente de serviço. O “maior” é aquele que serve. Jesus foi assim e por isso foi Rei, foi o “maior”, porque foi o ser humano que mais serviu e menos mandou.

Nem sempre é fácil viver de uma maneira coerente com a nossa fé e segundo a vontade de Deus. Nem sempre é fácil proclamar a Boa Nova da Salvação. Jesus anunciou a sua paixão e morte na cruz. Com a sua experiência de entrega e de sofrimento, Ele ajuda-nos a levar a nossa cruz e a vencer os nossos sofrimentos e dificuldades. A última palavra nunca será dos injustos, dos ímpios e dos que querem poder. A última palavra será sempre do Senhor que vem em nosso auxílio e sustenta a nossa vida.