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HOMILIA DO 24º DOMINGO COMUM (ANO C)

Ao olhar à nossa volta, com tristeza vemos que o mundo poderia estar melhor, porque faltam pessoas que assumam o seu papel para melhorá-lo. Reina a corrupção, há um descontentamento geral e poucos sinais de dias melhores. Mas como melhorar o mundo? É difícil, mas é possível.

Em primeiro lugar, a maioria dos cristãos vivem como se Deus não existisse. Mas quando os problemas surgem, até se lembram de Deus; o mesmo já acontecia no tempo de Jesus.  Acorriam para ouvi-lo pessoas bem-intencionadas e também as que procuravam uma forma de o condenar. “Os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si” contra Jesus, porque não se conformavam com Ele: “Este homem acolhe os pecadores e come com eles”. Hoje, estamos do lado de Jesus ou somos cristãos distantes do Mestre? Não basta rezar, é preciso levar uma vida coerente com a oração. Tantas vezes nos desculpamos que não sabemos qual é a vontade de Deus a nosso respeito! Mas, não aprendemos os mandamentos do Senhor, quando éramos pequenos? A questão está em valorizá-los ou não. Na segunda leitura, S. Paulo diz-nos que passou por uma situação idêntica: “antes era blasfemo, perseguidor e violento. Mas alcancei misericórdia, porque agi por ignorância, quando ainda era descrente”. Portanto, nós sabemos o que devemos fazer. Apesar das nossas infidelidades, o problema não é dizer que desconhecemos, mas fazermo-nos desentendidos. Na primeira leitura, no tempo de Moisés, Deus disse que o povo era de dura cerviz, tinha cabeça dura. Apesar de tudo, Deus nunca nos abandona, como não abandona os pecadores. Diz S. Paulo: “É digna de fé esta palavra: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores e eu sou o primeiro deles” (2ª leitura).

Assim, compreendemos que, pela sua própria iniciativa, Deus anda à nossa procura. Diz o texto do evangelho: “Quem de vós, que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não deixa as outras noventa e nove no deserto, para ir à procura da que anda perdida, até a encontrar?”. É verdade: Deus vem à procura de cada um de nós, mas nem sempre olhamos nos olhos dele. Fingimos de que nada sabemos. Mas, apesar de, algumas vezes, lhe virarmos as costas, Ele continua a ir à nossa procura, até ao dia em que deixaremos de ser filhos pródigos!

Na parábola do filho pródigo, com qual das personagens nos parecemos? Com o filho mais novo que sai de casa e gastou toda a sua herança em festas e mulheres de má vida? Ou com o filho mais velho que, ao saber da festa e das prendas que o pai oferece a seu irmão, fica com a inveja dele? Ou com o pai que perdoa tudo? Nos diversos momentos da nossa vida, somos estas personagens em determinadas circunstâncias. Mas há uma certeza: há sempre um pai que está à espera do nosso regresso. Por quanto tempo, ele ficará à nossa espera?

As três parábolas, que se encontram no texto do evangelho deste domingo, da ovelha recuperada, da dracma encontrada e do filho pródigo, são chamadas parábolas do perdão de Deus oferecido aos mais carenciados. Em cada um dos casos, há uma explosão de alegria pela recuperação daquilo que estava dado como perdido. O pai que acolhe o filho pródigo, o perdoa e o ama é a imagem perfeita do rosto misericordioso de Deus. É um amor paterno e uma ternura materna, que ama os que andam perdidos na vida e perdoa os pecadores; é um amor que salva e cria novos corações e novas vidas; a sua alegria é acolher os que se desviaram do bom caminho. Cientes deste grande amor misericordioso de Deus, saibam os que se sentem frágeis e pecadores, que mais facilmente se cansarão de pecar do que Deus em perdoar-lhes. O Pai correrá sempre para todos os filhos mesmo que o tenham abandonado. Onde abunda o pecado, superabundará sempre a graça de Deus.